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DIA DOS POVOS INDÍGENAS

Programa SER Família Indígena atende mais de 8.705 famílias

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O que é o homem sem os animais? Se os animais desaparecerem o homem morrerá dentro de uma grande solidão. Ensinai à vossos filhos que a terra é nossa mãe. Dizei a eles, que a respeitem, pois tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra”. (Sabedoria Indígena)

A celebração do 19 de abril no Brasil, passa por uma mudança significativa: em vez de Dia do Índio a data passou a ser Dia dos Povos Indígenas. Com essa nova nomenclatura, definida pela Lei 14.402/22, o país quer explicar e reforçar a diversidade das culturas dos povos originários.

A data foi criada em 1943 e a nova nomenclatura tem origem no Projeto de Lei 5466/19, da deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de 2021 e, no Senado, em maio de 2022. O governo federal, à época, vetou integralmente a proposta, sob a alegação de que não havia interesse público na alteração, já que a Constituição adota a expressão “Dos Índios”. No entanto, o Congresso Nacional, em sessão conjunta do dia 5 de julho do ano passado, derrubou o veto presidencial.

A data marca a luta dos povos originários pela sobrevivência desde a ocupação europeia do Brasil até as invasões às terras indígenas, cenários de conflitos e matança registrados de forma crescente nas últimas décadas.

O Dia dos Povos Indígenas é considerado fundamental como forma de se atentar para a diversidade cultural, preservação da natureza e biodiversidade, além da história do povo brasileiro. Vítimas de preconceito e reduzidos enquanto humanidade, a luta dos indígenas ao redor do mundo prega o respeito pelas diferentes etnias e joga luz sobre a demarcação de terras. Esta última, defendida por indigenistas e defensores da causa, como a principal forma de reparação histórica das agressões sofridas pelos povos originários.

A palavra índio não tem sido usada academicamente e nem em espaços políticos por ser um termo que folcloriza, além de ser uma expressão colonizadora em relação aos povos originários. Alguns estudiosos usam povos indígenas ou povos originários, justamente para fazer essa reparação histórica”.

Introduzir políticas públicas de assistência social

Em Mato Grosso, com a perspectiva de introduzir políticas públicas de assistência social e oportunidades de capacitação profissional, a primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, projetou o Programa SER Família Indígena, que conta com o apoio de toda a rede de assistência, com programas idealizados pela primeira-dama do Estado e gerenciados pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc).

Todos sabem do carinho que tenho pelos nossos irmãos indígenas, visitar as aldeias é algo que gosto muito, e tirar o programa SER Família Indígena do papel foi algo extraordinário. Com ele, podemos desenvolver projetos, fornecer assistência social e, junto com a Superintendência de Assuntos Indígenas, realizar um trabalho in loco de qualidade, com levantamentos e conhecimento aprofundado das necessidades. Vai além das entregas de cestas de alimentos e do auxílio; a finalidade é mostrar aos indígenas o potencial de superação que eles têm, nosso respeito e levar esperança, disse Virginia Mendes.

Vamos refletir nesse dia 19 de abril sobre como podemos contribuir para que nossos irmãos indígenas tenham uma vida digna e sejam respeitados como merecem. Como sempre digo, tenho uma alma indígena e tenho muito orgulho do meu povo“, pontuou.

Por meio do Programa SER Família Indígena, mais de 8.705 famílias são atendidas e até o primeiro trimestre deste ano foram investidos R$ 5.408.480,00.

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Já o SER Família Solidário, com as entregas de cestas de alimentos e kits de higiene e limpeza, no mesmo período, contemplou 9.874 famílias, com investimentos de R$ 6.348.243,40; com o SER Família Aconchego, 28.098 famílias indígenas receberam cobertores, e foram aplicados R$ 951.446,94; e no SER Família Capacita, 200 vagas foram disponibilizadas, e investidos R$ 262.400,00. Nos últimos cinco anos e quatro meses do atual Governo, somente com recursos da área social, os povos originários foram contemplados com aproximadamente R$ 13 milhões.

De acordo com a Superintendência de Assuntos Indígenas, com o novo censo, a população indígena de Mato Grosso pode chegar a 60 mil, com 43 etnias, distribuídas em 62 municípios mato-grossenses.

A partir de ações humanizadas e com o trabalho ativo da primeira-dama Virginia Mendes, o Estado tornou-se modelo na aplicação de incentivo social econômico e investimentos na área da agricultura e do turismo sustentável. Um exemplo de sustentabilidade é a Aldeia Wazare, localizada em Campo Novo do Parecis, da etnia Haloti Paresi, sob o comando do cacique Haliti-Pareci Rony Azoynayee.

Na COP 28 em Dubai, a comitiva do Governo do Estado contou com a presença do cacique Rony, e a primeira-dama Virginia Mendes participou da apresentação do case de sucesso da etnia Haloti Paresi.

