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Fellipe Valle: – Dor no cotovelo? Pode ser “epicondilite” lateral ou “cotovelo do tenista”

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Dor no cotovelo? Pode ser “epicondilite” lateral ou “cotovelo do tenista”

Autor: Fellipe Valle

A epicondilite lateral ou “cotovelo do tenista” é a principal causa de dor na região do cotovelo. Apesar do seu apelido, ela não acomete só os atletas. Está presente em uma grande parcela da população, principalmente naqueles que fazem atividades intensas com o punho e os dedos, como digitação ou trabalhos braçais.

Mas o que significa esse nome “epicondilite”?

Os epicôndilos do cotovelo são proeminências ósseas facilmente palpadas nos lados mediais e laterais do cotovelo. O epicôndilo lateral é a origem dos extensores do punho e dos dedos. E quando ocorre inflamação nesse local, damos o nome de epicondilite.

Dentre os fatores de risco para desenvolver esse quadro, destacamos o tabagismo, diabetes, idade entre os 45 e 54 anos, movimentos repetitivos durante pelo menos duas horas diárias e atividade forçada (gestão de cargas físicas superiores a 20 kg).

Já entre os jogadores de tênis, o risco aumenta com a idade. Há uma incidência de 50% de lesões de cotovelo ao longo da vida entre os jogadores com 30 anos de idade ou mais, com taxas mais elevadas em jogadores com mais de 40 anos. O risco de lesão é duas a quatro vezes maior entre aqueles que jogam mais de duas horas diárias, mas não há aumento do risco entre aqueles que jogam até seis horas semanais. Mas o principal fator de risco nesse grupo seria a má técnica e algumas características da raquete, como relação de peso e tamanho, tensão das cordas e uso de amortecedores.

As pessoas acometidas com epicondilite lateral queixam-se tipicamente de dor na proeminência óssea e irradiação para região distal. Os sintomas podem durar apenas algumas semanas, mas outros podem ter sintomas que persistem durante muitos meses ou mais. A gravidade da dor pode variar desde mínima, com a qual os pacientes continuam a desempenhar o trabalho ou desporto, até grave, interferindo mesmo nas tarefas diárias básicas e no sono. Os sintomas são normalmente exacerbados por movimentos repetitivos do pulso e do cotovelo.

Para que seja feito o diagnóstico, é preciso uma avaliação pelo ortopedista que deverá colher a história e proceder alguns testes em seu consultório. Exames complementares são por vezes desnecessários, porém caso haja necessidade, principalmente em pacientes com sintomas que persistiram durante três a seis meses ou que apresentam sintomas graves ou piores apesar de uma conduta inicial adequada, podem ser solicitadas radiografias, ultrassonografia ou até a ressonância magnética.

O tratamento dessa afecção pode ser realizado através de medicações analgésicas e antinflamatorias administradas por via oral ou tópica, uso de órtese (uma espécie de elástico) no antebraço, reduzindo a transmissão de carga para a área afetada e fisioterapia. Nesse momento a atividade física ou laboral deve ser ajustada ou até interrompida momentaneamente.

Em pacientes que não melhoram com intervenções iniciais padrão, existem outros tratamentos com excelentes resultados, como a terapia por ondas de choque (TOC), infiltração de glicocorticoides, ácido hialurônico ou de biológicos (por exemplo, plasma rico em plaquetas [PRP]), tenotomia guiada por ultrassom e outros.

O encaminhamento para tratamento cirúrgico é geralmente reservado para pacientes com sintomas graves ou lesões maiores do tendão que não melhoram apesar do cumprimento cuidadoso de um programa de fisioterapia bem concebido, e possivelmente outras intervenções, por mais de seis meses.

O objetivo do tratamento é o regresso funcional e sem dor ao trabalho ou ao desporto. Alguns atletas podem continuar a jogar de forma modificada enquanto estão em reabilitação, desde que continuem a melhorar. Esta abordagem é razoável nos jogadores que só sentem dor após os jogos

Algumas medidas podem evitar que ocorra a epicondilite, como fazer pausas ao realizar atividades nas quais se mova muito o punho e dedos e manter os cotovelos levemente dobrados ao se exercitar ou levantar coisas.

Caso queiram mais informações, entrem em contato através dos canais abaixo que teremos o maior prazer em atender.

Fellipe Ferreira Valle é médico, formado pela Faculdade de medicina de Teresópolis (RJ). Fez residência e duas especializações em ortopedia e traumatologia (cirurgia do joelho e cirurgia de ombro e cotovelo )na Santa Casa de Belo Horizonte (MG), Membro da diretoria da sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia- MT, sócio fundador da associação brasileira de ultrassonografia músculo esquelética, professor de medicina na Univag e da residência de ortopedia UNIC-HGU
Cel.: (65) 996774477
E-mail: [email protected]
www.fellipevalleortopedista.com/

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Quem são os verdadeiros vendedores de saúde?

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Autor: Valter Casarin*

Qual é a visão que a sociedade tem dos vendedores de adubos? Eles são atores essenciais na agricultura e na jardinagem, frequentemente vistos como consultores técnicos e fornecedores de produtos essenciais para o crescimento das plantas e a fertilidade do solo. Mas, essa percepção pode variar: alguns os veem como parceiros técnicos confiáveis, enquanto outros podem considerá-los mais como um comerciante, vendedores de produtos que podem fazer mal à saúde.

Na realidade, o vendedor de adubos está em contato direto com agricultores, aconselhando-os sobre a seleção e o uso adequado dos produtos para otimizar a produtividade e a saúde das culturas. E é exatamente isso que eles são, um elo vital na cadeia de suprimentos, fornecendo às plantas os nutrientes necessários para o crescimento e a fertilidade do solo.

Os clientes podem ver o vendedor como um parceiro que os ajuda a entender as necessidades do seu solo e a escolher os adubos mais eficazes, especialmente se oferecerem soluções personalizadas para a sua situação específica. A imagem também pode ser reduzida à de um simples comerciante, especialmente quando o vendedor é percebido como focado em produtos químicos e não em soluções sustentáveis.

Se o vendedor promover fertilizantes orgânicos ou soluções ecológicas, poderá ser percebido positivamente como um agente ativo no desenvolvimento sustentável e na saúde do solo. Fertilizantes orgânicos e ecológicos estão cada vez mais populares, e os vendedores que os oferecem podem melhorar sua imagem.

Em resumo, o vendedor de adubos não ajuda somente a nutrição e a saúde das plantas, mas ele é vendedor de saúde humana, pois os nutrientes contidos no adubo irão fertilizar o solo, o qual irá nutrir as plantas para gerar a produção de alimentos que chegam à nossa mesa, gerando o café da manhã e nossas refeições. Cada alimento que chega à mesa traz junto os nutrientes necessários para compor nossa saúde, permitindo o aumento do nosso estado imunológico.

Além da nossa saúde, os adubos são responsáveis por manter o solo fértil e permitir a manutenção de seu poder produtivo, evitando a necessidade de abrir novas áreas, ou seja, derrubar florestas. Isso significa que enquanto estivermos usando os adubos de forma eficiente e balanceada, estaremos protegendo o nosso ambiente. Assim, quanto mais alimentos tirarmos da mesma área, menos árvores vamos retirar da natureza.

A visão de uma indústria de adubos ou de um vendedor de adubos é distorcida, pois, tanto a indústria, quanto o vendedor, levam a saúde até os nossos pratos, mas além disso, estão respeitando o meio ambiente, fazendo com que a produção de alimentos, fibras e energia sejam feitas de forma sustentável, com grande respeito a sua saúde e ao seu bem-estar.

*Valter Casarin, coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida é graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal, em 1986 e em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP, Piracicaba, em 1994. Concluiu o mestrado em Solos e Nutrição de Plantas, em 1994, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Recebeu o título de Doutor em Ciência do Solo pela École Supérieure Agronomique de Montpellier, França, em 1999. Atualmente é professor do Programa SolloAgro, ESALQ/USP e Sócio-Diretor da Fertilità Consultoria Agronômica.

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