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A FORÇA DE UM VERDADEIRO CACIQUE

Qual o tamanho de Favaro e dos irmãos Campos em Mato Grosso após a eleição de 2022?

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O maior vitorioso foi os irmãos Campos, ajudando a reeleger o seu candidato ao Palácio Paiaguas no primeiro turno. Para além do peso de Jayme Campos na campanha de Mauro Mendes, o cacique político Jayme Campos cumpriu um papel importantíssimo na vitória do seu irmão Júlio Campos para assumir a cadeira que faltava na vida política, a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (AL/MT).

O Senador mato-grossense pelo União Brasil (UB), Jayme Campos, atuou como principal articulador e responsável pela construção de uma coalizão forte em torno da candidatura de Mauro Mendes.

Do lado de Carlos Favaro, a ausência do Senador não foi sentida, (estava preocupado em eleger Lula na presidência). Artífice do condomínio de partidos e lideranças que deram sustentação a Federação Brasil da Esperança.

Na avaliação dos cabeças pensantes do núcleo duro do Boteco da Alameda, é que Jayme Campos como político habilidoso e conhecedor da história da política mato-grossense, apostava na manutenção do grande arco de alianças como estratégia para dar sobrevida ao ciclo político “maurista”.

Ao contrário do cacique Jayme, Carlos Favaro optou por romper com Mauro Mendes (Deja-vu 2018), numa clara tentativa de um dos seus adversários no plano estadual.

Do ponto de vista do discurso foi fácil admitir uma aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT) em seu próprio quintal. O que, acreditamos não foi feliz na sua escolha com Márcia Pinheiro do Partido Verde (PV) como candidata ao Palácio Paiaguas.

As escolhas de Carlos Favaro foram desastrosas e se refletiram na campanha de seus aliados, que viu isolado perdendo apoio de prefeitos, vereadores e lideranças do interior do Estado de Mato Grosso.

Pois muito bem caros amigos e leitores do Blog do Valdemir, considerando a dinâmica da política mato-grossense, que funciona a partir da lógica de grupos políticos e seus chefes, a vitória ou derrota de um candidato “apadrinhado” diz muito sobre a força ou a fragilidade de seu padrinho político.

Nesse sentido, as eleições de 2024 sinaliza uma virada de chave importante no tabuleiro político estadual. A depender da habilidade de Mauro Mendes em explorar o capital político acumulado no pleito e de sua capacidade de articular seu próprio grupo (edunistas?), estamos diante de uma nova era na política mato-grossense. Segue o fluxo!

E aí Edu Botelho?

Edu se encontra em um dilema: realizar ou não o “tchibum”, as vésperas de mais uma disputa eleitoral. Essa mudança se dá por dois fatores claros: fazer o contraponto as candidaturas de “direita” e tentar unir a “esquerda” em torno do seu nome, além da estrutura partidária.

Apesar de dizer aos ventos que não tem padrinhos políticos e blá-blá-blá, Zé Edu Botelho sabe que a eleição em Cuiabá será estadualizada, Fábio Garcia (UB), e Abílio Brunini (PL), vão brigar pelo mesmo eleitorado, em tese. O grande problema é que política não é uma ciência exata. Isso pode acontecer como também não.

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A chegada de Zé Edu Botelho será celebrada pelos principais líderes da legenda, caso se confirme. O efeito prático dessa estratégia de Edu Botelho só será aferido com o passar do tempo e, mais precisamente, quando começar a campanha eleitoral.

Vamos dividir a base “maurista”

O candidato com muita vontade de sentar na cadeira número 1 da Prefeitura de Cuiabá, Zé Edu Botelho, ainda por enquanto no União Brasil (UB), intensifica as movimentações e garante que será candidato no próximo ano, só falta um pequeno detalhe: definir por qual partido.

Mesmo sem as bênçãos da mamãe “Janela Partidária”, ele pretende trocar de sigla para o pleito municipal. Já o Palácio Paiaguas… só na tocaia, só tocaiando e afirmando: Conversas antecipadas sobre eleições são precipitadas e garante foco na gestão de Mauro Mendes”.

