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Como surge uma empresa?

Autora: Cynthia Lemos*
Geralmente ela nasce daquela pessoa que faz algo muito bem, e resolve, por conta própria, apresentar esse algo para o seu pequeno mundo e em troca daquilo que ela entrega com tanto empenho, recebe, além da moeda, o reconhecimento.
Um conta para o amigo, outro para o vizinho que, curiosos com a recomendação, vão em busca da experiência.
Assim nasce um CNPJ, que por meio de um CPF vai crescendo, ganha forma, do mesmo modo aquele bebezinho frágil nos primeiros dias, que ao ser bem cuidado e amparado pelo seu tutor, vai ficando forte até caminhar com suas próprias pernas, tornando-se a criança que requer cuidados, e que continua sendo estimulado no seu crescimento e independência, atrelados agora a um ponto que circunda tudo isso e de extrema importância, a formação de seu caráter.
Neste ponto também se encontra o CNPJ bem cuidado, adquirindo sua forma peculiar de se expressar ao mundo, sua própria identidade.
Como a tenda de coxinhas do seu José, localizado no meio da BR, que após longos quilômetros sem parada, aliviava as pernas dos viajantes. A coxinha era aquele pequeno detalhe no ambiente limpinho e acolhedor que dava a certeza absoluta de que a parada foi necessária para reestabelecer as energias para seguir em frente.
Alguns viajantes que paravam ali em um horário mais estendido, já meio sonolentos, pediam ao seu José a permissão de ficarem para um cochilo, e seu José prontamente armava a rede em seus pilares de madeira e dizia:
— Claro, meu amigo, fique à vontade, se restabeleça para seguir sua viagem.
De tantos que assim atendia, a notícia viralizava e de tantas redes armadas, nasce a bela pousada, a “filha” mais nova de seu José empreendedor, ao lado de sua grande tenda de coxinhas, já muito bem frequentada.
Ali muitos passaram, e a recomendação era a mesma:
“Lugar limpinho, aconchegante, de atendimento caloroso, o seu ponto de apoio na longa estrada do Rio Torto, que parece nunca ter fim, é a casa de socorro do viajante que, quase morto de tanto cansaço sem parada, ali encontra seu Saara.“
Estavam naquelas palavras de recomendação de seus clientes, os valores que formavam o caráter do empreendimento de seu José, seu pequeno negócio de perfil acolhedor salvava os viajantes do cansaço devastador.
Como eles mesmo diziam:
— Um lugar para revitalizar a energia, seja com uma deliciosa coxinha, uma janta ou pela cama limpinha disponível na casinha, que virou pousada agora, isso se você der sorte a vaga, pois ela vive lotada.
Assim geralmente surge uma empresa que nasce para crescer, ela supre uma necessidade, e quando faz isso bem-feito, ela ganha visibilidade.
Hoje a pequena tenda e pousada tornaram-se uma cidade, onde seu José foi o pioneiro e seus filhos, netos e tantos outros que vieram, seguem sua vida com dignidade.
Sempre no nascimento de uma empresa, que segue ora sobrevivendo, ora crescendo e se superando, está o grande segredo da força do seu negócio.
Você já prestou atenção nas histórias dos empreendedores?
Sempre! Sempre ali haverá um personagem que atento ao outro, à sociedade, compreende o recado e dali se propõe suprir uma necessidade, assim como seu José o fez, na primeira rede armada, aquele que tinha sono e lhe pediu abrigo, que tantas vezes se repetiu e ali ele concluiu que tinha gente precisando dormir, não somente se alimentar, e da primeira rede armada se inspirou e inaugurou sua pousada que décadas depois foi virando uma vila e uma cidade foi fundada, naquela estrada sem fim, que deixou de ser sem fim e com o tempo se tornou a cidade do Rio Torto.
*Cynthia Lemos é Psicóloga Empresarial e Coach na Grandy Desenvolvimento Humano. Especialista no Desenvolvimento de Líderes e Empresas tem a missão de: Expandir a Consciência e Gerar Ações Transformadoras – para pessoas e empresas que desejam evoluir em seus projetos e objetivos.
Email: [email protected]

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Quem são os verdadeiros vendedores de saúde?

Autor: Valter Casarin* –
Qual é a visão que a sociedade tem dos vendedores de adubos? Eles são atores essenciais na agricultura e na jardinagem, frequentemente vistos como consultores técnicos e fornecedores de produtos essenciais para o crescimento das plantas e a fertilidade do solo. Mas, essa percepção pode variar: alguns os veem como parceiros técnicos confiáveis, enquanto outros podem considerá-los mais como um comerciante, vendedores de produtos que podem fazer mal à saúde.
Na realidade, o vendedor de adubos está em contato direto com agricultores, aconselhando-os sobre a seleção e o uso adequado dos produtos para otimizar a produtividade e a saúde das culturas. E é exatamente isso que eles são, um elo vital na cadeia de suprimentos, fornecendo às plantas os nutrientes necessários para o crescimento e a fertilidade do solo.
Os clientes podem ver o vendedor como um parceiro que os ajuda a entender as necessidades do seu solo e a escolher os adubos mais eficazes, especialmente se oferecerem soluções personalizadas para a sua situação específica. A imagem também pode ser reduzida à de um simples comerciante, especialmente quando o vendedor é percebido como focado em produtos químicos e não em soluções sustentáveis.
Se o vendedor promover fertilizantes orgânicos ou soluções ecológicas, poderá ser percebido positivamente como um agente ativo no desenvolvimento sustentável e na saúde do solo. Fertilizantes orgânicos e ecológicos estão cada vez mais populares, e os vendedores que os oferecem podem melhorar sua imagem.
Em resumo, o vendedor de adubos não ajuda somente a nutrição e a saúde das plantas, mas ele é vendedor de saúde humana, pois os nutrientes contidos no adubo irão fertilizar o solo, o qual irá nutrir as plantas para gerar a produção de alimentos que chegam à nossa mesa, gerando o café da manhã e nossas refeições. Cada alimento que chega à mesa traz junto os nutrientes necessários para compor nossa saúde, permitindo o aumento do nosso estado imunológico.
Além da nossa saúde, os adubos são responsáveis por manter o solo fértil e permitir a manutenção de seu poder produtivo, evitando a necessidade de abrir novas áreas, ou seja, derrubar florestas. Isso significa que enquanto estivermos usando os adubos de forma eficiente e balanceada, estaremos protegendo o nosso ambiente. Assim, quanto mais alimentos tirarmos da mesma área, menos árvores vamos retirar da natureza.
A visão de uma indústria de adubos ou de um vendedor de adubos é distorcida, pois, tanto a indústria, quanto o vendedor, levam a saúde até os nossos pratos, mas além disso, estão respeitando o meio ambiente, fazendo com que a produção de alimentos, fibras e energia sejam feitas de forma sustentável, com grande respeito a sua saúde e ao seu bem-estar.
*Valter Casarin, coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida é graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal, em 1986 e em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP, Piracicaba, em 1994. Concluiu o mestrado em Solos e Nutrição de Plantas, em 1994, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Recebeu o título de Doutor em Ciência do Solo pela École Supérieure Agronomique de Montpellier, França, em 1999. Atualmente é professor do Programa SolloAgro, ESALQ/USP e Sócio-Diretor da Fertilità Consultoria Agronômica.
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