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TESTES POSITIVOS

Aumento de casos de Covid-19 alerta para nova variante Éris

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Um recente relatório do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) revela um aumento significativo no número de casos positivos para Covid-19 durante o mês de agosto. A taxa de positividade dos testes mais que dobrou em relação a julho, saltando de 7% para 15,3%.

No dia 17 de agosto, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de contaminação pela nova variante Éris, que já predomina nos Estados Unidos. Conforme a pasta, manter a vacinação em dia continua sendo a estratégia central de combate ao vírus.

De acordo com as análises do ITpS, as maiores taxas de positividade estão concentradas nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%). Esses números se baseiam em dados provenientes de 1.196.275 testes moleculares realizados entre 14 de agosto de 2022 e 19 de agosto de 2023 em laboratórios renomados, como Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin.

Minas Gerais (21,4%) e Goiás (20,4%) lideram os estados com as maiores taxas de positividade para a doença, seguidos pelo Distrito Federal (19,5%), Paraná (15,7%), São Paulo (14,1%) e Mato Grosso (13,6%).

O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) destaca que o maior crescimento de resultados positivos em agosto foi observado em Goiás, com um salto de 8% para 20%.

No mês de agosto, a nova variante do Coronavírus, Éris, foi identificada pela primeira vez no Brasil, com o primeiro caso confirmado em São Paulo no dia 17. Especialistas acreditam que a variante já circulava no país antes, mas devido à baixa taxa de testagem, não havia sido detectada.

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Quanto aos cuidados recomendados pelas autoridades de saúde no momento, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, esclarece que, apesar do alerta da OMS sobre a circulação da subvariante, não há indicação para que toda a população use máscara. A recomendação principal continua sendo manter o calendário de vacinação em dia.

Testes positivos em MT

Em relação a Mato Grosso, o estado ocupou a quinta posição no país em agosto em relação à taxa de testes positivos de Covid-19. No final do mês, 13,64% dos testes realizados deram positivo para a doença. Esse aumento causa preocupação, uma vez que, desde março, a tendência era de queda considerável, com apenas 3,3% de testes positivos.

Especialistas destacam o papel da subvariante EG.5 da Ômicron, que é altamente contagiosa, mas não está associada a casos graves de Covid-19, nessa mudança de cenário. A variante EG.5 já é conhecida como VOE no Brasil.

Fiocruz identifica linhagem EG.5 do Coronavírus

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), por meio do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais, confirma a identificação, por meio da técnica de sequenciamento genético, da linhagem EG.5 da variante Ômicron em amostra de paciente coletada na cidade do Rio de Janeiro. Conforme protocolo do serviço de referência nacional em vírus respiratórios, o resultado da análise foi imediatamente informado à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

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Até o momento, são quatro casos no país, sendo dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro e outro em Brasília (recém identificado pelo Lacen-DF), de acordo com informações disponíveis na plataforma internacional de genomas Gisaid. O Laboratório do IOC/Fiocruz atua como curador da iniciativa.

Ao todo, na América do Sul, foram identificados cerca de 40 casos da subvariante (Argentina, Colômbia, Equador, Brasil e Trinidad Tobago).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a linhagem EG.5 como uma “variante de interesse”, devido à uma mutação encontrada na proteína Spike e ao rápido aumento de casos em países da Europa, nos Estados Unidos e na China. No entanto, as evidências disponíveis no momento não sugerem que a EG.5 apresente riscos adicionais à saúde pública em relação às outras linhagens descendentes da Ômicron.

Além disso, vale, novamente, reforçar a importância da vacinação. A imunização, incluindo as doses de reforço, ainda é a melhor forma de proteção contra casos graves da doença.

A vacina contra a Covid-19 está disponível gratuitamente nos postos de saúde e serve de proteção em caso de retomada do crescimento do vírus.

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Linha que mata: o risco de acidente e morte com cerol

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Pipa, papagaio, pandorga, quadrado, arraia: seja lá qual for o nome, é um dos brinquedos mais antigos da humanidade. Assim como a bola, é uma das poucas brincadeiras acessíveis a pessoas de qualquer estrato social, cultura, idioma, nacionalidade, etc. A pipa, ou “o” pipa, cada região usa um gênero diferente, está presente em todos os continentes. Assim como é divertido apenas soltar a pipa no ar e manter o controle, também é divertido competir para ver quem laça a pipa do outro ou, como dizem em alguns idiomas, quem caça a pipa. Competição que deu origem ao belíssimo romance “O Caçador de Pipas“, de Khaled Rosseini.

É preciso ser habilidoso para laçar uma pipa e não ser laçado. São movimentos à mão que fazem a pipa subir, descer, girar para os lados e dar o ataque que faz a outra “morrer” enroscada em sua linha.

