Search
Close this search box.

Destaques

O auge é a homologação da delação, agora é aguardar: noites de insônia

Publicados

em

Passou mais uma noite com insônia, revirando-se de um lado para outro, não consegue conciliar o sono? Então comece a recitar: a homologação da delação do ex-deputado estadual José Riva.

Na ultima quinta-feira (20) o Desembargador Marcos Machado, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJ/MT), homologou o acordo de delação premiada de José Geraldo Riva, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (AL/MT).

O ex-parlamentar estadual José Riva teve acordo de delação negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, porque o réu teria descumprido as regras impostas pelo Ministério Público Federal (MPF).

O Desembargador Marcos Machado, no texto que homologou a delação do ex-presidente da Casa de Leis, José Geraldo Riva afirma que:

Existem ações penais em curso, inclusive em fase recursal, de pleno conhecimento dos órgãos do Ministério Público Estadual que subscreveram o acordo, bem como do colaborador e de sua Defesa, isto é, as partes avençaram sobre situações processuais concretas e regimes prisionais previstos no sistema processual penal, a afastar qualquer conclusão acerca de eventual invasão de competência legislativa ou mesmo judiciária”.

O documento também registra que todo material produzido e recebido pelos órgãos do Ministério Público Estadual (MPE) deverá ser mantido sob sigilo… sob sigilo!!!!

Clique aqui para ler a homologação do acordo de delação

Preso pela primeira vez no dia 21 de janeiro de 2015, os processos envolvendo o ex-deputado ficaram marcados por uma série de liminares e prisões decretadas pela Juíza na época Selma Rosane Santos Arruda.

Foto: Paulo Victor Fanaia

Na ocasião, ela chegou a descumprir ordens do STF para mandar prender o ex-parlamentar. Selma Arruda também autorizou o grampo de conversa entre advogado e cliente.

Bom… Até onde o Blog do Valdemir pode apurar, José Geraldo Riva não apenas entregou todo o esquema de distribuição de propina, mas também citou nomes dos figurões envolvidos nas transações. E tem para todos os segmentos, alguns personagens do poder judiciário, legislativo, gestores públicos, homens e mulheres que se apresentam com “status de idoneidade moral”, o bagulho é forte mesmo e vai deixar muita gente doido.

O histórico de fatos políticos e administrados, por si, invoca a aplicação do instituto da colaboração premiada, seja para necessária revisão das práticas políticas instaladas e desenvolvidas no âmbito de poderes políticos no Estado de Mato Grosso, de modo a restaurar o interesse público… seja para revisar biografias de homens e mulheres públicos ou que se apresentam com status de idoneidade moral e respeitabilidade social“, adiantou o Desembargador Marcos Machado em seu despacho, no qual homologou a delação de José Riva.

A causa da insônia

Leia Também:  "Buscamos solução para garantir a correta destinação dos resíduos sólidos em MT"

Durante duas décadas, Riva presidiu o que é hoje a insônia dos figurões, expandiu seus negócios para o judiciário, passando a atuar em vários segmentos e, este crescimento combinado com as boas relações que sempre manteve com os Poderes.

Preso e acusado de distribuir propina aos figurões, envolvidos no esquema, José Riva em troca da liberdade contou detalhes da relação simbiótica que, por 20 anos, transformou políticos, e outros em corruptores e empresários em corruptores. As revelações fornecem evidências que não deixam dúvidas sobre a natureza do esquema: tinha na corrupção um pilar de sustentação.

Exemplificando a delação premiada

A delação é como um negócio, um jogo, no qual os jogadores além de saberem as regras, deverão domina-las, sendo este domínio uma condição para negociar bem. Além disso, o exemplo do caso José Riva, mostra como se deve negociar, tendo em vista que a ação do ex-político foi eficiente, tendo conseguido “salvar seu patrimônio e sua liberdade”.

A cereja do bolo é saber negociar na hora certa, nem antes e nem depois, isso porque o delator deve ter consciência do momento que o comprador precisa de informação, entretanto se o delator guarda as informações por muito tempo, pode acabar comprometendo o seu acordo futuramente, pois o Estado possui interesse nas informações privilegiadas.

