FICHA DE FILIAÇÃO NEGADA
Popó Pinheiro teve sua filiação no PT impugnada por unanimidade

Em 2021, a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), deflagrou a “Operação Fake News“, para desarticular possível associação criminosa envolvida em crimes de calúnia, difamação, injúria, perseguição e falsa identidade contra empresários, servidores e agentes públicos de Mato Grosso. Três pessoas eram suspeitas de envolvimento, entre eles, o irmão do Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), Marco Polo Pinheiro, o Popó Pinheiro.
As investigações identificaram o “Modus Operandi” de três suspeitos envolvidos na realização de ataques ofensivos ou propagar “Fakes News“, aparentemente previamente ajustados, com as suas identidades expostas ou veladas, por meio de números cadastrados fraudulentamente em nome de terceiros, através das redes sociais divulgando montagens de fotografias e vídeos.
Além de falsas notícias que atingem vereadores municipais e empresários, é apurada nas investigações a divulgação de “Fake News“ contra o governador do estado, Mauro Mendes Ferreira (UB), o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho Junior, a primeira-dama, Virgínia Mendes, além de detetives particulares, delegado-geral da Polícia Civil, outros delegados, comandante-geral da Polícia Militar e outros oficiais, que estariam realizando a captação ou escuta ambiental clandestina de conversas e de reuniões realizadas com parlamentares estaduais.
As investigações apontaram que na mensagem de texto apócrifa disseminada pelo WhatsApp, contra o Governo do Estado, partiu do celular de Popó Pinheiro, dizendo que Mauro Mendes foi acusado de fazer gravações ambiental clandestina de reuniões com deputados estaduais sem conhecimento destes.
Mauro Mendes (UB) classificou o grupo como “gangue, malandros e marginais, que ficam infiltrados na imprensa e política”.
“A justiça tarda, mas não falha”.
Filiação impugnada
Por esse motivo, por estar inserido na lista de acusados por “Fake News“, o empresário Marco Polo Pinheiro, mais conhecido como Popó Pinheiro, teve sua filiação no Partido dos Trabalhadores (PT) impugnada por unanimidade pelo Diretório do partido na capital. A pauta foi levada aos membros pelo vereador Robinson Cireia que viu a ficha de inscrição online de Popó Pinheiro.
Bob Almeida, presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), explicou que todos que se filiam ou que têm o desejo de filiar passam por um processo de análise, desde a inscrição online até chegar ao Diretório Municipal ou Estadual para aprovação ou reprovação e com o irmão do Prefeito de Cuiabá não foi diferente.
O Diretório Municipal diz ainda que o Popó Pinheiro pediu filiação pela internet em um sistema aberto para qualquer pessoa que deseja se filiar. Na sequência, o registro fica aberto durante 7 dias para divulgação, antes de ser disponibilizado para direção. Nesse sistema, qualquer filiado com seu número de adesão, pode ter acesso e ver quem são os novos que querem entrar.
“Com isso, o vereador por Cuiabá Robinson Cireia viu a ficha de inscrição dele (Popó) e entrou com o pedido de impugnação e a Executiva aprovou“, explicou.
O presidente Diretório Municipal do Partido explicou ainda que foram várias as justificativas pelo qual levou todos os membros a votarem a favor da impugnação. Uma delas é o fato do irmão de Emanuel Pinheiro ter sido indiciado por construção de “Fake News“.
“Fake News é uma das coisas que o PT mais tem lutado contra e o Popó já foi um grande divulgador de Fake News“, pontuou.
Além disso, a proximidade de Popó Pinheiro com o atual gestor da capital, o irmão Emanuel PInheiro (MDB), apesar de não ser o principal motivo, também foi uma questão levantada durante a reunião do Diretório do Partido dos Trabalhadores (PT), sendo o fato uma tentativa de interferência do prefeito cuiabano nas discussões internas do PT. Desde a chegada de Lula ao poder, o empresário tem se aproximado do grupo de esquerda. – (Com Gazeta)

