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Wilson Pires: – CANTINHO VÁRZEA-GRANDENSE, CLUBE NÁUTICO – 70 ANOS DE SAUDADES

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CANTINHO VÁRZEA-GRANDENSE, CLUBE NÁUTICO – 70 ANOS DE SAUDADES

Por Wilson Pires

Construído sobre as barrancas do Rio Cuiabá, em Várzea Grande, ao final da Rua Maria Metelo, onde ocupava uma área de aproximadamente dez mil metros quadrados. Nela foi construído, na década de 50, o salão de baile, sede, bar, quadra de futebol de salão e de basquete. Nessa década se deu acabamento à construção da piscina semi-olimpica e ao cais do porto, obra da gestão da diretoria presidida pelo então capitão Octayde Jorge da Silva de 1956/1960, ampliação do salão de danças e construção da casa dos barcos, tudo cercado por um muro adequado. 

wilsonpires1O clube foi fundado em 26 de agosto de 1946, com o nome de “Clube de Regatas Cuiabá”, pois Várzea Grande ainda era terceiro distrito cuiabano.

O terreno foi doado em 1947 pelo interventor Dr. José Moreira. Os idealizadores da sua construção foram o então tenente Delfino Nonato de Faria, José Augusto de Almeida e Júlio da Silva Pereira.

Durante quase cinco anos, o futuro clube de regatas funcionou em um simples barracão de tábuas, que mais tarde transformou-se na sede de alvenaria, um trabalho gratuito do engenheiro José Garcia Neto.  A princípio Clube existiu para um reduzido grupo de idealizadores e só em 15 de março de 1951, vinte pessoas da sociedade cuiabana reuniram-se no prédio nº 172 da Praça Ipiranga e decidiram reestruturar o clube e elegeu uma nova diretoria, que teve como presidente Alberto Aloísio Addor, e como membros Manoel Granja, José Augusto, Vasco Palma Filho e Armando Cândia, iniciando aí a venda de quotas. Lutou pela realização dessa reunião o tenente Delfino Nonato, José Augusto entre outros interessados em levar avante a iniciativa de fazer do pequeno clube em um grande empreendimento. 

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CONSTRUÇÃO DA SEDE SOCIAL

Em uma nova reunião no dia 22 de julho, tratou da possibilidade de dar início a construção da sede social. Assim, em 10 de novembro de 1951, reunidos no mesmo prédio na Praça Ipiranga, foi escolhido o assessor técnico das obras, o sócio José Garcia Neto. Pouco tempo depois, sob a orientação desse ilustre engenheiro, estava construída a maior parte da sede social do Clube Náutico, com a diretoria tendo uma luta titânica para conseguir recursos.

A 15 de maio de 1952, foram aprovados os novos estatutos da entidade e procedida à eleição para a renovação da diretoria, sendo eleito presidente para o novo biênio, José Augusto de Almeida. Somente no dia 23 de dezembro de 1952, o Conselho Diretor se reuniu pela primeira vez na sede social do Clube Náutico, como determinava o estatuto da agremiação. A reunião visava a realizar os primeiros bailes carnavalescos no salão do Náutico, ainda semi-acabado, mas em condições de suportar festas. José Augusto de Almeida, presidente e um dos fundadores, era um grande entusiasta do clube, participando de todas as promoções. Como presidente, não somente orientava, mas, de martelo a mão, enfrentava o batente com uma vontade férrea de ver concretizada a obra que idealizara.

No biênio seguinte, 1954/1956, foi eleito presidente do Clube do Remo, Roberto Jacques Brunini, no dia 2 de maio de 1954. Decorridos sete meses, renunciou ao cargo, no dia 29 de dezembro do mesmo ano, cabendo ao Dr. Hélio Palma de Arruda completar a gestão. Dr. Hélio em curto tempo a frente do clube promoveu grandes eventos festivos.
 
Em 13 de maio de 1956, foi eleito e reeleito presidente do Clube o então Capitão do Exército Octayde Jorge da Silva, que teve quatro anos para dinamizar as atividades do clube. Na sua gestão foi construída a piscina e promovidos inúmeros programas de Alto gabarito. 