Ao mesmo tempo, Fábio Garcia se movimenta para cooptar a maior quantidade possível de partidos para seu grupo político.

Zé Edu Botelho continua com o seu joguinho: se oferece para filiação ao PSD e trabalha para que o governador não anuncie o apoio ao menino Fábinho.

O prazo para filiações de eventuais candidatos nas eleições municipais vai até seis meses antes do pleito, marcado para 6 de outubro.

Boteco da Alameda informaaaa: a eleição em Cuiabá vai ser totalmente polarizada. O prefeito cuiabano Nenel Pinheiro é amigo de Zé Edu, mas Edu Botelho se tornou “amigo” do governador Mauro Mendes, mas não da primeira dama Virgínia Mendes.

Então o que Zé Edu Botelho pede ao governador: “deixe nós (eu e Fábio) resolvemos a eleição em Cuiabá. Qualquer que seja o resultado, terá um aliado na Prefeitura de Cuiabá, isso só podia vir das bocas malditas do grupo político do Boteco da Alameda.

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Apesar da busca de “alguns” pela divisão, Jayme Campos trabalha para unir o partido ao governo na cidade.

Agora pode ter certeza: O Homem de Ferro não gosta de ser pressionado, e nunca foi dividido. Ele vai estar ao lado de quem ele sempre esteve, de quem sempre o apoiou nos pleitos eleitorais em que disputou.

E tem mais… é importante o apoio dos “edunistas” na base lá na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (AL/MT)? Sim, mas não dá para chegar agora e já ocupar esses espaços. Uma coisa é gestão e outra coisa é eleição.

O governador e o vice Otaviano Olavo Pivetta, não devem definir posição por enquanto e pretendem esperar para avaliar o cenário com mais proximidade da eleição. O Mauro e Otaviano não vão cruzar os braços, mas eles já deixaram claro que ainda não vão falar de eleição.

Caso não consiga aval para ser candidato do Palácio Paiaguas e dividir a base do governo estadual, Zé Edu já tem convites de PSD, PP, PSB, MDB e pasmem os senhores leitores e amigos do Blog do Valdemir, até do grupo político do núcleo duro do Boteco da Alameda, porém, entretanto, todavia, não tem garantias de que obterá sucesso na campanha de 2024, e que manterá o mandato na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (AL/MT).

Ou seja, a próxima “Janela Partidária”, de 6 de março a 6 de abril, só isenta os vereadores das regras da infidelidade partidária. Zé Edu Botelho não tem a bênção da mamãe “Janela Partidária”. Vai ter que ir para arriscar mesmo, sem “Janela Partidária”. Estará arrombando a porta pra entrar, e aí, bem e aí…segue o fluxo!

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Política

Núcleo duro do Palácio Paiaguás não mediu esforços para mostrar sua força e poder de articulação

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Na política, vale-tudo? O feio na política é perder eleição? Para os cínicos, sim. Mas o não tem que ser uma das marcas da ação política, positiva, neste século. Não há dúvida que a política é o espaço dos extremos e talvez a atividade mais brutalizada depois da guerra, principalmente para quem defende que os fins justificam os meios.

Norberto Bobbio distingue a ética da convicção da ética da responsabilidade pelo diverso critério que elas assumem para avaliar uma ação como boa ou má.

A primeira se serve de algo que está antes da ação, um princípio, cuja função é influir de maneira mais ou menos determinante sobre a realização de uma dada ação, permitindo julgá-la positiva ou negativamente com base na sua conformidade ao princípio.

A segunda serve-se de algo que vem depois, do resultado, dando um juízo positivo ou negativo da ação com base no alcance ou não do resultado proposto.

Estas duas éticas podem ser chamadas de ética dos princípios e ética dos resultados. Esta distinção ocorre ao longo de toda a história da filosofia moral, independentemente da conexão que ela possa ter com a distinção entre moral e política, tornando-se relevante quando se sustenta que a ética do político é exclusivamente a ética da responsabilidade (ou dos resultados); que a ação do político deve ser julgada com base no sucesso ou no insucesso; que avaliá-la com o critério da fidelidade aos princípios é dar prova de moralismo abstrato e, portanto, de pouca consideração para com os negócios deste mundo.