Política
Prefeitura de Cuiabá contesta decisão do TCE/MT

“O rombo de dívidas chega à casa de R$ 1,2 bilhão. Notadamente, são dividias com fornecedores e também pelo não recolhimento de tributos como o INSS e FGTS. Isso é muito sério, muito grave. Eu vinha dizendo, alertando, Emanuel Pinheiro está devendo por volta de R$ 800 milhões e, quando foi na última semana, na Audiência Pública do segundo quadrimestre, o secretário de Planejamento apresentou os números“.
Esta foi a denuncia do parlamentar municipal Dilemário do Valle Alencar, do Podemos, afirmando também que o secretário municipal de Planejamento da Prefeitura de Cuiabá, Éder Galiciani, reconheceu a dívida de R$ 1,2 bilhão nas contas da prefeitura, que é relativo a pendências com fornecedores e falta de pagamento do INSS e FGTS de servidores. Dilemário lembrou que inicialmente havia chegado ao número de R$ 800 milhões, mas o percentual foi corrigido por Éder Galiciani em Audiência Pública na Câmara sobre a prestação de contas do segundo quadrimestre de 2023.
Contas reprovadas
Com essa situação em crise da Prefeitura de Cuiabá, o Conselheiro Antonio Joaquim, do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE/MT), acabou reprovando a prestação de contas de 2022 da Prefeitura Municipal de Cuiabá, motivadas pelas dívidas de R$ 1,25 bilhão de reais.
Em seu parecer, o Conselheiro Antonio Joaquim, disse que Emanuel Pinheiro (MDB) não cumpriu o limite de 95% estabelecido na Constituição da República entre as despesas e receitas, não melhorou a arrecadação e fez excessivos pedidos de empréstimo, deixando claro que a “administração pública, além de não adotar medidas de contenção do deficit, agiu com ineficiência ao aumentá-las“.
“Voto pela emissão de parecer prévio contrário à aprovação das Contas Anuais de Governo da Prefeitura Municipal de Cuiabá, exercício de 2022, de responsabilidade do gestor já citado, ressaltando que expedi recomendação ao Poder Legislativo de Cuiabá para que, durante deliberação das presentes contas, determine ao chefe do Poder Executivo Municipal a adoção de medidas corretivas que estão descritas no voto integral e demonstradas a seguir“.
Antonio Joaquim, também em seu parecer, negou que a diminuição de repasses do ICMS tenham contribuído com o déficit orçamentário, anulando possíveis justificativas da prefeitura a partir do tributo.
“Outrossim, destaco que as mudanças realizadas pelo Governo Federal no final de 2022 na tributação do ICMS não impactaram no déficit orçamentário, pois os dados constantes no sistema Aplic revelam que no exercício de 2022 houve excesso de arrecadação a título de COTA-PARTE DO ICMS de R$ 137 milhões“.
Outro lado
A dívida de R$ 1,25 bilhão segundo a nota apresentada pela Prefeitura Municipal de Cuiabá, foi atribuída pelos gastos emergenciais durante a Pandemia da Covid-19 entre 2020/2022, e que os custos do município subiu 49,94% durante o período, e os repasses do Sistema Único de Saúde (SUS), que são repassados pelos Governos Federal e Estadual aumentaram somente 19,68%, e por ser a única cidade na Baixada Cuiabana a oferecer atendimentos de alta complexidade gratuitamente, acabou acumulando um déficit de R$ 191 milhões na Secretaria da Saúde. Durante a pandemia, foi liberada a compra em caráter emergencial de insumos e aparelhos de atendimento médico sem a necessidade de licitação.
E por ser a única cidade na Baixada Cuiabana a oferecer atendimentos de alta complexidade gratuitamente, acabou acumulando um déficit de R$ 191 milhões na Secretaria da Saúde. Durante a pandemia, foi liberada a compra em caráter emergencial de insumos e aparelhos de atendimento médico sem a necessidade de licitação, e os números divulgados pela gestão Emanuel Pinheiro (MDB) são superiores aos do TCE. Ainda em seu entendimento, o Conselheiro Antonio Joaquim, diz que a Saúde teria deixado de pagar R$ 168 milhões em 2022.
Nota da Prefeitura Municipal de Cuiabá
“Quanto à apreciação das contas da gestão municipal referente ao exercício de 2022, a Prefeitura de Cuiabá:
– Reforça o compromisso, integridade e responsabilidade na gestão dos recursos públicos;
– Considera como premente a exposição feita pelo conselheiro Valter Albano ao solicitar pedido de vistas do processo durante a tarde desta terça-feira (28) que sugeriu que as particularidades para apreciação das contas de cidades onde a gestão seja plena, ou de municípios onde a descentralização da gestão seja acima de 60%, sejam apreciadas de forma diferenciada, como se fossem as contas de governador;
– Durante o pedido, o conselheiro ponderou a complexidade histórica, que é bem mais exigente do que qualquer outra cidade no que tange à Saúde Pública, já que a capital mato-grossense recebe praticamente o estado inteiro, além de ter procedido algumas descentralizações, como no caso da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) e das deliberações por parte do governo federal, e que impactam a receita compartilhada dos Municípios;
– Reforça que a capital mato-grossense ainda sente os impactos da situação atípica, emergencial e brutal gerada pela Pandemia de COVID-19, que acarretaram no exponencial aumento das despesas com Saúde Pública de 49,94% em relação ao gasto em 2019, período não atingido pela pandemia, sendo que os repasses do SUS, Estado e União, cresceram somente 19,68%, representando um considerável déficit em desfavor do Município;
– Mais uma vez, esclarece que a única alternativa do Município foi a de custear a diferença, para dar o suporte necessário à população e salvar vidas;
– Cuiabá, por absorver a alta complexidade e alto custo da COVID-19, e ser praticamente o único município a ofertar estes serviços, responde agora ao ônus da geração de déficit orçamentário e financeiro da ordem de R$ 191 milhões, que ainda são referentes ao ano de 2022 e reflexo do período pandêmico;
– Mediante estudos e alertas feitos pela Associação Mato-grossense dos Municípios de que haveria uma frustação significativa da arrecadação do ICMS e consequentemente na cota parte municipal, que de fato se iniciou a partir de setembro/2022, foi instituído o Comitê de Eficiência dos Gastos Públicos;
– E, por meio de estudos realizados pelo Comitê, foi quando a gestão tomou conhecimento de que a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, represava dívidas de despesa realizadas, inclusive de exercícios anteriores e não empenhadas até o momento.
– Por fim, é crucial elencar a dedicação da administração em promover uma gestão eficiente, transparente, ética e orientada para o interesse público”.
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