Só que existe uma outra modalidade de caça: o corte da linha. Um caçador simplesmente corta a linha do outro para ver a pipa adversária entrar em uma triste espiral e chegar ao solo. Nessa tarefa de cortar a linha é que mora o perigo. Para melhorar a eficiência do corte usa-se vidro moído misturado com cola branca, chamado de cerol. Essa pasta forma um poderoso cortante capaz de serrar madeira, plástico e até alumínio. Imagine o que faz na carne!

O perigo do uso nocivo de cerol ou linha chilena

Apesar da recomendação para o isolamento social, tem sido frequente a visão de crianças e jovens empinando pipas nas áreas abertas e próximo a avenidas e rodovias. O perigo do uso nocivo de cerol ou linha chilena e outros tipos de material cortante no barbante, o que é proibido. Motociclistas e ciclistas são as maiores vítimas de cortes, amputações e até mesmo mortes ocasionadas pelo cerol e pela linha chilena.

O clima seco e os ventos fortes de agosto são ideais para “subir” uma pipa, como diz a criançada. A brincadeira, divertida e saudável, contudo, pode representar um risco à vida de quem anda de moto ou de bicicleta. Apesar de proibido, o uso de linha com cerol ou da linha chilena para empinar pipas ainda é comum e faz muitas vítimas, algumas fatais, entre os motociclistas. 

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Entretanto, basta uma busca na internet para descobrir que os acidentes com esse tipo de linha são frequentes. Feita com uma mistura de óxido de alumínio e pó de quartzo, a linha chilena mata. Leis que obriguem o uso da antena nas motos, como alguns parlamentares propõem, também não são a melhor forma de evitar fatalidades.

A única saída é a fiscalização intensa sobre a venda e o uso dessas linhas proibidas. Mas, infelizmente, ainda se encontram facilmente linhas com cerol ou chilena à venda na internet.

É impressionante como ainda há pessoas que fazem uso do cerol e da linha chilena mesmo com índices alarmantes de acidentes e mortes em todo o País. Esse é um problema grave que precisa ser tratado com seriedade e, nesse sentido, a distribuição das antenas corta-pipa e dos folhetos informativos só contribuem para um trânsito mais seguro e servem de alerta para os riscos”.

Como se proteger da linha com cerol

A maneira mais fácil é instalar uma antena corta-pipa, como fazem muitos profissionais. O artefato custa cerca de R$ 40 ou até R$ 100 reais. Instalado no guidão da moto, teoricamente, corta a linha antes que esta atinja o condutor da moto.

Embora não proteja totalmente, como mostra o triste caso do motociclista carioca, parece a única saída para se proteger das pipas. Mas, além de ser horrível esteticamente, não serve em todas as motos. No caso das esportivas, por exemplo, não há onde fixar a antena. Outra alternativa são os protetores de pescoço, que evitariam os casos fatais, mas não ferimentos no rosto, braços ou mãos.

Não uso antena em minha moto, mas tomo alguns cuidados. O primeiro deles é ficar atento a pessoas empinando pipas à margem da via. Se elas estão lá, há grandes chances de alguma linha com cerol cruzar a rodovia. Uma dica para se proteger delas é rodar atrás ou ao lado de veículos altos, como caminhões e ônibus, mantendo distância segura, é claro. Pelo menos, enquanto avistar pipas no céu.

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Uma criança é vítima em Várzea Grande 

Uma criança de 9 anos morreu após ser atingida no pescoço por uma linha de cerol, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, neste domingo (26). A vítima foi identificada como Davi Almeida Franco.

Segundo a Guarda Municipal, a vítima é um menino que estava andando de bicicleta próximo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cristo Rei, quando sofreu o acidente e foi ferido pela linha de cerol. O impacto provocou uma lesão profunda, levando-o a cair imediatamente. Moradores que estavam próximos prestaram socorro e o encaminharam rapidamente à UPA local, mas ele não resistiu aos ferimentos.

A Polícia Militar esteve no local e realizou o isolamento da área para coleta de evidências. A investigação ficará sob responsabilidade da Polícia Civil, que buscará identificar a origem da linha envolvida no acidente.

“Operação Céu Azul”

Nesta segunda-feira (27), a Prefeitura Municipal de Várzea Grande, por meio da Guarda Municipal, lançou a Operação Céu Azul com o objetivo de intensificar a fiscalização contra o uso e a comercialização de linhas com material cortante (cerol) em bairros e pontos de venda da cidade.

A iniciativa surge após o menino Davi Almeida Franco, de 9 anos, morrer após ser atingido no pescoço por uma linha chilena enquanto andava de bicicleta no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, o que mobilizou autoridades e comunidade. O menino andava com a irmãzinha na garupa quando a linha letal atravessou sua trajetória, e apesar de ter sido socorrido rapidamente, ele não resistiu aos ferimentos.

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