FLORESTA PROTEGIDA
Deputado pede esclarecimentos de Mendes por deixar Parque Cristalino II ser extinto

O processo para decidir o futuro do Parque Estadual Cristalino II em Mato Grosso, que se pensava ter sido finalizado na última semana, voltou a ser aberto. Na última sexta-feira (5), após a Justiça de Mato Grosso ter dado ganho de causa a uma empresa e determinado a extinção da unidade, o Parque ganhou novo fôlego com o reconhecimento de que houve uma falha no processo. A ação foi reaberta e não há nova data para que seja concluída.
Na terça-feira (3), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT), determinou que o Governo do Estado de Mato Grosso, réu na ação, revogasse o Decreto que criou o Parque, no município de Novo Mundo, a 791 km de Cuiabá, por entender que sua constituição não seguiu a legislação estadual, ao não realizar consultas públicas.
A ação que pedia a nulidade do decreto de criação do Parque tinha como autor uma empresa privada, a Sociedade Comercial e Agropecuária Triângulo LTDA. Ela foi aberta em janeiro de 2011 contra o Estado de Mato Grosso e foi negada em 1ª e 2ª instância.
Após recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), o processo voltou para análise pelo TJMT, onde os desembargadores decidiram, por 3 votos a 2, pela anulação do decreto que criou o Parque Estadual do Cristalino II. Réu neste processo, o Governo do MT não recorreu dentro do prazo legal e com isso a decisão transitou em julgado.
Porém, na sexta-feira (5), a certidão de “trânsito em julgado” foi retirada dos autos do processo. Isso porque o Ministério Público, que é parte da ação, não foi citado sobre a decisão e sobre os prazos de recurso. Com o reconhecimento desta falha processual, o MP poderá recorrer a instâncias superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF).
Extinguir Parque Estadual Cristalino II
O deputado estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Lúdio Frank Mendes Cabral apresentou requerimento cobrando explicações do Governo de Mato Grosso por não ter recorrido da decisão que determinou a extinção do Parque Estadual Cristalino II, na Amazônia, em processo movido por uma empresa privada.
O parlamentar estadual petista observou que unidades de conservação só podem ser alteradas ou suprimidas por meio de lei, conforme previsto na Constituição Federal e na Constituição Estadual. Ele requereu também informações e documentos de todo o processo de criação da unidade de conservação, criada em 2001.
No requerimento dirigido ao governador, ao procurador-geral do Estado e à secretária de Meio Ambiente, Lúdio Cabral questionou qual foi a fundamentação da defesa apresentada pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) no processo que extinguiu o parque.
O deputado Ludio Cabral cobrou ainda informação sobre o procedimento interno adotado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para entrar com recurso em ações judiciais em que o Estado é parte.
“A quem interessa a extinção do Parque Cristalino II? Quem ganha com isso? Por que o governo de Mato Grosso não recorreu da decisão e ficou inerte, deixando o parque simplesmente ser extinto? Felizmente, o Ministério Público está buscando reverter a decisão. O Estado deveria proteger as unidades de conservação. Permitir que um parque tão importante na Amazônia seja extinto é absurdo e fere o princípio constitucional de que não pode haver retrocesso da legislação ambiental“, afirmou Lúdio.
O Parque Estadual do Cristalino II, localizado em Novo Mundo, na divisa de Mato Grosso com o Pará, tem 118 mil hectares e foi criado pelo Decreto Estadual nº 2.628/2001 com o objetivo de proteger a rica biodiversidade na região, garantir proteção dos recursos hídricos e a movimentação dos animais, preservando amostras dos ecossistemas existentes naquela área de Floresta Amazônica.
O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJ/MT), anulou o Decreto de criação do parque em decisão de dezembro de 2021, em ação movida pela empresa Sociedade Comercial Triângulo Ltda.
Lúdio observou que há um movimento para diminuir a proteção ambiental em todo o estado, com desmonte da legislação ambiental e extinção de parques.
“Todas as nossas unidades de conservação estão ameaçadas pela ganância daqueles que querem transformar Mato Grosso em uma grande fazenda exportadora de commodities. Sem floresta e sem cerrado, logo não teremos mais água. Mato Grosso já perdeu mais de 50% da superfície de água em 35 anos, segundo o MapBiomas. Nós precisamos aumentar a proteção ambiental. Estou há seis meses aguardando o estudo que requeremos à Sema para criar o Parque Estadual das Nascentes do Rio Paraguai“, disse.

