OPERAÇÃO FAIR PLAY
Braço direito de WT abriu empresa de fachada para lavar dinheiro do tráfico
Deflagrada na última quarta-feira (27), Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil, a Operação Fair Play, em um desdobramento da “Operação Apito Final”, que investigou um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.
Ambas as operações têm como alvo principal Paulo Witer, o WT, tesoureiro de uma facção criminosa. Ele está preso desde a operação de abril deste ano.
A “Operação Fair Play“ cumpriu 19 mandados judiciais, sendo 11 de prisões e 8 de buscas. Também foram decretadas suspensões de atividades econômicas, sequestros de veículos e bloqueios de bens.
Empresa de fachada exclusivamente para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas
Investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil identificaram que Andrew Nickolas Marques dos Santos, um dos braços direitos de Paulo Witer Faria Paelo, abriu uma empresa de fachada exclusivamente para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas em Cuiabá.
Andrew e Paulo Witer, tesoureiro de uma facção criminosa conhecido como WT, foram alvos da Operação Fair Play, deflagrada pela GCCO no dia 27 de novembro.
A empresa Andrew Nickolas Marques dos Santos, que seria um centro automotivo, foi aberta em 2017 e declarou capital de R$ 800 mil. Contudo, as investigações apontaram sinais de alerta nas transações financeiras da empresa.
Além de movimentações de centenas de reais em espécie, realizadas por clientes que normalmente utilizam cheques e cartões de crédito, foram identificados depósitos feitos de forma fracionada.
De acordo com o delegado Rafael Scatolon, responsável pelas investigações, o uso do dinheiro em papel sugere uma possível tentativa de evitar rastreamento do dinheiro, que tem origem no tráfico ilícito de drogas.
“As investigações sugerem que a forma, o valor e a frequência das transações buscavam esconder a origem e o destino dos recursos, assim como os responsáveis ou destinatários finais. Além disso, foi identificada uma incompatibilidade entre os valores movimentados e o faturamento das empresas, indicando inconsistências econômicas”, afirma.
As diligências da GCCO também apontaram que algumas das pessoas que fizeram transações financeiras com a empresa Andrew Nickolas Marques dos Santos já são conhecidas da Polícia Civil, tendo sido alvos da Operação Apito Final, deflagrada em abril deste ano contra Paulo Witer e outros 24 investigados por um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Imóvel de luxo em SC
A empresa de Andrew Nickolas também foi identificada como responsável por parte do pagamento para a compra de um apartamento de luxo em Itapema, no litoral de Santa Catarina. O imóvel, avaliado hoje em R$ 1 milhão, foi adquirido por R$ 750 mil, transferidos em mais de 280 depósitos bancários.
Segundo as investigações, a pessoa jurídica de Andrew Nickolas depositou R$ 50 mil, via Pix, para um dos proprietários do imóvel, e transferiu outros R$ 34,3 mil, em valores fracionados.
O delegado titular da GCCO, Gustavo Belão, afirma que as investigações deixam claro que o objetivo da empresa de Andrew Nickolas é a lavagem de dinheiro para o tráfico de drogas, e que a Gerência de Combate ao Crime Organizado tem atuado para descapitalizar as organizações criminosas.
“A GCCO adota como premissa fundamental em suas investigações a asfixia financeira das organizações criminosas, por compreender que este é o método mais eficaz para o enfrentamento das facções que atuam no estado. Nos últimos dois anos, a unidade tem intensificado e aperfeiçoado a realização de investigações financeiras de alta complexidade, com foco na descapitalização dessas organizações. Como resultado desse trabalho especializado, já foram sequestrados mais de R$ 35 milhões em bens e ativos vinculados a atividades ilícitas, representando um importante avanço no combate ao crime organizado“, ressalta.
Destaques
Seis cidades de Mato Grosso obtêm reconhecimento federal de situação de emergência
As intensas chuvas que atingem o Estado de Mato Grosso nos últimos dias fez com que muitas das cidades atingidas pelas chuvas declarassem estado de emergência, com ruas alagadas e residências inundadas. Os municípios foram severamente impactados onde diversas pessoas foram resgatadas de áreas afetadas pelas enchentes.
Os danos incluem a destruição de pontes e o comprometimento de estradas e moradias. Em algumas dessas cidades famílias foram forçadas a buscar abrigo temporário devido à situação crítica. A Defesa Civil estabeleceu um posto de comando na cidade para monitorar os alertas e realizar o levantamento dos danos causados pelas chuvas. A rodovia MT-020, uma das principais vias daquela região, foi interrompida em decorrência da queda de uma ponte.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência em seis cidades do Estado de Mato Grosso, Nova Brasilândia, Rio Branco, Salto do Céu, Alto Paraguai, Confresa, e Paranatinga, afetadas por chuvas intensas e inundações.
A maioria dos decretos são válidos por 180 dias, podendo ser prorrogados, e autorizam os municípios a mobilização de órgãos e voluntários em resposta aos desastres, a entrada de órgãos competentes em residências para prestar socorro ou determinar a evacuação, a solicitação de recursos, a contratação sem necessidade de licitação, entre outras medidas.
A portaria com o reconhecimento foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
PORTARIA Nº 216, DE 23 DE JANEIRO DE 2025
O SECRETÁRIO NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL, no uso da competência que lhe foi delegada pela Portaria Ministerial nº 2.212, de 04 de julho de 2023, publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, de 05 de julho de 2023, resolve:
Art. 1º Reconhecer a situação de emergência nas áreas descritas no Formulário de Informações do Desastre (FIDE). Art. 2º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.
WOLNEI WOLFF BARREIROS
Agora, as prefeituras já podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros.
Até o momento, o Mato Grosso tem 130 reconhecimentos vigentes, dos quais 119 por incêndios florestais, quatro por chuvas intensas, quatro por estiagem e três por inundações.
Como solicitar recursos
Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de Defesa Civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.
Capacitações da Defesa Civil Nacional
A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo.
Confira neste link a lista completa dos cursos.
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