Artigo
A força do empreendedorismo feminino

Autora: Kátia Arruda*
Gosto muito de uma frase atribuída à estilista e empresária francesa Gabrielle Bonheur – “Coco” Chanel – que diz assim: “A minha vida não me agradava, então eu criei a minha vida”. Milhões de mulheres brasileiras vêm seguindo esta máxima mesmo sem saber e investindo no empreendedorismo, um movimento que ganha cada vez mais força no Brasil e no mundo.
Uma pesquisa realizada pela Serasa Experian divulgada em novembro do ano passado, no mês do Empreendedorismo Feminino, mostrou que o cenário é realmente impactante e favorável para nós: das 20,6 milhões de empresas ativas no país, 8,4 milhões (ou 40,5%) têm mulheres como donas ou sócias majoritárias.
Sou uma delas e me orgulho da minha trajetória que, apesar de curta em tempo, faz apenas três anos que encontrei o caminho do empreendedorismo, tudo que estou vivendo tem muita intensidade. Isso se deve à minha missão que não se limita a me tornar uma “mulher potência”, mas, sobretudo, levar centenas ou milhares de mulheres junto comigo.
Sim, “nós podemos”, como disse o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, que tem uma esposa igualmente extraordinária, Michelle, que dizia que “não há limite para o que nós, mulheres, podemos alcançar“. Devemos sim estar no palco da vida, desenvolvendo projetos grandiosos, contribuindo com a economia e a sociedade. O nosso lugar é onde nós queremos estar!
Antes enxergava a minha demissão de um ótimo trabalho no serviço público, onde atuei por 12 anos, como um desafio, hoje, vejo como uma bênção. Porém, ter mais de 50 anos não é fácil para as mulheres, pois, mesmo quando temos um currículo qualificado e somos competentes, não conseguimos recolocação no mercado. Dessa situação que experimentei e que me entristeceu inicialmente, pude fazer como uma fênix: renascer.
Intensifiquei o ritmo de estudos, e é preciso humildade para olhar para dentro e admitir que não sabemos tudo e que precisamos aprender mais, principalmente sobre nós mesmas. A nova jornada me tornou palestrante, mentora de mulheres, escritora e recentemente empreendedora do Encontro de Mulheres de Negócios, que chegou à sua 6ª edição no início de março reunindo mais de 100 mulheres em Cuiabá. No total, mais de 400 mulheres já foram impactadas positivamente!
Além disso, desenvolvi um projeto que é inovador em Mato Grosso, o Clube de Mulheres Potência, que busca oferecer uma “rede de apoio” às empreendedoras de todo Estado com ferramentas para que possam fazer o negócio dar certo. Essa “rede” leva informações para que elas possam se sair bem nos próprios negócios e na vida.
Nossos encontros têm momentos de palestras, rodada de negócios, exposição de produtos e networking. O lema “mulher que levanta mulher” se tornou algo muito prático entre nós, que compramos e divulgamos os produtos e serviços umas das outras, pois acreditamos que “juntas somos mais fortes”!
Nosso otimismo não significa ter uma visão romântica do contexto em que vivemos. Porque infelizmente as mulheres estão despontando como empreendedoras por motivos que sinceramente não deveriam. Em geral, porque somos demitidas (como foi comigo) e não encontramos lugar para recolocação profissional, isso é muito comum após os 40 anos e se acentua aos 60 anos, e o mesmo não acontece com os homens.
Também pode acontecer em decorrência de não nos sentimos valorizadas e ganharmos menos que nossos pares homens, o que é duplamente ruim já que a maioria dos lares brasileiros é chefiado por mulheres; ou ainda pode acontecer uma demissão ao fim da licença-maternidade ou mesmo a não contratação por estarmos na fase mais vulnerável das nossas vidas, que é a maternidade. Como assim as mães não conseguem trabalhar ou ganham menos?
Ao invés de sentar e chorar nós estamos, mais uma vez, nos reinventando. As mulheres têm essa capacidade incrível, pelas próprias habilidades desenvolvidas ao longo da ancestralidade feminina, de se transformar, como dizia o poeta Manoel de Barros, “quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito“. Estamos caçando um jeito de viver bem e de fazer bons negócios.
Para tanto, estamos dispostas a aprender sobre áreas importantes como gestão, finanças, empreendedorismo, comunicação e imagem e marketing digital, além de desenvolver uma irmandade para oferecer apoio emocional umas às outras. Tudo isso porque a força-motriz do empreendedorismo feminino é o amor, que primeiro nos transforma, depois transforma as nossas famílias e, por fim, a própria sociedade.
*Kátia Arruda, palestrante, escritora e mentora de mulheres, Administradora, Mestre em Gestão de Pessoas, especialista em Comportamento Humano nas Organizações e Especialista em Direito Administrativo e Gestão da Qualidade.

Artigos
O amor altruísta!

Autora: Kamila Garcia* –
A clareza do pensamento na Antiguidade contrasta com a regressão humana na era contemporânea. Não é por acaso que quem ainda possui inteligência criou a inteligência artificial para conversas longas e produtivas.
Hoje, poucos buscam o conhecimento por amor a ele. Muitos almejam títulos e honrarias sem o esforço, sem o pensamento crítico, e sem explorar plenamente suas capacidades. A bondade e a amizade são tratadas como mera moeda de troca, pois a essência do ser humano contemporâneo muitas vezes se perdeu em prazeres superficiais.
A ética e a moral, outrora bússolas do pensamento científico e espiritual, foram substituídas por forças externas que comprometem o verdadeiro conhecimento e a convivência social, voltada para o bem comum. De que adianta a tecnologia, se a maioria não tem acesso ao básico? De que serve pensar em benfeitorias, se não há interesse em implementá-las de maneira justa e universal?
Outro dia, ouvi um professor dizer que caridade se faz na Igreja, e precisei discordar. Há tempos, nem mesmo templos e igrejas realizam atos de caridade sem buscar notoriedade social. A caridade verdadeira se faz no amor e na união. Poucos estão dispostos a doar tempo, atenção e amabilidade para ouvir, sentir e coexistir como iguais neste mundo. O altruísmo está em dar sem esperar nada em troca. Ainda assim, os altruístas cultivam amor-próprio e não buscam na inteligência artificial o afeto que não receberam.
O altruísta não desconta sua dor no outro nem subverte os valores que norteiam sua vida. Ele ama conscientemente, respeitando seus deveres e direitos como ser social e espiritual. Sua alma é livre, emergindo de qualquer obstáculo que outros tentem impor, sem se deixar aprisionar pelos fracassos alheios.
Não há céu ou inferno para quem compreende a missão de existir e de amar. Há apenas a visão clara da criação: seja no pensamento, seja no redirecionamento da própria vida.
O altruísta mergulha em si mesmo e emerge com todo o seu potencial. Sua alma é infinita. Embora não seja compreendido pela maioria, ele encontra felicidade constante, pois o seu amor é infinitamente radiante.
*Kamila Garcia é bacharel em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, com pós-graduação em Psicanálise. Atualmente é estudante de Psicologia.
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