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Wilson Pires de Andrade: – FOCADO NO COMÉRCIO E NA INDÚSTRIA, ACIVAG COMPLETA 32 ANOS 

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         FOCADO NO COMÉRCIO E NA INDÚSTRIA, ACIVAG COMPLETA 32 ANOS 

Por: Wilson Pires de Andrade – 

A Associação Comercial e Industrial de Várzea Grande – ACIVAG, fundada por Renato dos Santos e outros sete comerciantes em 14 de junho de 1985, é uma entidade que galgou muita credibilidade e ganhou força, conquistando metas e alcançando os objetivos, na área comercial e industrial na segunda maior cidade do Estado de Mato Grosso.

Versides Sebastião de Moraes presidiu a reunião de fundação da entidade, que foi secretariada por Moacir da Silva Amado e testemunhada por Renato José dos Santos, Armando José Dal Pizzolo, Adib Baracat, Antonio Gomes (representando a Casa Buri), Francisco Freire da Silva e José Buzelle, como assessor jurídico.

Foram estes, os fundadores da entidade, que promoveram novas assembleias e elegeram presidente o sócio Renato José dos Santos, que, já em 1986, idealizou a construção de um edifício, que além de servir de sede da ACIVAG, destinasse também a outras finalidades e cunho empresarial e sócio-administrativo.

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Coube a Santa Cruz Empreendimentos Imobiliários projetar o edifício de doze andares, que foi construído com apoio de grandes números de empresários da cidade industrial, sendo lançado com o nome de “Centro Empresarial de Várzea Grande”.

Renato dos Santos esteve à frente da Acivag até 1987, sendo eleito como novo presidente o empresário Danilo Berndt, que após um ano de construção inaugurou o edifício.

A inauguração foi um importante acontecimento prestigiado, em 15 de julho de 1988, com a presença do governador Carlos Bezerra, parlamentares, do Congresso Nacional e Assembléia Legislativa de MT, secretários de Estado, prefeito Jaime Campos, vereadores, empresários, as mais importantes mulheres da sociedade local e a essência dos homens de negócio da Grande Cuiabá.

Foram prestadas homenagens aos homens e mulheres que incentivaram e lutaram pelo desenvolvimento do comércio varzeagrandense em décadas passadas como o senhor Júlio Domingos de Campos e Dona Rita de Oliveira Monteiro.

Usando da palavra na solenidade de inauguração o historiador Ubaldo Monteiro disse que o Centro Empresarial de Várzea Grande, sediado na Avenida Castelo Branco, era sem dúvida um ponto de atração de homens de negócios e turistas. “A Acivag – Associação Comercial e Industrial de Várzea Grande, ocupando o primeiro andar do edifício, já não é mais aquela do ano da fundação, tendo crescido rapidamente de acordo com o desenvolvimento da cidade”, finalizou o historiador.

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Durante seus 31 anos de fundação, foram presidentes: Renato José dos Santos (1985), Danilo Bernadt (1986/1990), Flávia Ana Gazzoni (1991/1992), José Nesello (1993/1994), Mohamad Rahim Farhat (1995/1996), Antonio Domingos (1997/1998), David Roberto Massignan (1999/2000), Carlos Célio da Silva (2001/2002), José Fernando Chaparro (2006/2008), Adauton Cesar “Tuim” de Almeida (Julho de 2009 a Julho de 2010 provisório – interdição) e Adauton Cesar “Tuim” de Almeida eleito em 2010 é reeleito até os dias de hoje.

Wilson Pires de Andrade é jornalista profissional em Mato Grosso.

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Do medo reprimido à fuga química, o homem que aprendeu a não temer vive refém da própria coragem

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Autor: Nailton Reis*

Neste artigo propõe um caminho para compreender o que a psicologia chama de “fuga da realidade”. Essa expressão, muitas vezes usada de forma genérica, descreve o movimento em que o sujeito, incapaz de lidar com o próprio mundo interno, seus sentimentos, medos e frustrações, passa a recorrer a comportamentos ou substâncias que o afastam de si mesmo.

Aqui, vamos construir um percurso lógico para entender como essa fuga pode acontecer na vivência masculina, especialmente em contextos de masculinidade tóxica e repressão sexual. Este artigo busca elucidar tais questões para complementar a série de textos disponíveis em @iMentesPlurais, trazendo de maneira clara, acessível e didática as discussões que envolvem a dependência química e seus desdobramentos emocionais.

É importante deixar claro que a dependência química não nasce apenas desse modo, e nem toda pessoa dependente passa pelo mesmo caminho. Mas essa é uma das possibilidades de compreensão: quando o uso de substâncias se torna uma forma de sustentar o papel de “homem de verdade”, aquele que não sente, não chora, não fraqueja.

Esse será, portanto, um olhar sobre o meio masculino como espaço de adoecimento e performance. Vamos examinar como a repressão dos sentimentos primários, a inibição emocional e a busca por aceitação social formam o terreno do uso abusivo, quando o sujeito passa a usar a substância para performar um personagem e não para se expressar.

