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RELATÓRIO SEM CONCLUSÃO

Vereador afastado e acusado por ligação com o CV pode escapar da cassação

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Denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o vereador Paulo Henrique de Figueiredo (MDB), por organização criminosa ligada ao Comando Vermelho (CV), lavagem de dinheiro e corrupção, foi alvo de uma “Operação Ragnatela” da Polícia Federal (PF) que investiga uma facção criminosa responsável por promover shows nacionais e lavar dinheiro em casas noturnas na capital.

O parlamentar emedebista chegou a ser preso durante a operação da Policia Federal, no dia 20 de setembro deste ano, mas foi liberado cinco dias depois, com a condição de cumprir diversas medidas cautelares, como afastamento da função pública na Câmara Municipal e uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, Paulo Henrique está proibido de frequentar a Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil.

A Justiça de Mato Grosso comprovou que agentes públicos da capital ajudavam na concessão de licenças e alvarás, durante a realização dos eventos, para receber dinheiro de integrantes da facção criminosa, responsável pela promoção dos shows. Os investigados movimentaram mais de R$ 79,1 milhões, entre 2018 e 2022.

Um documento foi assinado pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Cuiabá, onde foi instaurado o procedimento embasada pelo desdobramento da Operação Ragnatela, deflagrada pela Polícia Federal, onde foi preso o parlamentar Paulo Henrique (MDB), por envolvimento com um esquema de lavagem de dinheiro de facção criminosa na contratação de shows e eventos em casas noturnas, um processo oficialmente aberto e que pode cassar o seu mandato na Câmara de Vereadores de Cuiabá.

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Antes da prisão, o vereador já tinha sido alvo de buscas policiais e a mesma Comissão de Ética e Decoro Parlamentar teve um parecer de abertura de processo arquivado pela Procuradoria da Câmara Municipal de Cuiabá.

Novos obstáculos na Câmara Municipal de Cuiabá

Desde então, corre o processo de cassação do vereador Paulo Henrique (MDB), afastado desde setembro devido a acusações de envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho, enfrenta novos obstáculos na Câmara Municipal de Cuiabá.

O vereador Kássio Coelho (Podemos), relator do caso, não entregou o relatório final ao presidente da Casa de Leis, vereador Francisco Carlos Amorim, o Chico 2000 (PL), conforme o prazo estabelecido para quinta-feira, 28 de novembro, e afirmou não ter recebido ainda o documento, e que desconhece sua conclusão.

O relator, Kássio Coelho já havia adiado a entrega do relatório em semanas anteriores, alegando que o processo era mais complexo do que o inicialmente previsto, necessitando de mais tempo para análise. Sem a conclusão do relatório, o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá não pode pautar a votação do caso no plenário.

Preocupação com os atrasos e falta agilidade no processo

A vereadora Michelly Alencar (UB) expressou preocupação com os atrasos e cobrou agilidade no processo, visando que a cassação seja votada até o final da atual Legislatura, que se encerra em 31 de dezembro.

Paulo Henrique foi preso durante a Operação Ragnatela, conduzida pela Polícia Federal, sob suspeita de envolvimento com o grupo criminoso Comando Vermelho (CV), apontam que ele utilizava sua posição para favorecer o grupo em eventos na capital.

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Além disso, o Ministério Público de Mato Grosso denunciou o vereador por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção.

Vereador afastado pode escapar da cassação

Com mais um adiamento na entrega do relatório, o emedebista tenta atrasar o processo, visando inviabilizar a votação antes do fim do ano. O procurador da Câmara de Cuiabá, Marcus Britto, explicou que a análise e a condução do caso são exclusivamente responsabilidade da Comissão de Ética. Com isso, o vereador afastado Paulo Henrique (MDB) pode escapar da cassação.

Todo o trabalho é da Comissão de Ética. É ela quem envia o relatório para votação. A Procuradoria só é consultada se o presidente da Casa, Chico 2000, achar necessário em caso de dúvidas, esclareceu.

Os vereadores podem entram em recesso no dia 20 de dezembro e ainda precisam votar a Lei Orçamentária Anual (LOA), o que pode dificultar a apreciação do caso do vereador afastado.

A Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá retomará as atividades nesta segunda-feira (2), ouvindo o servidor Gabriel Moraes, que protocolou o pedido de vista do vereador.

Estamos correndo para finalizar o relatório e garantir que ele seja votado ainda este ano. Novos elementos surgiram, que precisam ser esclarecidos o que acabou atrasando a entrega do relatório”, justificou o presidente da Comissão de Ética, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB).