Estamos alinhados com o nosso Governo do Estado através da nossa primeira-dama Virginia Mendes, e esse Governo não tem medido esforços para nos auxiliar. Nossa produção agrícola é sustentável. Nós cultivamos uma área de 20 mil hectares, na última safra alcançamos 3,6 mil toneladas. E com o apoio da primeira-dama Virginia Mendes, conseguimos impulsionar o etnoturismo, com o objetivo de trazer os turistas para vivenciarem experiências culturais em nosso território”, contou o cacique Rony.

O programa também mantém parceria com a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), e a partir da articulação da primeira-dama Virginia Mendes, 28 aldeias foram atendidas com a construção de poços artesianos, e já atende uma população de aproximadamente 8.500 indígenas. Os números representam 17% da população.

Graças ao olhar sensível da primeira-dama Virginia Mendes e ao apoio do Governo do Estado, água de qualidade está chegando às comunidades indígenas. Durante este ano, nossa meta é ampliar os atendimentos com a perfuração de poços”, disse o presidente da Metamat, Juliano Jorge.

Virginia Mendes falou da preocupação com a água de qualidade para os povos originários.

Por falta de água de qualidade, as crianças e idosos sofrem com infecções intestinais e outras doenças. Agradeço ao governador Mauro Mendes e ao presidente da Metamat Juliano por atenderem essa necessidade”, agradeceu a primeira-dama.

O superintendente de Assuntos Indígenas, Agnaldo Santos, contou que antes do atual Governo, a população não tinha conhecimento dos serviços prestados pela Superintendência.

Com o apoio e incentivo da primeira-dama de MT, Virginia Mendes, madrinha dos povos indígenas, e do governador Mauro Mendes, visitamos todas as aldeias do estado, e de lá para cá, eles são assistidos com inúmeras ações”.

O superintendente destacou parte das entregas aos povos indígenas articuladas pela primeira-dama do Estado.

Além dos poços artesianos, nós temos ações na área de infraestrutura, como a manutenção de estradas, construção de pontes, reforma da Balsa na aldeia Metuktire no Xingu; entregas de máquinas e implementos agrícolas através da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) para auxiliar na produção de alimentos. Estamos fazendo um trabalho diferenciado junto à Setasc por meio de ações continuadas com os projetos idealizados por dona Virginia; a educação indígena também é foco desta gestão, e através da Seduc, com os encaminhamentos da primeira-dama do Estado, escolas estão sendo reformadas, novas escolas estão com projetos encaminhados, e em breve será inaugurada a escola da aldeia Meruri na região de General Carneiro, citou o superintendente.

Estou há 25 anos na vida pública e nunca vi uma primeira-dama de Estado e um governador cuidar tanto dos povos originários como eles são assistidos nesta gestão”, afirmou Agnaldo Santos.

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Destaques

TCE destacou a importância do consenso em prol da Saúde Pública

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Cuiabá é o município sede da Baixada Cuiabana e é referência em muitos serviços de saúde de média e alta complexidade, para todo o Estado de Mato Grosso, porém não vem recebendo do Estado de Mato Grosso o necessário apoio financeiro para tanto. Outrossim, resta demonstrado, que Cuiabá atende em sua rede própria mais de 41% de pacientes do interior do Estado”.

Segundo a Prefeitura Municipal de Cuiabá, desde o ano de 2020, vem arcando sozinha para manter em funcionamento os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). O recurso deveria ser repassado ao Município pelo Governo do Estado de Mato Grosso, mas no referido período não houve o cumprimento desta obrigação.

O clima não era bom, e quem estava na ponta da linha, “a população”, sem ter culpa nenhuma, vinha sofrendo com todos os acontecimentos relacionada a Saúde Publica Municipal. Uma ação em questão chegou de ser protocolada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE) após uma provocação do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT).

Na ocasião, o procurador-geral do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), José Antônio Borges, solicitou que a Justiça determinasse a intervenção do governo estadual na Saúde da Capital e na Empresa Cuiabana de Saúde Pública, e que determinasse também uma intervenção do Governo do Estado na Secretária Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS).

O pedido abordou uma série de denúncias e reivindicações da classe médica. Entre elas, a realização de concursos públicos, o fim da precarização de condições de trabalho, utilização de cargos públicos para apoio político, escalas incompletas e que não são publicadas no Portal da Transparência, diminuição de vagas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Policlínicas e episódios de assédio moral.

Entre idas e vindas, a Saúde de Cuiabá vivia um clima de guerra entre as lideranças políticas. Acordos e Termos de Ajustamento de Condutas (TAC), foram assinados para que o impasse entre as partes tivessem um final feliz.

Mediação do TCE acaba com retenção de repasses

Mas uma vez parece que teremos um final feliz na Saúde de Cuiabá, uma mediação do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE/MT), Prefeitura Municipal da Cuiabá e Governo do Estado de Mato Grosso, firmaram acordo para a continuidade dos atendimentos no Hospital São Benedito e no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Mais um termo de compromisso foi assinado pelos gestores, que define medidas para obtenção de recursos, organização das despesas e elaboração de plano para a quitação de débitos com empresas que prestam ou prestaram serviços nas unidades.

