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Central de Abastecimento Farmacêutico Municipal: Uma dentre as várias funções da profissão farmacêutica

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Autora: Valeria Gardiano – 

O farmacêutico é o profissional de saúde mais próximo da população, ele tem o importante papel de orientar o cidadão sobre questões relacionadas à saúde, incluindo os sintomas, fatores de risco e prevenção de doenças, com um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde.

Contudo, a função do farmacêutico vai além de apenas entregar os medicamentos, de orientar o paciente sobre o uso correto dos medicamentos. Os farmacêuticos prestam outros serviços diretamente à população como a verificação da pressão arterial, aferição de taxas de glicose e de colesterol. Além disso, eles orientam os portadores de doenças, como diabetes, hipertensão arterial.

Esses serviços são prestados sem burocracia, sem fila e sem agendamento. Sendo assim, mostram o quanto o papel do farmacêutico é indispensável na sociedade, agilizando e facilitando vários procedimentos.

Dentre as várias funções desenvolvidas, a responsabilidade técnica e/ou gerência na Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), é de fundamental importância no setor público.

A CAF é o local onde se desenvolvem atividades voltadas para a logística de medicamentos, respeitando as regras básicas de estocagem, manuseio, guarda e empilhamento máximo. Medicamentos são distribuídos da CAF para os hospitais municipais, UPAs, UTI, UBSs, enfim, todas as unidades de saúde do município.

A importância da CAF para um município está diretamente ligada à organização dessa unidade. Ou seja, a distribuição ou remanejamento dos fármacos que, por diminuição de consumo ou mudanças de protocolo, corram o risco de perder a validade, a conferência da entrega de remessas adquiridas por compra ou troca, o controle de lotes para organização adequada nas prateleiras e a confecção e organização de documentação para registro de entrada, saída, estorno e perdas de medicamentos, sempre de acordo com as características físico químicas das composições, em relação à temperatura e umidade, às orientações do fabricante e às determinações regulamentares. Desta forma, se verifica o giro dos estoques, o consumo médio dos medicamentos padronizados e os estoques mínimos.

Portanto, a organização dos almoxarifados deve ser orientada de modo a cumprir três objetivos principais. Sendo eles: Garantir a correta recepção, conservação e distribuição, dentro de padrões e normas técnicas específicas, manter condições ambientais adequadas para assegurar o rendimento, a produtividade do trabalho, minimizar o risco de erros, possibilitar limpeza, manutenção, dispor de meios materiais e humanos para conseguir os dois objetivos anteriores.

Para alcançar os objetivos, é necessário que o município propicie local de condições adequadas com espaço próprio para oferecer boas condições de armazenamento dentro da logística de atendimento de medicamentos às unidades de saúde, garantindo assim segurança e credibilidade nos serviços prestados.

Frente ao exposto, podemos observar a importância da CAF e de um profissional qualificado, com administração e profissionalismo farmacêutico, dentro dessa unidade evitando perdas, gerando economia ao setor público e promovendo o reconhecimento do profissional farmacêutico.

Valeria Gardiano é farmacêutica-bioquímica, pós-graduada em Saúde da Família, especialista em Farmácia Estética, mestranda em Imunologia e Parasitologia e coordenadora de Assistência Farmacêutica no município de Barra do Garças.

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Quem são os verdadeiros vendedores de saúde?

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Autor: Valter Casarin*

Qual é a visão que a sociedade tem dos vendedores de adubos? Eles são atores essenciais na agricultura e na jardinagem, frequentemente vistos como consultores técnicos e fornecedores de produtos essenciais para o crescimento das plantas e a fertilidade do solo. Mas, essa percepção pode variar: alguns os veem como parceiros técnicos confiáveis, enquanto outros podem considerá-los mais como um comerciante, vendedores de produtos que podem fazer mal à saúde.

Na realidade, o vendedor de adubos está em contato direto com agricultores, aconselhando-os sobre a seleção e o uso adequado dos produtos para otimizar a produtividade e a saúde das culturas. E é exatamente isso que eles são, um elo vital na cadeia de suprimentos, fornecendo às plantas os nutrientes necessários para o crescimento e a fertilidade do solo.

Os clientes podem ver o vendedor como um parceiro que os ajuda a entender as necessidades do seu solo e a escolher os adubos mais eficazes, especialmente se oferecerem soluções personalizadas para a sua situação específica. A imagem também pode ser reduzida à de um simples comerciante, especialmente quando o vendedor é percebido como focado em produtos químicos e não em soluções sustentáveis.

Se o vendedor promover fertilizantes orgânicos ou soluções ecológicas, poderá ser percebido positivamente como um agente ativo no desenvolvimento sustentável e na saúde do solo. Fertilizantes orgânicos e ecológicos estão cada vez mais populares, e os vendedores que os oferecem podem melhorar sua imagem.

Em resumo, o vendedor de adubos não ajuda somente a nutrição e a saúde das plantas, mas ele é vendedor de saúde humana, pois os nutrientes contidos no adubo irão fertilizar o solo, o qual irá nutrir as plantas para gerar a produção de alimentos que chegam à nossa mesa, gerando o café da manhã e nossas refeições. Cada alimento que chega à mesa traz junto os nutrientes necessários para compor nossa saúde, permitindo o aumento do nosso estado imunológico.

Além da nossa saúde, os adubos são responsáveis por manter o solo fértil e permitir a manutenção de seu poder produtivo, evitando a necessidade de abrir novas áreas, ou seja, derrubar florestas. Isso significa que enquanto estivermos usando os adubos de forma eficiente e balanceada, estaremos protegendo o nosso ambiente. Assim, quanto mais alimentos tirarmos da mesma área, menos árvores vamos retirar da natureza.

A visão de uma indústria de adubos ou de um vendedor de adubos é distorcida, pois, tanto a indústria, quanto o vendedor, levam a saúde até os nossos pratos, mas além disso, estão respeitando o meio ambiente, fazendo com que a produção de alimentos, fibras e energia sejam feitas de forma sustentável, com grande respeito a sua saúde e ao seu bem-estar.

*Valter Casarin, coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida é graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal, em 1986 e em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP, Piracicaba, em 1994. Concluiu o mestrado em Solos e Nutrição de Plantas, em 1994, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Recebeu o título de Doutor em Ciência do Solo pela École Supérieure Agronomique de Montpellier, França, em 1999. Atualmente é professor do Programa SolloAgro, ESALQ/USP e Sócio-Diretor da Fertilità Consultoria Agronômica.

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