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“Cada um vai responder pelos seus atos, nós temos que dar a essas pessoas o direito constitucional à defesa”

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O Supremo Tribunal Federal (STF), através do Marco Aurélio Melo, deu aval ao acordo de delação premiada de Alan Malouf em abril. A colaboração de Maluf ainda é sigilosa, e parte da delação foi enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) por conta do foro privilegiado do governador Pedro Taques. Na delação feita à Procuradoria-Geral da República, Malouf afirma que captou R$ 10 milhões em recursos não contabilizados para a campanha de Pedro Taques ao governo, em 2014.

Considerado como “peça chave”, e depois de ficar preso 5 meses, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Melo, também homologou o termo de colaboração com a Procuradoria Geral da República (PGR), do ex-secretário de Educação, Permínio Pinto Filho, detido em julho de 2016, na fase da “Operação”, onde ele também teria participado do esquema de desvio de recursos da Secretaria Estadual de Educação do Estado de Mato Grosso (SEDUC/MT), investigado na Operação Rêmora, que acabou sendo deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

Em sua delação, o ex-secretário de Educação, Permínio Pinto Filho, disse que o grupo tinha empréstimos para serem pagos dos recursos financeiros que entraram para a campanha via “caixa 2”. O ex-secretário Perminio Pinto contou que o empresário Alan Malouf, era o responsável por montar estratégias para conseguir dinheiro para pagar dívidas de campanha que chegou em torno dos R$ 10 milhões de reais.

Nesta terça-feira, (28), o Jornal Folha de São Paulo, divulgou a matéria sobre a delação premiada do ex-secretário de Educação, Permínio Pinto Filho, para o Supremo Tribunal Federal, dizendo que o governador Pedro Taques estava a par de tudo que estava acontecendo, e que ele sabia “sim” a respeito do desvio do dinheiro da SEDUC, das obras de reformas das escolas estaduais, e que o dinheiro arrecadado era para pagamento das dividas de campanha de Pedro Taques em 2014.

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Conforme as investigações que aconteceram na Operação Rêmora, funcionários da Secretaria de Educação também estavam envolvidos em facilitar as licitações que eram direcionadas para as empresas que faziam parte do grupo, e que o objetivo era de receber em torno de R$ 56 milhões de reais da SEDUC.

Em sua defesa, o governador José Pedro Gonçalves Taques negou todas as acusações que estão contra ele, e que cada um responde pelos seus atos, e que ele não pode ser responsabilizado por atos que ele próprio não cometeu.

Cada um vai responder pelos seus atos, nós temos que dar a essas pessoas o direito constitucional à defesa. Eu quero falar com o cidadão que me conhece, quero falar a ele que a nossa administração nesses três anos e meio passou por muitas dificuldades. Mas nós superamos todas essas dificuldades, e todas as medidas foram tomadas e estão na Justiça, e eu não posso ser responsabilizado por atos que eu não pratiquei”.

Já a ferrenha “Oposicionista” deputada estadual Janaína Greyce Riva, do Movimento Democrático Trabalhista (MDB) disse que estará solicitando a quebra do sigilo da delação premiada do ex-secretário estadual de Educação, Permínio Pinto Filho, homologada pelo ministro Marco Aurélio do Supremo Tribunal Federal (STF), no acordo, onde o ex-secretário acusou o governador Pedro Taques, de participar de esquema de fraude em contratos para beneficiar empreiteiras em troca de propina para quitar dívidas da campanha eleitoral de 2014.

A parlamentar estadual é uma das que defende o afastamento do governador Pedro Taques de suas funções a frente do Executivo Estadual. Já não é sigiloso mesmo, já se quebrou o sigilo de outras partes. A Assembleia é uma parte interessada também, nós fiscalizamos o Executivo. Se a delação envolve diretamente o governador nós queremos compartilhar dessas informações. O impeachment, um afastamento através da CPI através do Plenário. Eu só não acredito mais que o governador tenha condições de conduzir o Estado. Você vê, por exemplo, que durante o expediente ele está gravando programa eleitoral, e isso não pode acontecer”.