Leia Também:  Resolução define regras para escolha e registro dos candidatos das Eleições Gerais 2018

Quer saber dos 10 mandamentos da delação? Então vamos lá:

1- Ama (e salva) a ti mesmo sobre todas as coisas e pessoas;
2- Não torna seu nome em delator em vão, porque deve valer a pena a recompensa;
3- Guarda gravações, documentos e prints de pessoas que podem ser delatadas no futuro;
4- Delata pai e mãe, se necessário for;
5- Não delata muito antes de o comprador precisar da informação;
6- Não delatar alguém que pode te delatar, salvo se conseguir destruir sua credibilidade antecipadamente;
7- Não rouba informação alheia nem reputações, salvo se necessário;
8- Não levante falso testemunho, salvo se puderem criar falsos indícios ou provas, e então parecer crível;
9- Não deseja o julgador próximo só porque ele é mais garantista;
10- Não cobiça as delações alheias (somente porque os outros jogam melhor).

Conclusão:

Sendo assim, analisando os 10 mandamentos, conclui-se, que a delação premiada nada mais é um jogo no qual os jogadores devem saber as táticas e estratégias para conseguir o que desejam.

Nota da redação

Muito bem, desde crianças sabemos jogar, no entanto, o jogo da delação é diferente, pois é negociado a liberdade do delator. Ademais, é vedado pelo processo penal o jogo sujo, chamado de doping, apesar disso, tem vários jogadores que utilizam dessas táticas para vencer o jogo.

COMENTE ABAIXO:

Propaganda
Clique para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe uma resposta

Destaques

Programa SER Família Indígena atende mais de 8.705 famílias

Publicados

em

O que é o homem sem os animais? Se os animais desaparecerem o homem morrerá dentro de uma grande solidão. Ensinai à vossos filhos que a terra é nossa mãe. Dizei a eles, que a respeitem, pois tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra”. (Sabedoria Indígena)

A celebração do 19 de abril no Brasil, passa por uma mudança significativa: em vez de Dia do Índio a data passou a ser Dia dos Povos Indígenas. Com essa nova nomenclatura, definida pela Lei 14.402/22, o país quer explicar e reforçar a diversidade das culturas dos povos originários.

A data foi criada em 1943 e a nova nomenclatura tem origem no Projeto de Lei 5466/19, da deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de 2021 e, no Senado, em maio de 2022. O governo federal, à época, vetou integralmente a proposta, sob a alegação de que não havia interesse público na alteração, já que a Constituição adota a expressão “Dos Índios”. No entanto, o Congresso Nacional, em sessão conjunta do dia 5 de julho do ano passado, derrubou o veto presidencial.

A data marca a luta dos povos originários pela sobrevivência desde a ocupação europeia do Brasil até as invasões às terras indígenas, cenários de conflitos e matança registrados de forma crescente nas últimas décadas.

O Dia dos Povos Indígenas é considerado fundamental como forma de se atentar para a diversidade cultural, preservação da natureza e biodiversidade, além da história do povo brasileiro. Vítimas de preconceito e reduzidos enquanto humanidade, a luta dos indígenas ao redor do mundo prega o respeito pelas diferentes etnias e joga luz sobre a demarcação de terras. Esta última, defendida por indigenistas e defensores da causa, como a principal forma de reparação histórica das agressões sofridas pelos povos originários.

A palavra índio não tem sido usada academicamente e nem em espaços políticos por ser um termo que folcloriza, além de ser uma expressão colonizadora em relação aos povos originários. Alguns estudiosos usam povos indígenas ou povos originários, justamente para fazer essa reparação histórica”.

Introduzir políticas públicas de assistência social

Em Mato Grosso, com a perspectiva de introduzir políticas públicas de assistência social e oportunidades de capacitação profissional, a primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, projetou o Programa SER Família Indígena, que conta com o apoio de toda a rede de assistência, com programas idealizados pela primeira-dama do Estado e gerenciados pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc).

Todos sabem do carinho que tenho pelos nossos irmãos indígenas, visitar as aldeias é algo que gosto muito, e tirar o programa SER Família Indígena do papel foi algo extraordinário. Com ele, podemos desenvolver projetos, fornecer assistência social e, junto com a Superintendência de Assuntos Indígenas, realizar um trabalho in loco de qualidade, com levantamentos e conhecimento aprofundado das necessidades. Vai além das entregas de cestas de alimentos e do auxílio; a finalidade é mostrar aos indígenas o potencial de superação que eles têm, nosso respeito e levar esperança, disse Virginia Mendes.

Vamos refletir nesse dia 19 de abril sobre como podemos contribuir para que nossos irmãos indígenas tenham uma vida digna e sejam respeitados como merecem. Como sempre digo, tenho uma alma indígena e tenho muito orgulho do meu povo“, pontuou.