E conforme o parlamentar e relator do caso, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), após a entrega do relatório, a votação depende do presidente da Casa de Leis.

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Política

“Rombo herdado da gestão de Emanuel Pinheiro ultrapassa R$ 170,9 milhões”

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Durante a 3ª Sessão Extraordinária de 2025, os vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá, aprovaram os dois Projetos de Lei enviados pelo Executivo Municipal sobre o parcelamento de dívidas da Prefeitura Municipal de Cuiabá.

Os débitos são referentes às contribuições previdenciárias devidas ao Fundo Municipal de Previdência Social dos Servidores de Cuiabá/MT (Cuiabá-PREV), e à dívidas de Tributos Federais.

Os dois Projetos de Lei enviados em regime de urgência pela Prefeitura de Cuiabá, foram aprovados de forma unânime na tarde desta sexta-feira (24), no Plenário das Deliberações. A aprovação ocorreu durante uma sessão extraordinária convocada pela presidente da Casa de Leis, Paula Calil (PL).

Do que tratam os projetos

1. Processo nº 040/2025:

Projeto de Lei de autoria do Executivo Municipal que dispõe sobre o parcelamento e pagamento dos débitos da Prefeitura Municipal de Cuiabá referentes às contribuições previdenciárias devidas ao Cuiabá-PREV (Fundo Municipal de Previdência Social dos Servidores de Cuiabá/MT).

2. Processo nº 041/2025:

Projeto de Lei de autoria do Executivo Municipal que autoriza o poder executivo a firmar acordo de parcelamento ou reparcelamento de dívidas de tributos federais.

A presidente da Casa de Leis, Paula Calil (PL), ponderou sobre a importância da aprovação em regime de urgência das duas matérias, porque as dívidas deixadas pelo ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), poderiam prejudicar a gestão do atual prefeito, Abilio Brunini (PL).

Nós aprovamos de forma unânime as duas proposições que vieram do Executivo. Elas são importantes porque Cuiabá está sem certidão e nós não poderíamos receber recursos do Governo Federal, nem do Governo Estadual se nós não tivermos essa certidão. Então, foi muito importante nós darmos esse passo, fazermos esse parcelamento e deixar muito claro: são dívidas herdadas da antiga gestão. Eles não fizeram o pagamento dos débitos das contribuições do PIS/PASEP e do INSS, e o outro parcelamento é referente ao Cuiabá-PREV”, afirmou.

O líder do Prefeito de Cuiabá, na Câmara de Vereador, Dilemário Alencar (UB), o rombo herdado da gestão de Emanuel Pinheiro (MDB) nos dois regimes ultrapassa R$ 170,9 milhões. A dívida com o Cuiabá Prev é de R$ 89 milhões, enquanto a do regime geral chega a R$ 77 milhões. Segundo o prefeito Abilio Brunini, esses débitos se arrastaram por um período de quatro a cinco anos.

A prefeitura de Cuiabá têm dois regimes de previdência: o Cuiabá-PREV (vinculado aos servidores efetivos) e o regime geral, vinculado ao INSS, ali contribui o pessoal comissionado, contratados, enfim. Os vereadores de oposição estão cientes do rombo deixado pelo ex-prefeito e essa montanha de dívidas vai ser, evidentemente, com o consentimento do Ministério da Previdência, parcelada em 60 vezes. Isso traz um atraso tremendo na cidade de Cuiabá. Porque, veja, com essa montanha de dinheiro dava para o prefeito Abilio, praticamente, acabar com o déficit na falta de asfalto em nossa cidade”.Disse o líder do prefeito na Casa de Leis.

O parlamentar ainda apontou que o rombo na previdência é fichinha perto do rombo de R$ 1,6 bilhão que a gestão de Emanuel Pinheiro deixou de herança para o atual prefeito, e que esta situação absurda, não pode ser encarada como normal, pois certamente esse rombo escandaloso fez muitas pessoas morrerem nas unidades de saúde e atrasou o desenvolvimento de Cuiabá.

Eu sempre alertei que a gestão de Emanuel estava devendo milhões para a previdência e para fornecedores. O ex-prefeito tem que ser punido! Na verdade ele tem que ser preso pelo mal que fez a Cuiabá e ao povo cuiabano. Com o valor de R$ 1,6 bilhão daria de asfaltar todos os bairros que não tem pavimentação, melhorar a saúde, a educação e investimento em muitas outras melhorias”, concluiu o vereador Dilemário Alencar.

Dilemario Alencar reforçou ainda que caso essas pendências não sejam quitadas, o município poderá ser impedido de receber recursos federais.

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