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Francisney Liberato: – Mulher: Quem é você?

Mulher: Quem é você?
Por: Francisney Liberato
Mulher é sinônimo de amor incondicional.
Quem é você mulher que se formou da costela de Adão? Na criação do mundo, Deus criou o homem do pó da terra, após formado, Ele também criou a mulher, da costela do homem, como símbolo de equilíbrio que deve existir entre o homem e a mulher.
O objetivo de Deus é que ambos os sexos sejam iguais, mas isso não ocorre na realidade, como por exemplo, encontramos discrepâncias sociais e salariais, conforme dados divulgados pela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE, onde afirmou que as mulheres ainda ganham, em média 20,5% a menos do que os homens no Brasil.
Quem é você mulher que consegue gerar filhos? Segundo o livro dos recordes “Guinness Book”, relata que uma russa foi a mulher que mais gerou filhos no mundo, sendo o total de 69, entre 1725 e 1765. Ela era esposa de um camponês chamado Feodor Vassilyev. O nome da mulher se perdeu ao longo do tempo, provavelmente seja o de Valentina Vassilyeva. Não importa a quantidade de filhos gerados, o mais importante é ter o dom da procriação, conforme os ensinamentos bíblicos descritos em Lucas 11:27: “Feliz é a mulher que te deu à luz e te amamentou”.
Quem é você mulher que mesmo sendo discriminada e hostilizada por estar grávida antes do casamento? Maria a mãe de Jesus enfrentou às intempéries da vida e preconceito da população há época, por ter engravidado e concebido o homem que dividiu a história do mundo.
Quem é você mulher que demonstra empatia com os desfavorecidos? Mesmo após a morte da princesa Diana, mais conhecida como Lady Di, o seu legado ainda ressoa na Família Real. Essa mulher foi uma mãe dedicada e defensora de causas humanitárias, conhecida como a “Princesa do Povo” pela sua vocação filantrópica, admirada pelo trabalho de caridade, em especial por seu envolvimento no combate a AIDS e na campanha internacional contra as minas terrestres.
Quem é você mulher que enfrentou o rei do Egito para preservar a vida do seu filho? Na história bíblica, Joquebede arriscou perder a sua própria vida e a de outros filhos com o fim de preservar a existência do filho Moisés.
Quem é você mulher que acorda de madrugada para trabalhar e sustentar a sua família? Quantas e quantas mulheres dão o máximo de si para contribuir com sustentabilidade das finanças do lar. Nos moldes da vida atual, devido à crise, dificilmente o homem consegue manter o equilíbrio financeiro da casa, em decorrência disso, as mulheres investem em estudos, trabalho, com o intento de ganhar o seu sustento e da família como um todo.
Quem é você mulher que sai do seu lar para cuidar da residência de outras pessoas? São mulheres que, por não terem oportunidades de estudo e trabalho, estão dispostas a desempenhar o trabalho doméstico, mesmo que o labor seja difícil e complicado, pois estão no âmago do espaço de um lar, quer limpando a casa, lavando vasilhas, fazendo comida, zelando pelas roupas, enfim, o seu trabalho merece ser respeitado.
Quem é você mulher que age com justiça e imparcialidade? Na mitologia grega, conhecemos a deusa Thêmis, deusa da justiça, que aparece segurando uma balança, que significa equidade e igualdade, ela é representada com os olhos vendados, para designar a imparcialidade. É um símbolo do direito brasileiro.
Quem é você mãe, que me criou? Lembro-me da minha mãe que era uma pessoa sempre disposta e alegre, cujo nome era Francisca Batista da Cunha. Ela foi acometida pela doença sagaz, chamada de câncer. Vi a minha mãe se desfalecer a cada dia que se passava, mesmo seguindo as prescrições e tratamentos médicos. Um dia antes de sua morte, em estado vulnerável e fraca, ela me chamou e disse: “Nunca pare de estudar, mesmo que as circunstâncias da vida não sejam as melhores”. Quem é você mãe? Apesar de tudo, ainda encontrava força para ministrar conselhos ao segundo filho mais novo, e o mais “danado”, que há época, não tinha nem 14 anos de idade. Entendo que esse é um amor incondicional, o chamado amor de Deus, ou seja, amor ágape, aquele que é puro.
Enfim, a lista seria enorme para qualificar todos os dons recebidos pelas mulheres. Que possamos amá-las independentemente de qualquer situação. Que possamos reconhecer o seu valor. Que possamos agradecer pela ajudadora que é. Que possamos tê-las como companheiras. Não desperdice a chance de ter uma aliada ao seu lado, quer como mãe, irmã, cônjuge, namorada, amiga, enfim.
Francisney Liberato Batista Siqueira é Secretário de Controle Externo, Auditor Público Externo do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, Palestrante Nacional, Professor, Coach, Mentor, Advogado e Contador.