Por meio do Programa SER Família Indígena, mais de 8.705 famílias são atendidas e até o primeiro trimestre deste ano foram investidos R$ 5.408.480,00.

Leia Também:  Lutando pelos seus direitos, Agentes de Saúde e de Endemias lotaram Plenário da Câmara de Cuiabá

Já o SER Família Solidário, com as entregas de cestas de alimentos e kits de higiene e limpeza, no mesmo período, contemplou 9.874 famílias, com investimentos de R$ 6.348.243,40; com o SER Família Aconchego, 28.098 famílias indígenas receberam cobertores, e foram aplicados R$ 951.446,94; e no SER Família Capacita, 200 vagas foram disponibilizadas, e investidos R$ 262.400,00. Nos últimos cinco anos e quatro meses do atual Governo, somente com recursos da área social, os povos originários foram contemplados com aproximadamente R$ 13 milhões.

De acordo com a Superintendência de Assuntos Indígenas, com o novo censo, a população indígena de Mato Grosso pode chegar a 60 mil, com 43 etnias, distribuídas em 62 municípios mato-grossenses.

A partir de ações humanizadas e com o trabalho ativo da primeira-dama Virginia Mendes, o Estado tornou-se modelo na aplicação de incentivo social econômico e investimentos na área da agricultura e do turismo sustentável. Um exemplo de sustentabilidade é a Aldeia Wazare, localizada em Campo Novo do Parecis, da etnia Haloti Paresi, sob o comando do cacique Haliti-Pareci Rony Azoynayee.

Na COP 28 em Dubai, a comitiva do Governo do Estado contou com a presença do cacique Rony, e a primeira-dama Virginia Mendes participou da apresentação do case de sucesso da etnia Haloti Paresi.

Estamos alinhados com o nosso Governo do Estado através da nossa primeira-dama Virginia Mendes, e esse Governo não tem medido esforços para nos auxiliar. Nossa produção agrícola é sustentável. Nós cultivamos uma área de 20 mil hectares, na última safra alcançamos 3,6 mil toneladas. E com o apoio da primeira-dama Virginia Mendes, conseguimos impulsionar o etnoturismo, com o objetivo de trazer os turistas para vivenciarem experiências culturais em nosso território”, contou o cacique Rony.

O programa também mantém parceria com a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), e a partir da articulação da primeira-dama Virginia Mendes, 28 aldeias foram atendidas com a construção de poços artesianos, e já atende uma população de aproximadamente 8.500 indígenas. Os números representam 17% da população.

Graças ao olhar sensível da primeira-dama Virginia Mendes e ao apoio do Governo do Estado, água de qualidade está chegando às comunidades indígenas. Durante este ano, nossa meta é ampliar os atendimentos com a perfuração de poços”, disse o presidente da Metamat, Juliano Jorge.

Virginia Mendes falou da preocupação com a água de qualidade para os povos originários.

Por falta de água de qualidade, as crianças e idosos sofrem com infecções intestinais e outras doenças. Agradeço ao governador Mauro Mendes e ao presidente da Metamat Juliano por atenderem essa necessidade”, agradeceu a primeira-dama.

O superintendente de Assuntos Indígenas, Agnaldo Santos, contou que antes do atual Governo, a população não tinha conhecimento dos serviços prestados pela Superintendência.

Com o apoio e incentivo da primeira-dama de MT, Virginia Mendes, madrinha dos povos indígenas, e do governador Mauro Mendes, visitamos todas as aldeias do estado, e de lá para cá, eles são assistidos com inúmeras ações”.

O superintendente destacou parte das entregas aos povos indígenas articuladas pela primeira-dama do Estado.

Além dos poços artesianos, nós temos ações na área de infraestrutura, como a manutenção de estradas, construção de pontes, reforma da Balsa na aldeia Metuktire no Xingu; entregas de máquinas e implementos agrícolas através da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) para auxiliar na produção de alimentos. Estamos fazendo um trabalho diferenciado junto à Setasc por meio de ações continuadas com os projetos idealizados por dona Virginia; a educação indígena também é foco desta gestão, e através da Seduc, com os encaminhamentos da primeira-dama do Estado, escolas estão sendo reformadas, novas escolas estão com projetos encaminhados, e em breve será inaugurada a escola da aldeia Meruri na região de General Carneiro, citou o superintendente.

Estou há 25 anos na vida pública e nunca vi uma primeira-dama de Estado e um governador cuidar tanto dos povos originários como eles são assistidos nesta gestão”, afirmou Agnaldo Santos.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA