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Dr. Luiz Fernando Guimarães Amorim: Obesidade e sendetarismo, fatores de risco para a artrose
A artrose ou osteoartrite nada mais é do que o desgaste da cartilagem que existe nas articulações (tecido que reveste as extremidades dos ossos) e esta ligada a varias condições do nosso organismo. O desgaste pode acontecer em qualquer articulação. No entanto, o mais frequente é na coluna, joelhos e quadris, casos em que o excesso de peso e a inatividade física tornam-se um fator perigoso, pois as articulações são sobrecarregadas e começam de forma gradativa a se desgastar.
Quase metades dos adultos com artrose diagnosticada relatam não fazer nenhuma atividade física. “Assim, para muitos pacientes desinformados, o que começa como um movimento doloroso pode terminar numa vida sedentária, que pode fazer com que o paciente evolua gradualmente de um peso normal para a obesidade. Neste processo, cada quilo ganho representa mais pressão nos joelhos e nos quadris, criando um ciclo vicioso de dor, sedentarismo e ganho de peso. Chamamos esse processo de comorbidade. Comorbidades são doenças que trabalham juntas para piorar a condição do paciente. Neste caso, a osteoartrite e a obesidade são conhecidas por serem doenças comórbidas”, afirma o ortopedista Luiz Fernando Amorim.
O excesso de peso corporal impacta diretamente as articulações, especialmente a dos joelhos. “Apenas 10 quilos a mais de peso corporal coloca o dobro de peso sobre cada joelho durante uma caminhada”.
O estresse resultante de tal carga de peso faz com que a cartilagem, que amortece as articulações, comece a se deteriorar. É por isso que a osteoartrite de joelho é de quatro a cinco vezes mais comuns em pessoas com excesso de peso do que em pessoas com peso corporal normal”, afirma o ortopedista.
Ressalta, Luiz Fernando Amorim, que a artrose é uma das doenças bastante dolorosa e causa um forte desconforto. A dor pode deixar as pessoas irritadas e com varias limitações da vida diária por não conseguirem movimentar-se como antes. Essa dor se agrava no momento de realizar esforço, como subir e descer escadas, caminhadas de longa distância, ou mesmo em tarefas rotineiras, como limpar a casa, ou permanecer em pé para lavar a louça ou cozinhar”
Em fase mais avançada, pode ocorrer inchaço da articulação, rigidez articular e como consequência, dificuldade para andar.
No início, tratam-se os sintomas, à base de analgésicos, anti-inflamatórios, condro-protetores (medicação específica para proteção da cartilagem), fisioterapia e hidroterapia. Já em estágios avançados, na maioria das vezes, o tratamento é cirúrgico, apresentando atualmente excelentes resultados e uma melhora satisfatória da qualidade de vida do paciente.
Mas o estado crítico de saúde dos pacientes obesos pode levar a complicações médicas durante a cirurgia. “A cirurgia pode levar mais tempo, ser mais difícil e, provavelmente, levar a um maior nível de infecções, hemorragias e tromboembolismo. E mesmo com uma cirurgia bem sucedida, alguns indivíduos nunca alcançarão a melhora completa, que é experimentada por pacientes com peso normal”, alerta o ortopedista.
Não importa como o ciclo começa, obesidade e osteoartrite devem ser tratadas em conjunto. A atividade física é a chave para a redução do risco de desenvolvimento de ambas, bem como inúmeras outras doenças relacionadas, tais como diabetes, doença cardíaca, hipertensão e acidente vascular cerebral.
“A mudança começa com as escolhas individuais, feitas com base em benefícios percebidos. Portanto, é vital educar e convencer os pacientes que estão em maior risco que os desafios são superáveis, que os benefícios são atingíveis e que o esforço vale a pena. Uma pessoa de estatura média pode diminuir seu risco de osteoartrite do joelho pela metade para cada 11 quilos de peso que ela perde. Este é o exemplo perfeito de como os pacientes, munidos de informação, podem prevenir doenças e comorbidades, evitando a necessidade de intervenções médicas radicais”, observa Luiz Fernando.
Dr. Luiz Fernando Guimarães Amorim-Médico ortopedista e traumatologista – Sub-especialista na área de quadril, joelho e medicina do esporte. CRM\MT 6292-Membro titular da sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia.

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O futuro do agronegócio passa pela confiança e pela inovação

Autor: Henrique Mazzardo* –
O ano de 2024 ficará marcado como um dos mais desafiadores da última década para o agronegócio brasileiro. A alta inadimplência, a retração do crédito e o aumento das recuperações judiciais criaram um ambiente de incertezas e exigiram das empresas uma postura firme, disciplinada e, sobretudo, responsável.
Na Fiagril, tivemos a clareza de que atravessar esse cenário exigia resiliência e adaptação. Encerramos o ano com faturamento bruto acima de R$ 3,5 bilhões, superando R$ 1 bilhão em vendas de insumos e movimentando mais de R$ 1,5 milhão de toneladas de grãos. Esses números refletem não apenas a força do nosso time e dos nossos parceiros, mas também a solidez de um modelo de negócios que se mantém fiel ao propósito de apoiar o produtor rural em todas as fases da produção.
Nossa estratégia foi guiada pela otimização de processos, pelo controle rigoroso de riscos e pela disciplina na gestão de custos. Ao mesmo tempo, reforçamos os investimentos em governança e compliance, com o objetivo de garantir previsibilidade e manter a confiança de fornecedores e clientes. Com isso, preservamos a saúde financeira da operação e honramos todos os compromissos, mesmo em um ano de tantas turbulências.
Neste ano, estamos confiantes de que a retomada virá sustentada pela força do nosso modelo de barter e pelo crescimento dos bioinsumos, que avançaram 13% no último ano. Entre produtos da empresa, destaco o Barter Ultra, uma modalidade que permite ao produtor não apenas travar preços mínimos no momento da negociação, mas também participar da valorização das commodities no ato da entrega. É uma forma de mitigar riscos e compartilhar oportunidades.
Cada vez mais, vemos produtores migrando para o barter como uma alternativa ao crédito tradicional. Isso ocorre porque essa modalidade oferece previsibilidade, segurança e alinhamento de interesses. Na Fiagril, estruturamos essa operação com base em uma análise de risco sólida, em uma assistência técnica próxima e em uma relação de confiança construída ao longo de décadas.
Mas o crescimento, para nós, não se mede apenas em resultados financeiros. Nosso Relatório de Sustentabilidade 2024, publicado pelo quinto ano consecutivo, reafirma esse compromisso. Reforçamos nossa adesão ao Pacto Global da ONU, seguimos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e mantivemos nossos padrões de integridade e rastreabilidade.
Foram mais de 400 mil horas de capacitação oferecidas a colaboradores e parceiros, o fortalecimento do aplicativo Confia, que facilita acesso a crédito, cotações e digitalização de operações, além do apoio a iniciativas sociais e esportivas em todas as regiões onde atuamos.
Em 2025, a Fiagril completa 38 anos de história. Nossa trajetória foi construída sobre valores que permanecem atuais: proximidade com o produtor, compromisso com a sustentabilidade e confiança nos relacionamentos. Esses pilares continuam sendo a base sobre a qual vamos construir um novo ciclo de crescimento.
Estamos prontos para avançar. E vamos juntos, com responsabilidade e visão de futuro, fortalecer ainda mais a parceria com o produtor rural e contribuir para um agronegócio brasileiro mais sustentável, competitivo e inclusivo.
*Henrique Mazzardo é CEO e membro do Conselho Administrativo da Fiagril
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