PARAPAN DE SANTIAGO 2023

Brasil tem seis vagas para Paris 2024 e fecha 1º dia na liderança com 46 medalhas

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Delegação abre competição com ouro para nadadora de 15 anos, recorde de Mariana D’Andrea e mesatenistas classificados para Jogos Paralímpicos; vantagem para segundo colocado no quadro de medalhas é de 29 pódios

A delegação brasileira conquistou seus primeiros pódios nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, neste sábado, 18. Foram 46 no total: 19 de ouro, 14 de prata e 13 de bronze. Com isso, o país lidera o quadro de medalhas, seguido por Argentina e Colômbia, que estão empatadas na segunda posição (cinco ouros, cinco pratas e sete bronzes).

Entre os destaques deste sábado estão a nadadora paulista Alessandra Oliveira, 15, que iniciou sua trajetória na Escola Paralímpica de Esportes do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e foi ouro nos 100m peito da classe SB4 (limitação físico-motora), e a halterofilista Mariana D’ Andrea, campeã e recordista das Américas na disputa das categorias até 73 e 79 kg. Além disso, os mesatenistas brasileiros conquistaram 22 medalhas, das quais seis foram de ouro. Os campeões garantiram vaga nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

Natação

• O Brasil conquistou 10 medalhas de ouro. De manhã, além de Alessandra Oliveira, a mineira Patrícia Santos, nos 50m peito da classe SB3 (limitação físico-motora), e o carioca Douglas Matera, nos 100m costas da classe S12 (baixa visão) subiram ao lugar mais alto do pódio – com direito a recordes pan-americanos.
• O pódio de Patrícia, 45, foi o primeiro brasileiro no Parapan, com direito a dobradinha. A carioca Lídia Cruz (1min08s49) ficou com a medalha de bronze, enquanto Nely Miranda (1min02s83), do México, completou o pódio, com a prata.
• À tarde, a potiguar Cecilia Araujo, nos 400m livre da classe S8 (limitação físico-motora), o paulista Lucas Mozela, nos 100m peito, da classe S9 (limitação físico-motora), o paulista Samuel Oliveira, nos 50m livre, da classe S5 (limitação físico-motora), o paulista Gabriel Bandeira, nos 200m livre, da classe S14 (deficiência intelectual), a mineira Ana Karolina Soares, nos 200m livre, da classe S14 (deficiência intelectual), o brasiliense Wendell Belarmino, nos 50m livre, da classe S11 (atletas cegos), e o pernambucano Phelipe Rodrigues, nos 50m livre, na classe S10 (limitação físico-motora).

Sou da Escolinha. Acabei de nadar a minha prova principal, os 100m peito. Fui ouro e bati o recorde do Parapan. Eu venho aqui agradecer ao CPB, aos professores e à Escolinha por terem me ajudado a chegar até aqui. Eu comecei em 2018, com um sonho de nadar nas Escolares e na Seleção de jovens. Hoje, estou aqui representando o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos”, disse Alessandra Oliveira, que foi diagnosticada com vasculite aos três anos.

Por isso, parte dos seus membros superiores e inferiores tiveram que ser amputados. Na mesma prova, a gaúcha Susana Schnarndorf foi bronze (2min31s64).

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Halterofilismo

• O Brasil conquistou cinco medalhas, sendo três ouros, uma prata e um bronze na modalidade.
• O amazonense Lucas Galvão, na categoria até 49kg, após levantar 150kg conquistou o primeiro título da modalidade.
• A paulista Mariana D’Andrea e a mineira Caroline Fernandes ficaram com o ouro e a prata, respectivamente, na prova feminina das categorias 73kg e 79kg, que foram agrupadas.
• Na categoria até 49kg, a mineira Lara Lima levantou 103kg para conquistar mais uma medalha de ouro.
• O catarinense Ezequiel Corrêa ficou com a medalha de bronze na categoria até 72kg. Ele levantou 186kg.

Tênis de mesa

• O Brasil conquistou 22 medalhas – seis ouros, oito pratas e oito bronzes – no tênis de mesa. Os campeões garantiram vaga nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
• Thiago Gomes, Danielle Rauen, Marliane Santos, Cláudio Massad, Paulo Salmin e Luiz Manara subiram no lugar mais alto do pódio.

Quero agradecer a toda a minha família que me apoia demais. Minha filha acabou de nascer. Não tem nem um mês de vida. Então, vocês podem imaginar como foi difícil estar aqui e ficar pensando nela no Brasil, na minha esposa e na minha irmã”, destacou Thiago Gomes, atleta de Santos (SP) e que tem deficiência intelectual.

Outros resultados

• A Seleção Brasileira feminina de goalball estreou no Parapan com uma vitória por 12 a 2 sobre a Argentina.
• No futebol de cegos, a Seleção Brasileira masculina estreou com vitória sobre o México por 1 a 0, com gol de Nonato. A equipe busca o pentacampeonato.
• Na estreia no futebol PC (paralisados cerebrais), a Seleção Brasileira masculina venceu a Argentina por 2 a 1, com gols de Matheus Cardoso e Ubirajara.
• Na chave mista da pistola de ar 25m, categoria SH1, os representantes brasileiros ficaram sem medalha. Geraldo Rosenthal terminou em quarto, seguido de Débora Campos, em quinto.
• Na prova R3 Carabina de Ar – Posição Deitado Misto SH1, Carlos Garletti e Marcelo Marton ficaram em sétimo e oitavo, respectivamente.
• Na estreia da chave feminina do basquete em cadeira de rodas, a Seleção Brasileira foi derrotada pelo Canadá por 61 a 44.
• No primeiro jogo do rúgbi em cadeira de rodas, a Seleção Brasileira foi derrotada pela Colômbia por 55 a 48.

