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Emanuel Pinheiro: LDO e sua contribuição social
LDO e sua contribuição social
Por Emanuel Pinheiro
O modelo orçamentário brasileiro é definido na Constituição Federal de 1988. Compõe-se de três instrumentos: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). O seu papel tem sido cada vez mais relevante na condução dos rumos das finanças públicas.
Uma das principais funções da LDO é estabelecer parâmetros necessários à alocação dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das metas e objetivos contemplados no PPA.
Com isso, cumpre função relevante no sistema de planejamento da ação governamental, pois obriga os administradores públicos a definir, a cada ano, quais programas serão contemplados.
Evita-se, com isso, o irresistível hábito de deixar para a última hora, de modo a postergar o cumprimento das metas (os índices) constitucionais. E, com isso, evitar a máxima de que "o otimismo exagerado, promove o gasto exagerado".
Para tanto propus 17 emendas ao projeto da lei de Diretrizes Orçamentárias (259/2015), que disciplinará o exercício financeiro de 2016, cujo orçamento prevê receita líquida da ordem de R$ 16 bilhões.
Todas elas (as emendas) são de cunho social e que beneficiam diretamente a população mato-grossense. Priorizamos a transparência da aplicação dos recursos públicos. É o caso do aporte destinado aos fundos da soja, madeira, bovinos e algodão.
Através dessa emenda as empresas beneficiadas serão obrigadas a prestar contas na Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária da Assembleia no primeiro mês subsequente ao encerramento de cada quadrimestre de 2016.
Outra proposta apresentada é o investimento em saúde, aumentando de 12% para 14%. O objetivo é único em abastecer e ampliar os recursos da saúde pública em nosso Estado.
Na lista de emendas consta ainda a continuidade das obras da Copa do Mundo, cuja paralisação encarece a obra, fazendo com que os recursos de operações de crédito se tornem insuficientes em face dos custos decorrentes da paralisação e retomada das obras.
A minha preocupação se estende ao servidor público, cuja proposta impede o governo do Estado de parcelar o reajuste geral anual (RGA) dos servidores públicos estaduais em 2016. De acordo com a proposta, o governo do Estado passa a ter data fixa para realizar o reajuste salarial.
Trata-se de um procedimento democrático no Orçamento Público. No atual contexto político, o Estado, é o ente responsável pela gestão da máquina pública, e, assim, dar execução as necessidades da população.
O povo precisa sentir lá na ponta se realmente o dinheiro público está sendo bem aplicado. Para isso, se faz cumprir os indicadores sociais amplamente difundidos nas minhas emendas. Por exemplo, na educação, se houve melhora na evasão escolar, enfim, atitudes que têm proporcionado o bem-estar da população.
Portanto, espera-se que se dê mais atenção à Lei de Diretrizes Orçamentárias, pois o ordenamento financeiro tem mostrado um instrumento útil e eficiente para o sistema de planejamento, orçamento e gestão da administração pública.
Instrumento esse que colabora decisivamente na gestão da administração pública, fazendo com que o gestor público, que conduz a máquina pública, pensa para frente, e que um dia deixará de ser o bombeiro que passa a vida a apagar incêndios.
Emanuel Pinheiro é deputado estadual pelo Partido da República

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Quem são os verdadeiros vendedores de saúde?

Autor: Valter Casarin* –
Qual é a visão que a sociedade tem dos vendedores de adubos? Eles são atores essenciais na agricultura e na jardinagem, frequentemente vistos como consultores técnicos e fornecedores de produtos essenciais para o crescimento das plantas e a fertilidade do solo. Mas, essa percepção pode variar: alguns os veem como parceiros técnicos confiáveis, enquanto outros podem considerá-los mais como um comerciante, vendedores de produtos que podem fazer mal à saúde.
Na realidade, o vendedor de adubos está em contato direto com agricultores, aconselhando-os sobre a seleção e o uso adequado dos produtos para otimizar a produtividade e a saúde das culturas. E é exatamente isso que eles são, um elo vital na cadeia de suprimentos, fornecendo às plantas os nutrientes necessários para o crescimento e a fertilidade do solo.
Os clientes podem ver o vendedor como um parceiro que os ajuda a entender as necessidades do seu solo e a escolher os adubos mais eficazes, especialmente se oferecerem soluções personalizadas para a sua situação específica. A imagem também pode ser reduzida à de um simples comerciante, especialmente quando o vendedor é percebido como focado em produtos químicos e não em soluções sustentáveis.
Se o vendedor promover fertilizantes orgânicos ou soluções ecológicas, poderá ser percebido positivamente como um agente ativo no desenvolvimento sustentável e na saúde do solo. Fertilizantes orgânicos e ecológicos estão cada vez mais populares, e os vendedores que os oferecem podem melhorar sua imagem.
Em resumo, o vendedor de adubos não ajuda somente a nutrição e a saúde das plantas, mas ele é vendedor de saúde humana, pois os nutrientes contidos no adubo irão fertilizar o solo, o qual irá nutrir as plantas para gerar a produção de alimentos que chegam à nossa mesa, gerando o café da manhã e nossas refeições. Cada alimento que chega à mesa traz junto os nutrientes necessários para compor nossa saúde, permitindo o aumento do nosso estado imunológico.
Além da nossa saúde, os adubos são responsáveis por manter o solo fértil e permitir a manutenção de seu poder produtivo, evitando a necessidade de abrir novas áreas, ou seja, derrubar florestas. Isso significa que enquanto estivermos usando os adubos de forma eficiente e balanceada, estaremos protegendo o nosso ambiente. Assim, quanto mais alimentos tirarmos da mesma área, menos árvores vamos retirar da natureza.
A visão de uma indústria de adubos ou de um vendedor de adubos é distorcida, pois, tanto a indústria, quanto o vendedor, levam a saúde até os nossos pratos, mas além disso, estão respeitando o meio ambiente, fazendo com que a produção de alimentos, fibras e energia sejam feitas de forma sustentável, com grande respeito a sua saúde e ao seu bem-estar.
*Valter Casarin, coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida é graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal, em 1986 e em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP, Piracicaba, em 1994. Concluiu o mestrado em Solos e Nutrição de Plantas, em 1994, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Recebeu o título de Doutor em Ciência do Solo pela École Supérieure Agronomique de Montpellier, França, em 1999. Atualmente é professor do Programa SolloAgro, ESALQ/USP e Sócio-Diretor da Fertilità Consultoria Agronômica.
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