Política
Membros da CPI da CS Mobi alegam legalidade no contrato com a Prefeitura de Cuiabá

Em 2022, foi realizado pela Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Adjunta Especial de Licitação e Contratos (SAELC), a sessão pública de abertura dos envelopes das empresas credenciadas no processo de licitação da Parceria Público-Privada (PPP) para requalificação urbana de Cuiabá e revitalização do Mercado Municipal Miguel Sutil, localizado na Avenida Isaac Póvoas.
O Edital N° 005/2022 foi publicado no dia 25 de abril de 2022, na Gazeta Municipal, tendo como finalidade realizar a licitação na modalidade de concorrência, para seleção da proposta mais vantajosa e para concessão administrativa da requalificação urbana do município de Cuiabá e revitalização do Mercado Municipal. O Consórcio CS Mobi Cuiabá, composto por três empresas, entregou sua proposta e, foi realizada a análise de todos os documentos.
Após a posse do novo Prefeito da Capital de todos os mato-grossenses, Abilio Jaques Brunini (PL), começou um desentendimento entre a empresa contrata pela Prefeitura de Cuiabá, na administração Emanuel Pinheiro. O novo chefe do Executivo Municipal, fez um comunicado de que empresa Consórcio CS Mobi Cuiabá. Ele criticou o modelo de contrato estabelecido com a empresa, que inclui um pagamento mensal de cerca de R$ 650 mil pela Prefeitura.
Criação da CPI da CS Mobi Cuiabá
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada para analisar e investigar possíveis irregularidades no contrato de 30 anos entre a Prefeitura da Capital e a CS Mobi, consórcio responsável por operar o estacionamento rotativo em Cuiabá. A CPI foi solicitada após denúncias de inexecução contratual, descumprimento das cláusulas e cobranças do usuário, apesar da empresa receber R$ 650 mil por mês da prefeitura.
A iniciativa foi do vereador Rafael Beal Ranalli (PL). Além dele, a vereadora Samantha Íris (PL), Maysa Leão (Republicanos), Dra. Mara (Podemos), Katiuscia (PSB), Michelly Alencar (UB), Baixinha Giraldelli (SD) e outros vereadores assinaram a abertura da investigação.
Farta documentação de irregularidades
Após algumas oitivas, que contou também com a presença de Emanuel Pinheiro, nesta quarta-feira (24), quando o atual gestor foi convidado para participar da oitiva, juntamente com gerente da empresa, Kenon Mendes de Oliveira, que decidiu não comparecer, o Prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) expôs supostas irregularidades envolvendo desde o início da contratação da empresa CS Mobi com a Prefeitura de Cuiabá, na gestão anterior.
Documentos que comprovariam tais atos foram apresentados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estacionamento Rotativo.
“Ressalta-se o entendimento de que o embate midiático que pretende promover o Sr. Prefeito em nada beneficiará o debate público, ao contrário, é uma forma de induzir ao erro e causar impactos negativos e um ambiente de insegurança jurídica“, diz parte do ofício enviado à Comissão Parlamentar.
Com grandes quantidades de livros e uma apresentação preparada em slides, Abilio Brunini realizou uma análise das suspeitas de irregularidades apresentadas desde o primeiro contrato feito da gestão municipal passada com a antiga empresa Promulti, que ao se fundir com as empresas CS Brasil e Areatec, se tornou a CS Mobi.
Dentre elas, destaca-se a alteração do Decreto 5.435/2025, que exigia que a o Executivo Municipal efetuasse um chamamento público, em que o município se manifestava como primeiro interessado.
Na visão de Abilio Brunini, houve um claro beneficiamento à empresa Promulti. Além disso, segundo ele, ocorreu a contrariedade do princípio da Impessoalidade, já que foi criada uma regra específica para aquela situação e a empresa obteve vantagem competitiva.
“Nesse contrato iniciou pelo interesse da empresa Promulti e não do Poder Executivo. De quem era esse interesse? Era do município ou da empresa? A nossa suspeita é que o caminho que o processo seguiu foi de direcionamento para que uma empresa vencesse o processo. Se a gente conseguir quebrar esse contrato com essa empresa, a gente faz uma licitação justa e transparente“, ressaltou Abílio.
Apesar da CPI estar em estágio de elaboração do relatório, o gestor municipal frisou a necessidade de convocar novamente os representante da CS Mobi, além de gestores envolvidos na permissão do contrato feito à época. A empresa CS Mobi detém a concessão do estacionamento por mais 30 anos.
“Nitidamente a gente está chegando à conclusão de que esse contrato é legal, o que se questiona são as condições dele“, frisou o presidente da CPI, vereador Rafael Ranalli (PL), momentos antes da oitiva começar.
A vereadora Maysa Leão (Republicanos), membro da CPI, afirmou que é contra o rompimento do contrato com a concessionária, com ressalvas.
“Sou contra o rompimento pura e simplesmente sem renegociar. São R$ 654 milhões ao longo de 30 anos. Eles vão antecipar a construção de um mercado, que vai gerar emprego e renda e vai ter uma revitalização do centro da cidade“, disse a parlamentar.
O vereador Dilemário Alencar (UB), relator da Comissão, lamentou o não comparecimento do gerente da empresa e destacou que está terminando o documento final.
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