Quem age segundo princípios não se preocupa com o resultado das próprias ações: faz aquilo que deve e que aconteça o que for possível. Quem se preocupa exclusivamente com o resultado, não procede com muita sutileza no que diz respeito à conformidade com os princípios: faz aquilo que é necessário para que aconteça aquilo que deseja.

Quem pergunta ao terrorista arrependido se os terroristas haviam se posto o problema de não matar, representa a ética dos princípios. O terrorista que responde que o grupo se havia posto apenas o problema de ter ou não ter êxito, representa a ética do resultado, não se proclamando um arrependido, mas quem reconheceu mais o erro que a culpa.

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Na ação do grande político, segundo Max Weber, ética da convicção e ética da responsabilidade não podem caminhar separadas uma da outra.

A primeira, nas últimas consequências, é própria do fanático.

A segunda, totalmente afastada da consideração dos princípios de que nascem as grandes ações e voltada apenas para o sucesso, vitória eleitoral e vitória em convenção a qualquer custo (recorde-se o maquiavélico ?cuide o príncipe de vencer?), caracteriza a figura não menos reprovável do cínico.

Sem ingenuidade, a verdade é a regra. Se prevalecerem a mentira e a dissimulação, adeus democracia.

A cobiçada primeira secretaria

Pois muito bem caros amigos e leitores do Blog do Valdemir, após resistir em uma batalha isolada dentro da Assembleia Legislativa Mato-grossense, na montagem da chapa para a Mesa Diretora no Biênio 2025/2026, e contra também a pressão do Governo do Estado, ameaças de rompimento, jogo duplo, facada nas costas, a Mulher Maravilha, a parlamentar estadual emedebista, Janaina Greyce Riva, decidiu recuar e deu um passo atrás da disputa pela primeira secretaria da Casa de Leis.

Segundo pessoas próximas da parlamentar emedebista, a articulação ocorreu com ajuda do presidente da Casa de Leis, o deputado estadual José Eduardo Botelho (UB), para evitar um racha grave na relação entre Assembleia Legislativa Mato-grossense, e o Palácio Paiaguás. Em seu lugar entra Dr. João José de Matos, que também é emedebista e muito próximo da parlamentar, ao mesmo tempo garantir o sentimento de independência do Legislativo Mato-grossense.

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O emedebista se tornou o nome consenso para substituir Janaina Riva por conta da sua boa relação com os deputados e com o governo Mauro Mendes. É tido como uma pessoa tranquila, e que mais ouve do que fala.

Dr. João José também não é um dos nomes defendidos pelo grupo político do Palácio Paiaguas, que tinha Alberto Machado, o  Beto 2 a 1 e Dilmar Dal Bosco, ambos do União Brasil (UB), e Carlos Avallone Junior (PSDB) para o cargo em disputa que ocorrerá no dia 7 de agosto próximo.

A decisão de deixar a disputa aconteceu quando o grupo da parlamentar emedebista, que já tinha assinaturas de 15 deputados em seu apoio, percebeu que alguns parlamentares também assinaram a lista em prol do grupo governista de confiança do Palácio Paiaguás, sem contestação, dessas, apenas 8 assinaturas eram 100% garantidas, e que as outras 7, poderiam pular do barco motivados pelas pressões. E com isso, mostrou que o núcleo duro do Palácio Paiaguás não mediu esforços para mostrar sua força e poder de articulação.

Era tudo ou nada. Os dois nomes vetados pelo governo era da Janaina e do deputado Valdir Barranco (PT). Então a gente percebeu que o clima iria se complicar muito. E a deputada Janaina teve hombridade de recuar, disse um parlamentar logo após a reunião que selou o nome de Dr. João.

Janaina Riva, que sempre foi governista desde o início do governo Mauro Mendes, deverá mudar seus posicionamentos em algumas votações, e já se sente mais independente, com o fato de ter tido o seu nome vetado pelo governo Mauro Mendes para ocupar a primeira secretaria.

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