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O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE/MT), Conselheiro Sérgio Ricardo de Almeida, destacou a importância do consenso em prol da Saúde Pública e parabenizou o governador Mauro Mendes (UB), e o Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (UB), pela iniciativa na busca por uma solução conjunta.

Fico muito feliz que os dois gestores estão comprometidos com a Saúde de Cuiabá. Então, esta é uma vitória do consensualismo e uma vitória da sociedade mato-grossense. Parabéns ao governador Mauro Mendes, ao secretário Gilberto Figueiredo. Parabéns ao prefeito Emanuel Pinheiro e toda sua equipe“.

RETENÇÃO SUSPENSA

Fruto de mesa técnica instaurada em abril, o termo de compromisso prevê, dentre outros, a garantia da destinação de recursos da Lei Orçamentária Anual (LOA) à Saúde e a suspensão, por parte do Executivo Estadual, da retenção mensal da antecipação dos repasses estaduais ao Fundo Municipal de Saúde de Cuiabá (FMS).

O Tribunal teve o cuidado de escrever um tratado que prevê que haja dinheiro e que ele seja investido na saúde e a população não fique sem assistência, explicou Sérgio Ricardo.

Os valores deverão ser integralmente destinados ao custeio das despesas para o funcionamento da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, responsável pelo Hospital São Benedito e Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).

Com vigência de 18 meses, o termo estabelece como dívidas os serviços prestados até 31 de março, que serão tratados em um plano de pagamento gradual. A execução do acordo será monitorada pelo relator das contas de governo de Cuiabá, Conselheiro José Carlos Novelli.

Esse é um dos temas mais complexos que enfrentamos. Parabenizo o presidente Sérgio Ricardo, este já é um dos grandes resultados da sua gestão, e parabenizo a todos que compreenderam a importância da Saúde da nossa Capital e do nosso estado e tomaram essa decisão tão importante, disse o relator.

José Carlos Novelli lembrou que o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE/MT) é pioneiro na prática do consensualismo, referência nacional, e desenvolve esse trabalho de acordo com o que determina a Constituição Federal.

O Tribunal de Contas de Mato Grosso tem competência constitucional para promover a mediação, principalmente pelo princípio da eficiência e pelo poder que a Constituição Federal deu aos tribunais de contas de autoexecutoriedade. Esse é inclusive o tema da minha tese de doutorado, já aprovada pelo meu professor orientador, com o título: O consensualismo nos tribunais de contas brasileiros, a autonomia constitucional em mediação exercida pelo controle externo no âmbito da administração pública, por intermédio da mesa técnica”, afirmou.

Para assegurar os recursos para a quitação, o Governo do Estado se comprometeu a suspender temporariamente a retenção mensal da antecipação dos repasses estaduais ao Fundo Municipal de Saúde de Cuiabá (FMS).

O importante é que houve uma convergência de todos os atores e, daqui para frente, espero que tenha cada vez mais soluções para a Saúde, afirmou o secretário de estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

À Empresa Cuiabana caberá agora organizar e convocar os credores, considerando a divisão em grupos por ordem de prioridade. Além disso, a gestão tem 60 dias para a regularização da prestação de serviços nas unidades e renegociação das despesas e dívidas.

Esta mesa técnica foi uma luz no fim do túnel e trouxe ótimas perspectivas para a Saúde da Capital e, consequentemente, de Mato Grosso”, avaliou o prefeito Emanuel Pinheiro.

Segundo o presidente da Comissão Permanente de Normas, Jurisprudência e Consensualismo, o Conselheiro Valter Albano, o termo de compromisso assinado hoje enseja proposta de aditamento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) referente à intervenção na Saúde da Capital, firmado entre o Município de Cuiabá, o TCE-MT, o Ministério Público Estadual (MPMT) e o Tribunal de Justiça (TJMT).

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Neste contexto, o promotor de Justiça Milton Mattos da Silveira Neto reforçou que o acordo complementa a fiscalização do ermo de Ajustamento de Conduta (TAC), que considera todos os serviços de saúde oferecidos por Cuiabá.

Sem que esses recursos, principalmente os que estão previstos na LOA, cheguem à Empresa Cuiabana, não é possível pagar as empresas. Então, isso possibilita que as metas contidas no TAC sejam alcançadas”.

Com o encerramento da mesa técnica, o termo de compromisso segue para homologação em Plenário. Na ocasião, também foi destacada a participação efetiva do presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social, Guilherme Antônio Maluf, e do procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Alisson Carvalho de Alencar, nos trabalhos que resultaram na proposta.

Histórico

A mesa técnica foi instaurada depois que a Prefeitura de Cuiabá apresentou uma série de dificuldades em cumprir com as exigências previstas em TAC e a Empresa Cuiabana solicitou auxílio do Tribunal de Contas na organização do seu passivo. Nas últimas semanas, o Tribunal de Contas recebeu médicos, prestadores de serviço das áreas de ortopedia, neurologia e anestesia, que apontaram que a falta de pagamentos pode agravar ainda mais a crise no setor, com paralisação de cirurgias e atendimentos em Cuiabá.

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