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Irrigação: a resposta para Mato Grosso

Autor: Hugo Garcia* –
Nos períodos de seca, quando as temperaturas elevadas comprometem o solo e as poucas chuvas isoladas reduzem a umidade, colocando em risco a produção agrícola, é cada vez mais urgentes soluções estruturais para que o estado continue sendo referência no agronegócio e, ao mesmo tempo, garanta a segurança alimentar e o sustento de milhares de famílias. Nesse contexto, a irrigação se consolida como a principal aliada do produtor rural.
Áreas irrigadas representam a diferença entre perder uma safra inteira ou assegurar colheitas regulares, mesmo em períodos de estiagem ou chuvas irregulares e espaçadas. Com a irrigação, o agricultor consegue manter a produtividade e a qualidade das lavouras, reduzindo os impactos da falta de chuva e garantindo previsibilidade para planejar sua atividade. Essa segurança produtiva não só protege os investimentos feitos no campo, como também fortalece toda a cadeia de abastecimento, do pequeno comércio às indústrias de transformação.
Outro ponto essencial é que a irrigação abre espaço para a diversificação das culturas. Em propriedades irrigadas, é possível produzir hortaliças, frutas e sementes especiais durante todo o ano, agregando valor e ampliando as oportunidades de renda. Para a agricultura familiar, esse benefício é ainda mais significativo: com sistemas adequados de irrigação, pequenos agricultores deixam de depender exclusivamente do regime de chuvas e passam a ter mais estabilidade, ampliando a oferta de alimentos frescos e de qualidade para a população.
A criação da Política Estadual de Agricultura Irrigada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso – uma lei de minha autoria enquanto deputado estadual em exercício – foi um passo fundamental para consolidar a irrigação como política de Estado. A lei estabelece diretrizes claras para ampliar áreas irrigadas, promover o uso racional da água e estimular a modernização dos sistemas produtivos. A Aprofir participou ativamente desse debate e segue acompanhando sua implementação, pois acreditamos que somente com arcabouço legal sólido e políticas públicas permanentes será possível expandir os benefícios da irrigação a todos os produtores.
No entanto, para que a lei se traduza em resultados concretos, é preciso enfrentar entraves históricos que ainda limitam a expansão da irrigação. Entre eles, destacam-se o alto custo e a falta de estrutura de redes de energia elétrica, impactando diretamente a operação de bombas e sistemas, e a burocracia relacionada à outorga de uso da água, que se mostra morosa e complexa, especialmente para o pequeno produtor que não dispõe de assistência técnica especializada. São barreiras que acabam excluindo justamente quem mais precisa da irrigação para se manter no campo.
Na Aprofir, temos trabalhado de forma permanente para enfrentar esses gargalos. Nosso objetivo é propor soluções junto ao poder público e parceiros institucionais, buscando alternativas que garantam tarifas de energia mais compatíveis com a realidade do setor e processos de outorga simplificados e acessíveis. Também defendemos a ampliação de linhas de crédito e programas de capacitação para que agricultores familiares tenham condições reais de adotar a irrigação como instrumento de fortalecimento econômico e social.
Garantir a expansão das áreas irrigadas em Mato Grosso não é apenas uma questão técnica, mas uma necessidade estratégica. É investir em resiliência diante das mudanças climáticas, em segurança alimentar para a sociedade e em oportunidades de crescimento para os pequenos agricultores. A irrigação, portanto, não deve ser vista apenas como um recurso tecnológico, mas como uma política de inclusão e de desenvolvimento, capaz de transformar a realidade do campo e oferecer um futuro mais seguro para todos.
*Hugo Garcia é presidente da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir)
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