ARTIGO
Marcello Pereira: – A importância da numerologia no universo corporativo
A importância da numerologia no universo corporativo
Autor: Marcello Pereira –
As raízes da numerologia nasceram há 10000 anos, do Egito e da Babilônia. Há registros e avaliação da Numerologia desde as civilizações mais antigas, como a dos sumérios da Baixa Mesopotâmia e entre os fenícios, caldeus e árabes. Porém, foi Pitágoras (571-497 acc.) que transformou a Numerologia em uma ciência exata. Ele foi um importante matemático e filósofo grego, tendo como um de seus mestres o Zoroastro, um sábio persa, grande conhecedor da Cabala. O princípio fundamental da doutrina de Pitágoras, e de sua Escola Pitagórica, é a tese de que “o princípio de todas as coisas são os números”, o que significa que o conhecimento de tudo o que existe no Universo só pode ser obtido através da compreensão numérica.
Pitágoras dizia, que o número tem vibração, cor, expressão emocional e, claro, influência energética sobre todas as coisas e, ultimamente, esse pensamento vem sendo divulgado com maior amplitude para auxiliar muitos empresários a progredir e prosperar mais fortemente.
O uso da numerologia para empresas vem crescendo tanto que já possui uma forte presença no mercado mundial, há algumas instituições que fazem uso do poder dos números para saber identificar os melhores investimentos na bolsa de valores, essa prática tem se tornado cada vez mais utilizada nos EUA, por exemplo.
Com a chegada da quarentena, muitas empresas estão fechando as portas ou se readaptando ao mercado e, obviamente, há também o surgimento de muitas Startups e novos empreendedores. Muitas dessas novas empresas estão consultando a Numerologia para compreender qual é o melhor nome para se colocar em sua empresa, para que ela possa atrair mais público, progredir e se solidificar no mercado.
A Numerologia Empresarial auxilia na percepção cerebral dos clientes da empresa. Nomes geram sensações e aproveitá-las eficazmente pode alavancar negócios e solidificar parcerias. Há muitas empresas que possuem nomes fortes, porém o público, suas negociações e progresso, permanecem emperrados, por quê? Porque o nome fantasia escolhido ou a razão social criada, não são propícios para o ramo do empreendimento. Existem números que favorecem a comunicação como o número três e outros a saúde como o número seis. Criar nomes que vibram essa energia impulsionam o negócio e garantem uma equipe participativa e comprometida.
Outra vertente, a qual realizo constantemente, e traz excelentes percepções são os mapas de parceria comercial. Muitos empresários me procuram para compreender se a parceria que estão planejando vai dar certo ou se a sociedade que querem criar vai se desenvolver positivamente.
Imaginemos como seria propício conhecer mais profundamente sobre o futuro sócio e ele sobre a outra pessoa. Compreender como os dois podem trabalhar juntos com mais eficiência e se essa combinação é favorável. Lembro que não existe uma resposta exata, apenas tendências comportamentais que podem ou não serem benéficas. Fazer a leitura do mapa em conjunto já cria a oportunidade de autoconhecimento e um espaço para que os sócios possam conversar sobre os prós e contras dessa “união”.
Tenho um caso onde não havia nenhuma sintonia comercial vibracional entre as pessoas. Fiz o mapa e nenhuma combinação havia entre as parceiras mesmo elas sendo amigas. Durante a leitura do mapa, elas compreenderam as colocações e concordaram que era necessário abortar a missão ‘parceria’. Elas permaneceram amigas, uma continuou com sua empresa e a outra empreendeu em outra área que descobriu no mapa e está feliz com a mudança.
Outro caso interessante, foi de uma startup, que os sócios não possuem sincronia empresarial, porém possuem habilidades muito especificas e poderosas. Um é um negociador nato com tino comercial e carisma, e o outro é metódico, organizado e planejador. Eles compreenderam que se cada um fizer sua parte, sendo prestando contas, ou seja, reúnem-se semanalmente, mesmo sem urgências, um ao outro, o negócio poderia funcionar. Eis que estão nos momentos finais para o lançamento de sua empresa.
