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Itallo Leite: – Adaptação: presente e futuro da advocacia

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          Adaptação: presente e futuro da advocacia

Autor: Itallo Leite

Há 193 anos comemora-se o Dia do Advogado, na data em alusão à lei de criação dos primeiros cursos de Direito no Brasil, implementados em 11 de agosto de 1827, por D. Pedro I, em Recife e São Paulo.

Nesses quase 200 anos, muita coisa mudou para quem exerce a advocacia como profissão, mas nunca presenciamos uma transformação tão acelerada quanto nos últimos meses.

O ano de 2020 será um marco na história da humanidade, pelo enfrentamento da “Pandemia” do novo Coronavírus, e institui uma nova era para todos os advogados e advogadas dentro do universo digital.

A tecnologia que altera as dimensões de tempo e espaço e constitui novas relações sociais é o grande vetor de transformação pelo qual estamos passando enquanto profissionais do Direito.

É interessante ver que o “novo normal”, termo que apesar de ter apenas poucos meses de uso já é considerado clichê, obedece aos mesmos preceitos da teoria da seleção natural de Darwin, publicada em 1859: quem sobrevive não é o mais forte, é quem se adapta mais rápido.

Saímos do século 19 para um século 21 cheio de desafios. Entramos na era da Advocacia 5.0, uma revolução que busca a solução de problemas sociais com alternativas inteligentes e digitais. É a união entre a tecnologia e o humano, permitindo que descentralizemos tudo e possamos atuar de qualquer lugar.

Inteligência artificial, sistemas de gestão de escritórios e processos, plataformas de resolução de conflitos online, ferramentas de automação, decisões judiciais virtuais, banco de dados como assessores. Tudo isso pode ser assustador num primeiro momento, mas está posto e precisamos tirar o máximo de proveito.

E é justamente nestes contextos que a atuação das instituições se torna essencial para respaldar que as evoluções ocorram, mas que também haja oportunidade para que todos possam integrar a transformação.

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) está atenta às mudanças que vêm ocorrendo e, por meio de suas comissões, tem buscado facilitar a adaptação dos profissionais da advocacia para esta nova realidade.

A advocacia 5.0 tem que ocorrer o mais próximo possível de sua própria proposta: de forma integral, rápida e universal, não permitindo que advogados e advogadas fiquem de fora por falta de oportunidade. A OAB-MT está buscando meios de democratizar o acesso às novas ferramentas profissionais, de acompanhar as exigências que surgem e de suprimir distâncias tecnológicas ou físicas.

Advogados e advogadas de todos os municípios precisam ter as mesmas condições de trabalho que os profissionais dos grandes centros. Assim como os mais jovens precisam se unir aos mais experientes para trocar expertises, cada um com sua visão sobre a profissão e os instrumentos do Direito.

Temos novos conceitos sendo implantados como o Legal Design, uma interligação entre o design, o Direito e a tecnologia que busca resolver problemas, simplificar os processos e facilitar a vida dos nossos clientes. É focado na empatia para gerar resultados e entregar valor para as pessoas e as empresas que atendemos.

Adaptação é o termo que define o presente e o futuro da advocacia. Temos soluções e ferramentas à disposição que nos permitem trabalhar de qualquer lugar. Precisamos construir ou adaptar a carreira a esse novo momento do mundo, que muda em alta velocidade.

Voltando mais uma vez ao século 19, uma famosa frase atribuída a Henry Ford, nascido em 1863 e pai da indústria automobilística, dizia: “se eu tivesse perguntado às pessoas o que elas queriam, teriam dito cavalos mais rápidos”.

Ford criou a linha de produção, reduziu o tempo e os custos para produzir um carro e transformou o mundo. É essa ousadia que deve nos inspirar.

Se perguntássemos a muitos profissionais do Direito, hoje, o que eles querem, muitos diriam uma Justiça mais célere. Nós, advogados e advogadas, mediadores dos processos legais, podemos e devemos transformar os desafios em oportunidades.

Que essa data comemorativa seja um novo marco para a nossa profissão, a partir da atitude de cada um que acredita que pode se adaptar, fazer melhor e colaborar para fortalecer a advocacia de Mato Grosso e tornar a Justiça mais eficiente e justa para todo o Brasil.

Parabéns, advogados e advogadas!

ITALLO LEITE – Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Mato Grosso (CAA/MT)

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O Impacto devastador do assédio moral no ambiente de trabalho

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Autora: Giselle Saggin*

O ambiente de trabalho deve ser um espaço onde os funcionários se sintam seguros, respeitados e capazes de realizar suas tarefas com eficácia. No entanto, infelizmente, muitas vezes isso não é o caso devido ao assédio moral.

O assédio moral no trabalho pode assumir muitas formas, desde comentários depreciativos e humilhações até exclusão social e sobrecarga de trabalho injusta. Independentemente da forma que assume, o impacto do assédio moral pode ser devastador para as vítimas e para o ambiente de trabalho como um todo.

Primeiramente, o assédio moral pode ter sérias consequências para a saúde mental e emocional das vítimas. O constante estresse, ansiedade e medo resultantes do assédio podem levar a problemas de saúde mental, como depressão e transtorno de estresse pós-traumático. Além disso, as vítimas muitas vezes se sentem isoladas e desamparadas, o que pode afetar negativamente seu desempenho no trabalho e sua qualidade de vida fora do trabalho.

Além disso, o assédio moral também pode ter um impacto significativo na produtividade e no moral da equipe. Quando os funcionários estão constantemente preocupados com o assédio, sua capacidade de se concentrar no trabalho diminui e o ambiente de trabalho se torna tóxico e desagradável. Isso pode levar a uma diminuição da moral da equipe, aumento do absenteísmo e rotatividade de funcionários, e uma queda na qualidade do trabalho realizado.

É fundamental que as empresas reconheçam e abordem o problema do assédio moral de forma proativa. Isso inclui implementar políticas claras de tolerância zero para o assédio, oferecer treinamento regular para todos os funcionários sobre o assédio no local de trabalho e garantir que haja procedimentos adequados para relatar e investigar alegações de assédio.

Em última análise, combater o assédio moral no trabalho não é apenas uma questão de cumprir as regulamentações legais; é uma questão de criar um ambiente de trabalho positivo e saudável onde todos os funcionários possam prosperar.

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando assédio moral no trabalho, é importante procurar apoio e denunciar a situação às autoridades apropriadas. Não há lugar para o assédio no local de trabalho, e é fundamental que todos trabalhem juntos para erradicá-lo completamente.

Espero que este artigo seja útil para você!

*Giselle Saggin é especialista em direito do trabalhador e vice-presidente da Comissão Jovem Advocacia de Mato Grosso, da Associação Brasileira de Advocacia (ABA).

@gisellesaggin

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