Artigos
Marco Antônio Barbosa: – 365 menos oportunidades para diminuir a violência

365 menos oportunidades para diminuir a violência
Autor: Marco Antônio Barbosa –
Mais um ano se passou sem que medidas de longo prazo fossem tomadas para amenizar o caos na segurança pública brasileira. Continuamos estarrecidos, acompanhando noticiários recheados de crimes, chacinas e roubos cinematográficos, casos quando o crime organizado afronta nosso sistema policial e, em nenhum momento, parece temer.
Diversos dados, porém, mostram que os números da violência diminuíram. Isso não seria uma luz no fim do túnel?
Infelizmente, os principais institutos de estudo nesta área, como o Atlas Anual da Violência, apontam tal melhora como um mero golpe de sorte. As facções criminosas, que há muitos anos guerreavam por espaço e poder, deram uma trégua. Nada tem a ver com investimentos certeiros do poder público na área de segurança.
Continuamos remediando ao invés de prevenir. As leis propostas, como o Pacote Anticrime, seguem tramitando a passos de tartaruga no nosso Congresso. Não existe interesse latente em mudar o sistema corrupto que assola o país e que respinga, obviamente, na segurança pública.
Além disso, investimentos na diminuição da desigualdade social também minguam no Brasil, o verdadeiro cerne da questão, principal causa da violência. Poucos ganham muito e muitos ficam com as migalhas em todos os setores básicos, como saúde, educação, saneamento básico, moradia, etc. Sem alternativa, o crime organizado chega como a salvação a parcela considerável da população.
Sem contar a sistêmica morosidade, incômoda particularidade no Brasil, em reformas de extrema necessidade, como as do judiciário, do sistema prisional e das polícias. A demora do nosso conjunto administrativo somada à lotação das cadeias (fora os fatores previamente citados neste texto), compõem um prato cheio para a criminalidade fortalecer seu poder paralelo. E tal poder, como dissemos, consegue diminuir os números da violência, muito mais do que o Governo.
Segundo dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os gastos do governo com segurança pública no Brasil totalizaram R$ 91,2 bilhões em 2018, o equivalente a 1,34% do PIB ou R$ 409,66 por brasileiro. Em relação ao ano anterior, o país aumentou as despesas com a área em 3,9%. Mas, sem essas reformas, leis e mudanças, um considerável montante oriundo do bolso de cada um de nós é empregado de forma completamente equivocada e não efetiva para mudar o quadro de guerra em que o país vive atualmente.
Em 2020, nós, eleitores, temos mais uma chance de ajudar nestas mudanças. Os pleitos municipais são uma oportunidade de elegermos novas políticas que combatam a violência de baixo para cima, começando nas cidades. Novos líderes, que pensem na segurança a longo prazo, podem surgir. Por que não? Além te termos esperança, é preciso que tenhamos consciência na hora de votar: que estejamos bem informados e pautados nas nossas crenças para a real evolução do Brasil. Sem isso, seguiremos na sorte e na mão das facções.
Marco Antônio Barbosa é especialista em segurança e diretor da CAME do Brasil. Possui mestrado em administração de empresas, MBA em finanças e diversas pós-graduações nas áreas de marketing e negócios.

Artigos
O amor altruísta!

Autora: Kamila Garcia* –
A clareza do pensamento na Antiguidade contrasta com a regressão humana na era contemporânea. Não é por acaso que quem ainda possui inteligência criou a inteligência artificial para conversas longas e produtivas.
Hoje, poucos buscam o conhecimento por amor a ele. Muitos almejam títulos e honrarias sem o esforço, sem o pensamento crítico, e sem explorar plenamente suas capacidades. A bondade e a amizade são tratadas como mera moeda de troca, pois a essência do ser humano contemporâneo muitas vezes se perdeu em prazeres superficiais.
A ética e a moral, outrora bússolas do pensamento científico e espiritual, foram substituídas por forças externas que comprometem o verdadeiro conhecimento e a convivência social, voltada para o bem comum. De que adianta a tecnologia, se a maioria não tem acesso ao básico? De que serve pensar em benfeitorias, se não há interesse em implementá-las de maneira justa e universal?
Outro dia, ouvi um professor dizer que caridade se faz na Igreja, e precisei discordar. Há tempos, nem mesmo templos e igrejas realizam atos de caridade sem buscar notoriedade social. A caridade verdadeira se faz no amor e na união. Poucos estão dispostos a doar tempo, atenção e amabilidade para ouvir, sentir e coexistir como iguais neste mundo. O altruísmo está em dar sem esperar nada em troca. Ainda assim, os altruístas cultivam amor-próprio e não buscam na inteligência artificial o afeto que não receberam.
O altruísta não desconta sua dor no outro nem subverte os valores que norteiam sua vida. Ele ama conscientemente, respeitando seus deveres e direitos como ser social e espiritual. Sua alma é livre, emergindo de qualquer obstáculo que outros tentem impor, sem se deixar aprisionar pelos fracassos alheios.
Não há céu ou inferno para quem compreende a missão de existir e de amar. Há apenas a visão clara da criação: seja no pensamento, seja no redirecionamento da própria vida.
O altruísta mergulha em si mesmo e emerge com todo o seu potencial. Sua alma é infinita. Embora não seja compreendido pela maioria, ele encontra felicidade constante, pois o seu amor é infinitamente radiante.
*Kamila Garcia é bacharel em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, com pós-graduação em Psicanálise. Atualmente é estudante de Psicologia.
-
Artigos6 dias atrás
DIA MUNDIAL DA LIMPEZA 2025
-
Artigos6 dias atrás
Um jardim encantado!
-
Artigos4 dias atrás
O PODER DA PERSEVERANÇA, DA LUTA E DO AMOR PELAS PESSOAS!
-
Política7 dias atrás
Uma “Mulher Maravilha” na política de Mato Grosso
-
Artigos4 dias atrás
Benefícios econômicos e ambientais da economia circular no setor de eletroeletrônicos e eletrodomésticos
-
Artigos7 dias atrás
Visibilidade sem fronteiras: por que mulheres cis devem amplificar mulheres trans?
-
ESPORTES6 dias atrás
São Paulo perde para a LDU e se complica na Libertadores
-
Artigos7 dias atrás
A Importância da Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho
Você precisa estar logado para postar um comentário Login