Valdir Barranco do Partido dos Trabalhadores (PT) e Allan Kardec Pinto Acosta Benitiz, o “Alan Kardec” do Partido Democrático Trabalhista (PDT), não perderam a oportunidade, e também utilizaram a tribuna da Casa de Leis para repercutir os fatos. Allan Kardec, disse que o governador Pedro Taquesesta nu” diante do que foi exposto nas delações. Já o petista Valdir Barranco questionou “de que lado os bandidos estão”.

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TCE destacou a importância do consenso em prol da Saúde Pública

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Cuiabá é o município sede da Baixada Cuiabana e é referência em muitos serviços de saúde de média e alta complexidade, para todo o Estado de Mato Grosso, porém não vem recebendo do Estado de Mato Grosso o necessário apoio financeiro para tanto. Outrossim, resta demonstrado, que Cuiabá atende em sua rede própria mais de 41% de pacientes do interior do Estado”.

Segundo a Prefeitura Municipal de Cuiabá, desde o ano de 2020, vem arcando sozinha para manter em funcionamento os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). O recurso deveria ser repassado ao Município pelo Governo do Estado de Mato Grosso, mas no referido período não houve o cumprimento desta obrigação.

O clima não era bom, e quem estava na ponta da linha, “a população”, sem ter culpa nenhuma, vinha sofrendo com todos os acontecimentos relacionada a Saúde Publica Municipal. Uma ação em questão chegou de ser protocolada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE) após uma provocação do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT).

Na ocasião, o procurador-geral do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), José Antônio Borges, solicitou que a Justiça determinasse a intervenção do governo estadual na Saúde da Capital e na Empresa Cuiabana de Saúde Pública, e que determinasse também uma intervenção do Governo do Estado na Secretária Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS).

O pedido abordou uma série de denúncias e reivindicações da classe médica. Entre elas, a realização de concursos públicos, o fim da precarização de condições de trabalho, utilização de cargos públicos para apoio político, escalas incompletas e que não são publicadas no Portal da Transparência, diminuição de vagas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Policlínicas e episódios de assédio moral.

Entre idas e vindas, a Saúde de Cuiabá vivia um clima de guerra entre as lideranças políticas. Acordos e Termos de Ajustamento de Condutas (TAC), foram assinados para que o impasse entre as partes tivessem um final feliz.

Mediação do TCE acaba com retenção de repasses

Mas uma vez parece que teremos um final feliz na Saúde de Cuiabá, uma mediação do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE/MT), Prefeitura Municipal da Cuiabá e Governo do Estado de Mato Grosso, firmaram acordo para a continuidade dos atendimentos no Hospital São Benedito e no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Mais um termo de compromisso foi assinado pelos gestores, que define medidas para obtenção de recursos, organização das despesas e elaboração de plano para a quitação de débitos com empresas que prestam ou prestaram serviços nas unidades.

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O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE/MT), Conselheiro Sérgio Ricardo de Almeida, destacou a importância do consenso em prol da Saúde Pública e parabenizou o governador Mauro Mendes (UB), e o Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (UB), pela iniciativa na busca por uma solução conjunta.

Fico muito feliz que os dois gestores estão comprometidos com a Saúde de Cuiabá. Então, esta é uma vitória do consensualismo e uma vitória da sociedade mato-grossense. Parabéns ao governador Mauro Mendes, ao secretário Gilberto Figueiredo. Parabéns ao prefeito Emanuel Pinheiro e toda sua equipe“.

RETENÇÃO SUSPENSA

Fruto de mesa técnica instaurada em abril, o termo de compromisso prevê, dentre outros, a garantia da destinação de recursos da Lei Orçamentária Anual (LOA) à Saúde e a suspensão, por parte do Executivo Estadual, da retenção mensal da antecipação dos repasses estaduais ao Fundo Municipal de Saúde de Cuiabá (FMS).

O Tribunal teve o cuidado de escrever um tratado que prevê que haja dinheiro e que ele seja investido na saúde e a população não fique sem assistência, explicou Sérgio Ricardo.