A Numerologia auxilia em contratações, pois demonstra as habilidades e reações inconscientes das pessoas, facilitando a adequação de cada perfil em sua melhor função, e valorizando suas habilidades.
Como podem perceber a análise Numerológica é bem ampla. Para compreender melhor e acertar fielmente o número de favorecimento do negócio, é imprescindível que procure um profissional qualificado, pois ele poderá informar todas as potencialidades que devemos explorar e todas as características e adaptações que devem ser realizadas para se encontrar prosperidade e equilíbrio.
Vale ressaltar que para fazer um ‘Mapa Numerológico Pitagórico Empresarial’ será necessário o nome da razão social de sua empresa, o que inclui a nomenclatura MEI, LTDA, EIRELE e outras, o nome fantasia e dia de registro desses dados. Se a pessoa ainda não os tem e quer criar a sua empresa vibrando o sucesso, o mapa pode ser de analise previa e saber as opções que escolheu ajudará muito.
Lembre-se, ainda, que essa milenar técnica busca alertar e favorecer os empreendimentos, empresas e as pessoas que investem nessa busca por melhoria. O autoconhecimento é uma ferramenta chave para atingir o sucesso. “Conheça-se e essa verdade te libertará “.
Marcello Pereira é terapeuta holístico e metafísico, e numerólogo pitagórico.
Artigos
Do medo reprimido à fuga química, o homem que aprendeu a não temer vive refém da própria coragem
Autor: Nailton Reis* –
Neste artigo propõe um caminho para compreender o que a psicologia chama de “fuga da realidade”. Essa expressão, muitas vezes usada de forma genérica, descreve o movimento em que o sujeito, incapaz de lidar com o próprio mundo interno, seus sentimentos, medos e frustrações, passa a recorrer a comportamentos ou substâncias que o afastam de si mesmo.
Aqui, vamos construir um percurso lógico para entender como essa fuga pode acontecer na vivência masculina, especialmente em contextos de masculinidade tóxica e repressão sexual. Este artigo busca elucidar tais questões para complementar a série de textos disponíveis em @iMentesPlurais, trazendo de maneira clara, acessível e didática as discussões que envolvem a dependência química e seus desdobramentos emocionais.
É importante deixar claro que a dependência química não nasce apenas desse modo, e nem toda pessoa dependente passa pelo mesmo caminho. Mas essa é uma das possibilidades de compreensão: quando o uso de substâncias se torna uma forma de sustentar o papel de “homem de verdade”, aquele que não sente, não chora, não fraqueja.
Esse será, portanto, um olhar sobre o meio masculino como espaço de adoecimento e performance. Vamos examinar como a repressão dos sentimentos primários, a inibição emocional e a busca por aceitação social formam o terreno do uso abusivo, quando o sujeito passa a usar a substância para performar um personagem e não para se expressar.
Desde cedo, o homem é ensinado a não sentir. A ideia de “ser homem” vem carregada de mandamentos invisíveis: não chorar, não demonstrar medo, não hesitar, não fraquejar. E há um mandamento que é o mais perigoso de todos: “homem não pode ter medo”. Esse comando parece pequeno, mas ele vai moldando toda a forma de se relacionar com o afeto e com o risco.
- – Se eu não posso ter medo, então eu não posso dizer que estou com medo.
- – Se eu não posso dizer, eu não posso pedir ajuda.
- – Se eu não posso pedir ajuda, eu vou ter que parecer corajoso o tempo todo, mesmo quando estou apavorado.
Na adolescência, esse falso “não tenho medo” se mistura com o grupo e vira espetáculo. O menino que aprendeu a não demonstrar medo em casa, para não ser chamado de frouxo, agora entra num grupo que pede que ele prove o tempo todo que realmente não tem medo. É aí que aparece aquela cena que muita gente pergunta:
“Mas por que ele não tem medo da polícia? Por que ele encara a morte, o racha, a briga de rua, como se fosse nada?“
Muitas vezes não é que ele não tenha medo, é que ele foi treinado a inibir o medo. O sentimento existe, mas está soterrado. O que aparece é a performance de coragem. E a substância, o álcool principalmente, ajuda a sustentar essa atuação.