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GRANDES PRESIDENTES

A partir desta data inúmeros presidentes foram eleitos, entre eles: Geraldo Trechau, Pedro Moisés Nadaf, Antonio Pires de Miranda, Otávio Baez, Enio Figueiredo, Eurípedes Domingues, João Gomes de Arruda, Manoel Gonçalo de Almeida, José Leite de Souza, Benedito de Lara Pinto, Jurandir Dias de Moura, e Clenes Celestino Batista. Todos deram sua parcela de contribuição, aumentando o número de sócios promovendo centenas de bailes, casamentos, aniversários, churrascos, bailes de debutantes, a tradicional festa de Ano Novo, de São Pedro com fantasias de matutos, quadrilha, quentão e pé de moleque. Foi construído também neste período um amplo e belo vestiário próximo da piscina, reforma do salão de festas, com o levantamento do teto, mudança do telhado e ampliação da área, que obedecia a uma planta de grande reestruturação.

Em 26 de agosto de 1986, quando o Clube Náutico completou quarenta anos, transformou-se no Clube de Regatas da Grande Cuiabá.

Do Clube Náutico ou Clube de Regatas da Grande Cuiabá, as margens do Rio Cuiabá, no lado várzea-grandense, restaram às ruínas e os amontoados de concreto. Ficaram somente as boas lembranças dos grandes bailes de carnaval, casamentos, aniversários e os inesquecíveis bailes de debutantes. 

Wilson Pires de Andrade é jornalista em Mato Grosso.

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Teremos um novo Imposto instantâneo no Pix?

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Autor: David F. Santos*

Novamente, somos obrigados a afirmar: O Brasil não é para amadores! Nem os mais instruídos conseguem entender o sistema tributário aplicado pelo manicômio tributário em que vivemos.

Mesmo depois da “Reforma Tributária” ou Emenda Constitucional 132, aprovada pelo Congresso Nacional em 20 de dezembro de 2023, seguimos sem ter noção de qual porcentagem pagaremos em impostos, além do que atualmente, estima-se que seja em torno de 30% a 33%.

Tributação elevadíssima, que afeta a sociedade e o desenvolvimento da nação (É triste lembrar que a história nos conta que Tiradentes foi enforcado por reclamar de uma carga tributária de 20%, cobrada por Portugal!).

Incoerência né?

Os impostos pagos deveriam ser aplicados em benfeitorias para a nação, mas o que vemos é um tremendo “saco sem fundo”, e um pais em marcha lenta, no qual em caso de desastres naturais, estamos vendo na prática, que quem acaba resolvendo é o próprio pagador de impostos, que vai “mergulhar na lama”, para ajudar seus conterrâneos.

Para assombrar ainda mais, no último dia 08 de maio, o governo brasileiro, representado pelo secretário extraordinário de reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, passou para o Congresso, uma coisa escabrosa com um nome “bonitinho” em inglês, chamado de “split-payment”, em livre tradução “pagamento parcelado”, cujo resumidamente, no fim das contas, trata-se nada mais, nada menos que algo parecido com a terrível e a malfadada CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), extinta em 31 de dezembro de 2007, apelidada na época como “imposto do cheque”.

Na prática, o “split-payment” deverá ser recolhido já no envio do valor à instituição financeira. Neste momento, o banco separa o dinheiro e o destina para os cofres públicos. Sendo assim, se você usa PIX, DOC, TED ou usa boleto para pagar ou receber dinheiro, fatalmente terá um belo desconto de 2% na fonte!

O “split-payment” é muito utilizado nos Estados Unidos da América, por lá a tributação sobre consumo não utiliza o regime de não cumulatividade do modelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), aprovado na reforma tributária, incidindo apenas na venda do bem ou serviço para o consumidor final, não sendo cobrado de forma duplicada, o que seria um sonho, porém, na forma que está previsto para nós, o “split-payment” assume a característica de antecipação do imposto pelo cidadão, que perde a possibilidade de se planejar contra a “fúria arrecadatória” do governo federal.

Infelizmente mais um peso na carga tributária para você, pagador de impostos!

Afinal, como nos ensinou Ludwig von Mises, O governo não pode tornar o homem mais rico, mas pode torná-lo mais pobre.

*David F. Santos é Consultor Empresarial e Tributário na empresa “Lucro Real Consultoria Empresarial”.

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