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Sentiu piora do zumbido após a Páscoa?

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Autora: Vanessa Moraes*

A Páscoa passou e a maior preocupação de muitas pessoas é a balança, porém, o consumo exagerado de chocolate por crianças ou adultos, mais comum nesta época do ano, não causa somente o aumento do peso ou a aparição de espinhas. Os ouvidos sofrem com a ingestão demasiada da guloseima e o excesso de chocolate pode gerar o famoso zumbido.

O zumbido, também conhecido como “tinnitus”, é um problema cada vez mais comum. Pode ser definido como a sensação subjetiva de barulho na cabeça ou ouvidos da qual só o próprio se percebe, causando graves perturbações na vida cotidiana do paciente.

O zumbido não é uma doença por si só, mas sim um sintoma de outros problemas. Apesar de não acontecer sempre, a maior parte dos pacientes com zumbido apresentam também perda auditiva.

Existem várias teorias neurofisiológicas que descrevem as causas do zumbido. Uma delas está relacionada à causa metabólica, que está ligada a grande ingestão de açúcar, que está presente nos ovos de Páscoa.

Quando chocolates de doces em geral são consumidos em excesso, eles podem causar não só o zumbido, mas também tontura.

Isso acontece devido a alguns mecanismos:

– A resposta metabólica dos nossos ouvidos ao mecanismo de regulação hormonal envolvendo a insulina – substância que atua para controlar a taxa de açúcar no sangue. O labirinto é o órgão de todo o corpo, mais sensível às mudanças de insulina e glicose, podendo levar a alterações nas composições e pressões dos líquidos que preenchem todo o labirinto e por consequência o funcionamento de suas estruturas sensoriais;

– O chocolate é uma substância estimulante para o funcionamento do nosso sistema nervoso, o que pode fazer com que chegue mais sinais ao sistema nervoso central e, com isso, aquelas pessoas que já tem o zumbido ou predisposição a este sintoma, tem ele intensificado ou percebido.

Além de evitar excessos alimentares nesse sentido, vale procurar um médico otorrinolaringologista, caso os sintomas sejam recorrentes.

Tanto o zumbido quanto a tontura podem ser tratados por um médico otorrinolaringologista.

Há alguns cuidados que podemos ter para prevenir o zumbido:

– Utilização de aparelhos auditivos se há perda auditiva associada;

– Tratar corretamente infecções nos ouvidos;

– Limpar os ouvidos regularmente com recurso de um profissional;

– Evitar a ingestão de medicamentos, álcool, doces e cafeína em excesso;

-Evitar a exposição prolongada ao ruído;

– Evitar o uso prolongado de fones de ouvido, deixando o ouvido “descansar”.

E não vou comer mais ovos de Páscoa? Confira algumas dicas, da Dra Tanit Ganz Sanchez:

– Consumir chocolate com moderação, pois não existe um número mágico de peso, quadradinhos ou barras para consumo;

-Dê preferência para chocolates com pelo menos 70% de cacau (pois eles têm menos açúcar) ou pela versão diet ( que substitui o açúcar por adoçante);

– Experimente trocar o chocolate pela alfarroba, que é um produto natural que imita o chocolate, porém não tem açúcar, glúten ou lactose, por isso pode ser consumido, com moderação, por qualquer pessoa.

Poucas pessoas se preocupam com a saúde dos ouvidos. A maioria só se lembra deles quando ocorre algum incômodo, como a dor de ouvido nas infecções ou a sensação de ouvido tapado durante um resfriado, acúmulo de cera ou entrada da água, dentre outros.

Vamos mudar esta estatística e colocar no nosso check up anual, a avaliação da nossa saúde auditiva!

*Vanessa Moraes é Fonoaudióloga e Audiologista na Sonicon, em Cuiabá/MT

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O amor altruísta!

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Autora: Kamila Garcia*

A clareza do pensamento na Antiguidade contrasta com a regressão humana na era contemporânea. Não é por acaso que quem ainda possui inteligência criou a inteligência artificial para conversas longas e produtivas.

Hoje, poucos buscam o conhecimento por amor a ele. Muitos almejam títulos e honrarias sem o esforço, sem o pensamento crítico, e sem explorar plenamente suas capacidades. A bondade e a amizade são tratadas como mera moeda de troca, pois a essência do ser humano contemporâneo muitas vezes se perdeu em prazeres superficiais.

A ética e a moral, outrora bússolas do pensamento científico e espiritual, foram substituídas por forças externas que comprometem o verdadeiro conhecimento e a convivência social, voltada para o bem comum. De que adianta a tecnologia, se a maioria não tem acesso ao básico? De que serve pensar em benfeitorias, se não há interesse em implementá-las de maneira justa e universal?

Outro dia, ouvi um professor dizer que caridade se faz na Igreja, e precisei discordar. Há tempos, nem mesmo templos e igrejas realizam atos de caridade sem buscar notoriedade social. A caridade verdadeira se faz no amor e na união. Poucos estão dispostos a doar tempo, atenção e amabilidade para ouvir, sentir e coexistir como iguais neste mundo. O altruísmo está em dar sem esperar nada em troca. Ainda assim, os altruístas cultivam amor-próprio e não buscam na inteligência artificial o afeto que não receberam.

O altruísta não desconta sua dor no outro nem subverte os valores que norteiam sua vida. Ele ama conscientemente, respeitando seus deveres e direitos como ser social e espiritual. Sua alma é livre, emergindo de qualquer obstáculo que outros tentem impor, sem se deixar aprisionar pelos fracassos alheios.

Não há céu ou inferno para quem compreende a missão de existir e de amar. Há apenas a visão clara da criação: seja no pensamento, seja no redirecionamento da própria vida.

O altruísta mergulha em si mesmo e emerge com todo o seu potencial. Sua alma é infinita. Embora não seja compreendido pela maioria, ele encontra felicidade constante, pois o seu amor é infinitamente radiante.

*Kamila Garcia é bacharel em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, com pós-graduação em Psicanálise. Atualmente é estudante de Psicologia.

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