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Fabio Garcia: Não aos impostos, sim ao emprego
Não aos impostos, sim ao emprego
Por Fabio Garcia
O Brasil atravessa um dos mais complicados momentos de sua história. Enfrentamos, de forma simultânea, uma crise política, uma crise econômica, uma crise fiscal e uma crise de credibilidade sem precedentes. Vencer cada crise sem agravar a outra é um grande desafio para o nosso país.
No final do primeiro semestre de 2015, ainda na busca de equilibrar as suas contas, o Governo Federal aprovou na Câmara dos Deputados um projeto de lei que aumenta os impostos incidentes sobre a folha de pagamento de diversos setores intensivos em mão-de-obra. Registro que votei contrário à proposta.
Agora, a mesma matéria vai ao Senado e é preciso analisar os reais benefícios de tal medida ao país. Para alcançar o equilíbrio fiscal, o governo está adotando a fórmula de aumentar impostos. Porém, ao tentar cobrir a cabeça, o governo descobre os pés. Pois esta medida que quer acudir o equilíbrio fiscal agrava o desemprego e a crise econômica no país.
Afinal, ninguém aguenta pagar mais impostos no Brasil. É importante destacar que os setores afetados por esta lei empregam muito e precisam garantir competitividade para sua sobrevivência.
Nossa prioridade neste momento deveria ser a de preservar o emprego e estimular o setor produtivo. Mas, na contramão, aumenta-se energia, combustível, juros, inflação, impostos e tributos sobre a folha de pagamento onerando ainda mais a produção.
O resultado é evidente: mais desemprego.
Quando houve a aprovação da matéria na Câmara, a resposta das empresas não demorou a chegar. Já no dia seguinte, os setores de construção e maquinário anunciaram a expectativa de desempregar mais de 630 mil trabalhadores.
Então, qual a saída para o necessário ajuste fiscal do país? A mesma que utilizarão as milhares de famílias eventualmente desempregadas com esta medida: cortar gastos! Pois, quando o cobertor está curto, só há uma saída: diminuir o tamanho do gigante a ser coberto.
Digamos não ao aumento de impostos e sim ao emprego.
DEPUTADO FEDERAL FABIO GARCIA É PRESIDENTE DO DIRETÓRIO REGIONAL DO PSB EM MATO GROSSO
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Endometriose pode virar câncer?
Autor: Dr. Laerte Basso* –
Após obter um diagnóstico de endometriose, é comum que as mulheres tenham muitas dúvidas e busquem se cercar de informações precisas para cuidar de sua saúde.
A condição é delicada e exige atenção e cuidados. Cada boa iniciativa que a paciente tomar em relação à sua alimentação, estilo de vida e prática de exercícios, entre outros, pode pesar positivamente para a melhora da sua saúde.
Entre tantas perguntas e mudanças a fazer, preocupações com quadros mais sérios podem surgir. Também é comum que, neste momento de atenção com a saúde, a ansiedade e até certo nervosismo levem a mulher a considerar panoramas que não condizem com a realidade.
Pergunta muito recorrente em consultórios e clínicas é se a endometriose pode ser tornar um câncer de endométrio ou até mesmo de ovário.
Vamos por partes. Inicialmente, as duas doenças se desenvolvem de forma muito semelhante, isso é verdade. A proliferação das lesões ocorre tanto na endometriose como no câncer. Porém, não existe evidência de que a endometriose possa virar um câncer.
Como se caracteriza cada uma?
A endometriose é caracterizada pela presença do tecido que reveste o interior do útero, chamado endométrio, fora da cavidade uterina – em trompas, intestino e ovários, por exemplo.
O câncer pode, sim, acometer o endométrio – o que não quer dizer que, para ele surgir, é preciso ter endometriose. Mulheres sem endometriose podem ter câncer do endométrio, e a grande maioria é assim.
A confusão maior surge porque, na endometriose, as células se multiplicam para fora do útero, e isso também ocorre no surgimento do câncer.
Mulheres com endometriose têm maior risco de câncer?
Apesar de não haver uma relação clara entre a presença da endometriose e a gênese de câncer, alguns estudos sugerem que mulheres com endometriose têm maior risco de alguns subtipos de câncer de ovário, como o endometrióide e de células claras.
As principais explicações se baseiam na inflamação causada pela endometriose, além da resposta imune alterada, que pode favorecer o surgimento do câncer. Mas vale lembrar que todo câncer se origina de uma célula que se modificou e cresceu desordenadamente. E, por isso, a endometriose não causa câncer.
Portanto, antes de tomar qualquer informação como verdade ou se desesperar com uma hipótese não comprovada cientificamente, acalme-se e organize-se.
A principal ferramenta para se recuperar de uma condição é a boa informação, e ela pode ser obtida apenas em fontes confiáveis.
E o melhor profissional para confirmar seus achados é o médico de sua confiança, de preferência especialista no assunto. Leve suas dúvidas e obtenha respostas garantidas. Não se desanime com desinformações: elas podem tirar a boa energia de que você precisa para se tratar e se recuperar.
*Dr. Laerte Basso é ginecologista e obstetra, membro da Sociedade Brasileira de Endometriose e da Sociedade Européia de Endometriose e Doenças do Útero, e integra a equipe multidisciplinar do Instituto Eladium, em Cuiabá (MT)
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