Os valores deverão ser integralmente destinados ao custeio das despesas para o funcionamento da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, responsável pelo Hospital São Benedito e Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).

Com vigência de 18 meses, o termo estabelece como dívidas os serviços prestados até 31 de março, que serão tratados em um plano de pagamento gradual. A execução do acordo será monitorada pelo relator das contas de governo de Cuiabá, Conselheiro José Carlos Novelli.

Esse é um dos temas mais complexos que enfrentamos. Parabenizo o presidente Sérgio Ricardo, este já é um dos grandes resultados da sua gestão, e parabenizo a todos que compreenderam a importância da Saúde da nossa Capital e do nosso estado e tomaram essa decisão tão importante, disse o relator.

José Carlos Novelli lembrou que o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE/MT) é pioneiro na prática do consensualismo, referência nacional, e desenvolve esse trabalho de acordo com o que determina a Constituição Federal.

O Tribunal de Contas de Mato Grosso tem competência constitucional para promover a mediação, principalmente pelo princípio da eficiência e pelo poder que a Constituição Federal deu aos tribunais de contas de autoexecutoriedade. Esse é inclusive o tema da minha tese de doutorado, já aprovada pelo meu professor orientador, com o título: O consensualismo nos tribunais de contas brasileiros, a autonomia constitucional em mediação exercida pelo controle externo no âmbito da administração pública, por intermédio da mesa técnica”, afirmou.

Para assegurar os recursos para a quitação, o Governo do Estado se comprometeu a suspender temporariamente a retenção mensal da antecipação dos repasses estaduais ao Fundo Municipal de Saúde de Cuiabá (FMS).

O importante é que houve uma convergência de todos os atores e, daqui para frente, espero que tenha cada vez mais soluções para a Saúde, afirmou o secretário de estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

À Empresa Cuiabana caberá agora organizar e convocar os credores, considerando a divisão em grupos por ordem de prioridade. Além disso, a gestão tem 60 dias para a regularização da prestação de serviços nas unidades e renegociação das despesas e dívidas.

Esta mesa técnica foi uma luz no fim do túnel e trouxe ótimas perspectivas para a Saúde da Capital e, consequentemente, de Mato Grosso”, avaliou o prefeito Emanuel Pinheiro.

Segundo o presidente da Comissão Permanente de Normas, Jurisprudência e Consensualismo, o Conselheiro Valter Albano, o termo de compromisso assinado hoje enseja proposta de aditamento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) referente à intervenção na Saúde da Capital, firmado entre o Município de Cuiabá, o TCE-MT, o Ministério Público Estadual (MPMT) e o Tribunal de Justiça (TJMT).

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Neste contexto, o promotor de Justiça Milton Mattos da Silveira Neto reforçou que o acordo complementa a fiscalização do ermo de Ajustamento de Conduta (TAC), que considera todos os serviços de saúde oferecidos por Cuiabá.

Sem que esses recursos, principalmente os que estão previstos na LOA, cheguem à Empresa Cuiabana, não é possível pagar as empresas. Então, isso possibilita que as metas contidas no TAC sejam alcançadas”.

Com o encerramento da mesa técnica, o termo de compromisso segue para homologação em Plenário. Na ocasião, também foi destacada a participação efetiva do presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social, Guilherme Antônio Maluf, e do procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Alisson Carvalho de Alencar, nos trabalhos que resultaram na proposta.

Histórico

A mesa técnica foi instaurada depois que a Prefeitura de Cuiabá apresentou uma série de dificuldades em cumprir com as exigências previstas em TAC e a Empresa Cuiabana solicitou auxílio do Tribunal de Contas na organização do seu passivo. Nas últimas semanas, o Tribunal de Contas recebeu médicos, prestadores de serviço das áreas de ortopedia, neurologia e anestesia, que apontaram que a falta de pagamentos pode agravar ainda mais a crise no setor, com paralisação de cirurgias e atendimentos em Cuiabá.

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