Confira todas as medalhas do Brasil neste sábado, 18

Segundo dia oficial

O Parapan de Santiago começou oficialmente nesta sexta-feira, 17, na cerimônia de abertura. A solenidade, transmitida ao vivo pelos canais SporTV, ocorreu no Estádio Nacional. Liderados pelos porta-bandeiras Claudiney Batista e Mariana D’Andrea, os atletas brasileiros compuseram a quinta delegação a entrar no estádio. Com exceção ao tênis de mesa, que tem jogos desde quinta-feira, 16, as disputas foram iniciadas neste sábado, 18.

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Para esta edição, a delegação brasileira conta com 324 atletas, 190 homens e 134 mulheres, oriundos de 23 estados e do DF, em 17 modalidades. Desses competidores, 51 têm até 23 anos, 108 são cadeirantes, 79 conquistaram medalhas em Mundiais neste ano, 132 são estreantes no evento continental, 72 treinam nos Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e 11 disputaram o Parapan de Jovens, em Bogotá, Colômbia, no último mês de junho. A competição reúne cerca de 1.900 esportistas de 31 países até o dia 26 de novembro.

Patrocínios

As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do halterofilismo, goalball, tênis de mesa e natação.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível

Os atletas Patrícia Santos, Samuel de Oliveira, Lídia Vieira da Cruz, Douglas Rocha Matera, Gabriel Bandeira, Mariana D’Andrea e Mariana Gesteira Ribeiro são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo

A atleta Mariana D’Andrea é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.

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ESPORTES

Atleta mato-grossense Campeã Nacional de CrossFit

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Com resultados expressivos nas últimas duas temporadas no CrossFit nacional e também sul-americano, a mato-grossense Fernanda Dotto, de 33 anos, foca seus treinos para a conquista de uma das vagas para o mundial da modalidade em agosto de 2024, o CrossFit Games.

Em 2022, conquistou o 5º lugar o vice-campeonato do Torneio CrossFit Brasil (TCB) e neste ano subiu no degrau mais alto da competição, que é considerada a mais importante do CrossFit brasileiro.

Com uma agenda de competições intensas desde setembro do ano passado, Fernanda em parceria com seu treinador, Arthur Zanca, adicionou a esta temporada o plano de brigar por uma das duas vagas para o Brasil para o CrossFit Games de 2024, um objetivo que se tornou uma meta de vida para a atleta.

A partir de janeiro desde ano, eu e o Zanca entendemos que eu precisava refinar os detalhes de uma vida de atleta, precisando priorizar o descanso e recuperação. Daí a opção de ir morar em São Bernardo (SP) próximo do meu médico, nutricionista, uma assessoria de fisioterapeuta, sendo uma equipe multidisciplinar que pensa em todos os detalhes da Fernanda como atleta. E o que mudou nestes últimos 10 meses, e que demonstra que valeu a pena e que estamos alcançando os melhores resultados, pois estou treinando igual treinava em Cuiabá, só que agora cuidamos dos detalhes como descanso, sono e alimentação, explicou.

Mas para conseguir manter a estrutura atual de treinamento, competições e equipe multidisciplinar de medicina esportiva e fisioterapia, a atleta presta assessoria esportiva de CrossFit, com foco em alto rendimento, e conta com o apoio de empresas parceiras, como no caso das também mato-grossense, Infinity Energy Drink.

A vida do atleta no Brasil é complicada no geral, e no CrossFit não é diferente. Pela primeira vez nesses nove anos treinando para competir, eu posso dizer que eu tenho algum apoio financeiro como atleta em um ano, as contas ainda apertam e por isso, eu mantenho a minha assessoria online. Mas a parceria com a Infinity Energy Drink veio para somar muito neste detalhe de eu poder 1000% das minhas energias como atleta. E eu acredito que se eu não tivesse estes parceiros estaria na mesma rotina de 2022, que era dar aula e quando possível nos intervalos treinava, pontuou.

MUDANÇA DE VIDA

Fernanda Dotto iniciou no Crossfit em busca de uma melhor qualidade de vida, onde com 24 anos pesava 107 quilos, e com um ano de modalidade conseguiu perder 40 quilos com a orientação do treinador Coach Zanca, e a partir daí, o “vírus do CrossFit” tomou conta da sua vida. Seguir para competições foi uma consequência de seu empenho e esforço, e que atualmente se coloca como uma das atletas mais fortes do Brasil na modalidade.

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Além de competir na elite do CrossFit e ter uma rotina de atleta de ponta, Fernanda também pensa e já idealiza um projeto social voltado à iniciação esportiva para crianças, que segundo ela, como o esporte mudou sua vida pode também fazer a diferença para garotas e garotos.

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