Essa é a educação emocional negativa que molda o menino. Ele aprende não o que fazer, mas o que evitar. A mensagem é clara: emoção é fraqueza, medo é coisa de quem não é homem. O resultado é um sujeito que cresce sem vocabulário emocional, sem autorização para expressar o que sente e, por isso, sem saber o que fazer com a própria dor.
Essa repressão dos sentimentos primários, medo, tristeza, afeto, necessidade de cuidado, cria uma espécie de silêncio interno. O menino que engole o choro cresce inibido, retraído, tímido. Não porque nasceu assim, mas porque aprendeu a conter. E essa contenção emocional, ao longo do tempo, não some, ela se acumula. Quando chega a adolescência, ele se depara com o grupo de pares, onde o valor não é a sensibilidade, e sim a ousadia.
No grupo, o que define o “homem” é o quanto ele aguenta, o quanto ele conquista, o quanto ele se impõe. Quem é tímido, quem hesita, quem se mostra vulnerável é ridicularizado. Surge então a fórmula do pertencimento: “se eu não posso ser, eu preciso parecer“. E para parecer, ele recorre àquilo que o ajuda a vestir a roupa da coragem: a substância.
O álcool, especialmente, aparece como o primeiro facilitador. Ele desinibe, solta a voz, reduz a vergonha, mascara a insegurança. Na prática, ele empresta coragem. É ali que a dependência simbólica começa, antes mesmo da química. O sujeito percebe que, sob o efeito da substância, ele é mais engraçado, mais confiante, mais sedutor. Ele descobre uma nova forma de existir, e essa forma vem com o rótulo de “homem de verdade”.
Mas há um preço alto nisso. Quando o homem passa a depender da substância para performar, ele cria uma segunda identidade, uma versão socialmente aceita, mas emocionalmente vazia. Ele bebe para ser. E quanto mais bebe, menos ele é. O “homem de verdade” que ele mostra para o mundo vai, pouco a pouco, substituindo o sujeito que sente, que erra, que precisa de ajuda.
A comunidade masculina, a dos amigos, das festas, das comparações, reforça esse papel. Cada dose é uma prova de masculinidade, cada transa, uma medalha. O problema é que, sem perceber, ele passa a usar não pela substância em si, mas pela validação que ela proporciona. A droga vira um espelho distorcido onde ele se reconhece. E é nesse espelho que o homem perde o próprio reflexo.
Com o tempo, o corpo se adapta e cobra. O prazer químico se impõe sobre o prazer humano, e a dopamina, aquele neurotransmissor que antes sinalizava conquista, afeto, motivação, passa a responder apenas à substância. O corpo reage, mas o sentimento não acompanha. Ele tenta manter o desempenho, o mesmo humor, o mesmo vigor, mas o que antes era natural agora depende de algo externo. É assim que a performance vira prisão. O sujeito não bebe mais para curtir, mas para não desmoronar. Não usa mais para se divertir, mas para continuar sendo o homem que inventaram para ele.
A psicologia compreende essa dinâmica como um tipo de fuga da realidade afetiva. Ao invés de entrar em contato com o que dói, solidão, medo, rejeição, impotência, o homem anestesia. Ele substitui o sentir pelo fazer, o vínculo pelo desempenho, o afeto pelo uso. E assim, o que parecia força revela-se fragilidade disfarçada.
O homem que precisa se drogar para ser homem está sendo homem para os outros, e não para si.
Reconhecer isso é o primeiro passo. O tratamento psicológico não retira a masculinidade, ele a reconstrói. Ensina o sujeito a se reconhecer sem precisar se esconder, a sentir sem medo de parecer fraco, a falar sem precisar se embriagar. O que antes era fuga, vira reencontro. E é nesse ponto que o homem, pela primeira vez, pôde existir sem performance, sem disfarce, com verdade.
*Nailton Reis é Neuropsicólogo Clínico com especialização em Neuropsicologia Cognitiva Comportamental, Avaliação Psicológica e Psicologia do Trânsito em Cuiabá-MT – CRP 18/7767
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