Desde cedo, o homem é ensinado a não sentir. A ideia de “ser homem” vem carregada de mandamentos invisíveis: não chorar, não demonstrar medo, não hesitar, não fraquejar. E há um mandamento que é o mais perigoso de todos: “homem não pode ter medo”. Esse comando parece pequeno, mas ele vai moldando toda a forma de se relacionar com o afeto e com o risco.

  1. – Se eu não posso ter medo, então eu não posso dizer que estou com medo.
  2. – Se eu não posso dizer, eu não posso pedir ajuda.
  3. – Se eu não posso pedir ajuda, eu vou ter que parecer corajoso o tempo todo, mesmo quando estou apavorado.

Na adolescência, esse falso “não tenho medo” se mistura com o grupo e vira espetáculo. O menino que aprendeu a não demonstrar medo em casa, para não ser chamado de frouxo, agora entra num grupo que pede que ele prove o tempo todo que realmente não tem medo. É aí que aparece aquela cena que muita gente pergunta:

Mas por que ele não tem medo da polícia? Por que ele encara a morte, o racha, a briga de rua, como se fosse nada?

Muitas vezes não é que ele não tenha medo, é que ele foi treinado a inibir o medo. O sentimento existe, mas está soterrado. O que aparece é a performance de coragem. E a substância, o álcool principalmente, ajuda a sustentar essa atuação.

Essa é a educação emocional negativa que molda o menino. Ele aprende não o que fazer, mas o que evitar. A mensagem é clara: emoção é fraqueza, medo é coisa de quem não é homem. O resultado é um sujeito que cresce sem vocabulário emocional, sem autorização para expressar o que sente e, por isso, sem saber o que fazer com a própria dor.

Essa repressão dos sentimentos primários, medo, tristeza, afeto, necessidade de cuidado, cria uma espécie de silêncio interno. O menino que engole o choro cresce inibido, retraído, tímido. Não porque nasceu assim, mas porque aprendeu a conter. E essa contenção emocional, ao longo do tempo, não some, ela se acumula. Quando chega a adolescência, ele se depara com o grupo de pares, onde o valor não é a sensibilidade, e sim a ousadia.

No grupo, o que define o “homem” é o quanto ele aguenta, o quanto ele conquista, o quanto ele se impõe. Quem é tímido, quem hesita, quem se mostra vulnerável é ridicularizado. Surge então a fórmula do pertencimento: “se eu não posso ser, eu preciso parecer“. E para parecer, ele recorre àquilo que o ajuda a vestir a roupa da coragem: a substância.

O álcool, especialmente, aparece como o primeiro facilitador. Ele desinibe, solta a voz, reduz a vergonha, mascara a insegurança. Na prática, ele empresta coragem. É ali que a dependência simbólica começa, antes mesmo da química. O sujeito percebe que, sob o efeito da substância, ele é mais engraçado, mais confiante, mais sedutor. Ele descobre uma nova forma de existir, e essa forma vem com o rótulo de “homem de verdade”.

Mas há um preço alto nisso. Quando o homem passa a depender da substância para performar, ele cria uma segunda identidade, uma versão socialmente aceita, mas emocionalmente vazia. Ele bebe para ser. E quanto mais bebe, menos ele é. O “homem de verdade” que ele mostra para o mundo vai, pouco a pouco, substituindo o sujeito que sente, que erra, que precisa de ajuda.

A comunidade masculina, a dos amigos, das festas, das comparações, reforça esse papel. Cada dose é uma prova de masculinidade, cada transa, uma medalha. O problema é que, sem perceber, ele passa a usar não pela substância em si, mas pela validação que ela proporciona. A droga vira um espelho distorcido onde ele se reconhece. E é nesse espelho que o homem perde o próprio reflexo.

Com o tempo, o corpo se adapta e cobra. O prazer químico se impõe sobre o prazer humano, e a dopamina, aquele neurotransmissor que antes sinalizava conquista, afeto, motivação, passa a responder apenas à substância. O corpo reage, mas o sentimento não acompanha. Ele tenta manter o desempenho, o mesmo humor, o mesmo vigor, mas o que antes era natural agora depende de algo externo. É assim que a performance vira prisão. O sujeito não bebe mais para curtir, mas para não desmoronar. Não usa mais para se divertir, mas para continuar sendo o homem que inventaram para ele.

A psicologia compreende essa dinâmica como um tipo de fuga da realidade afetiva. Ao invés de entrar em contato com o que dói, solidão, medo, rejeição, impotência, o homem anestesia. Ele substitui o sentir pelo fazer, o vínculo pelo desempenho, o afeto pelo uso. E assim, o que parecia força revela-se fragilidade disfarçada.

O homem que precisa se drogar para ser homem está sendo homem para os outros, e não para si.

Reconhecer isso é o primeiro passo. O tratamento psicológico não retira a masculinidade, ele a reconstrói. Ensina o sujeito a se reconhecer sem precisar se esconder, a sentir sem medo de parecer fraco, a falar sem precisar se embriagar. O que antes era fuga, vira reencontro. E é nesse ponto que o homem, pela primeira vez, pôde existir sem performance, sem disfarce, com verdade.

*Nailton Reis é Neuropsicólogo Clínico com especialização em Neuropsicologia Cognitiva Comportamental, Avaliação Psicológica e Psicologia do Trânsito em Cuiabá-MT – CRP 18/7767

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