REFORMA ADMINISTRATIVA
Oposição critica aprovação da Reforma Administrativa sob alegação de que o “enxugamento” da máquina pública será irrisória

A Câmara Municipal de Cuiabá, recebeu do Prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), o Projeto de Reforma Administrativa para a Prefeitura da Capital. A principal mudança proposta por Abilio Brunini seria a criação de duas novas secretarias: Esportes que seria desmembrada da Cultura e passaria a ser uma pasta independente, e Segurança Pública, que também seria separada da Secretaria de Ordem Pública.
O prefeito cuiabano garantiu que essa nova mudança não resultaria em aumento de custos para a cidade, e o número total de secretarias passará de 23 para 25. Segundo Abílio, a realocação de servidores e a redução do quadro de funcionários nas secretarias existentes possibilitaria a ampliação sem aumento de despesas.
Para as novas pastas, os nomes já foram definidos. A Secretaria de Esportes será comandada por Jefferson Neves, enquanto a Secretaria de Segurança Pública será liderada pela Coronel da Polícia Militar, Francyanne Siqueira Chaves Lacerda.
Essa Reforma Administrativa, segundo o prefeito, visa otimizar a gestão municipal e proporcionar um atendimento mais focado às áreas de esporte e segurança, essenciais para o crescimento da cidade.
Câmara aprova Reforma Administrativa
Nesta quinta-feira (13), com 23 votos a favor, a Câmara Municipal de Cuiabá aprovou a Reforma Administrativa proposta pelo Executivo Municipal, que visa reorganizar a estrutura da Prefeitura de Cuiabá, garantindo mais eficiência e economia aos cofres públicos. Se abstiveram da votação o vereador Francisco Carlos Amorim, o Chico 2000 (PL), Dídimo da Silva Rodrigues, o Didimo Vovô (PSB) e Jeferson Siqueira (PSD).
O projeto apresentado, que diminuiu 43 cargos comissionados da Prefeitura de Cuiabá, diminuindo o total de 812 para 769. No total e mesmo desmembrando pastas gerará economia aos cofres públicos.
A Reforma Administrativa é uma das medidas adotadas pelo Prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, para “arrumar a casa” e melhorar a gestão da cidade. E segundo o chefe do Executivo Municipal, a administração anterior deixou um rombo de mais de R$ 1,6 bilhão, exigindo ajustes para equilibrar as contas e otimizar os serviços públicos.
Reorganização da estrutura administrativa
Entre as principais mudanças, a Reforma Administrativa prevê a criação de novas secretarias e o reordenamento de pastas já existentes, sem aumento de despesas. As principais alterações incluem:
• Secretaria Municipal de Economia: passa a unificar as antigas secretarias de Gestão e Fazenda, assumindo a administração tributária, fiscalização e controle da dívida municipal. O secretário responsável será Marcelo Bussiki.
• Secretaria Municipal de Cultura: deixa de estar vinculada à pasta de Esporte e Lazer, tornando-se independente. O secretário responsável será o músico Johnny Everson.
• Secretaria Municipal de Agricultura e Trabalho: perde a atribuição de desenvolvimento econômico, que agora será responsabilidade da nova Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico. O responsável pela pasta é o empresário Fernando Medeiros.
Além disso, a Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana (Limpurb), sofreu ajustes em sua gestão. O cargo de diretor, antes com status de secretário, foi reclassificado para o nível de adjunto da Secretaria de Obras, mantendo a autonomia da empresa, mas garantindo mais organização e eficiência na estrutura. O comando da pasta segue com a Reginaldo Teixeira.
Economia e impacto financeiro
O prefeito destacou que a reforma administrativa seguiu critérios técnicos para garantir a redução de despesas, sem prejuízo aos serviços públicos. Entre as medidas adotadas, estão cortes em contratos terceirizados e cargos com altos salários. No total foram 43 cargos excluídos.
“A redução de cargos comissionados em todas as secretarias permitiu a criação de novas pastas sem impacto financeiro”, afirmou Abilio.
Outro ponto relevante da reforma foi a criação da Secretaria Municipal de Segurança Pública, que terá o comando da Coronel Francyanne Siqueira Chaves. O motivo do desmembramento da pasta de Ordem Pública é pelo fato do aumento da criminalidade nos bairros de Cuiabá.
Segundo a prefeitura, a nova pasta terá papel fundamental na articulação de políticas de segurança e prevenção à violência em espaços públicos, escolas, praças e região central da capital.
Nos próximos dias, a gestão municipal deve apresentar um relatório detalhando os impactos da reforma e os ajustes financeiros implementados.
Oposição critica aprovação da Reforma
A oposição criticou a Reforma Administrativa apresentada pela Prefeitura de Cuiabá, sob alegação de que o “enxugamento” da máquina pública será irrisória. Isso porque, com a redução de 43 cargos, o custo passará para R$ 76.319.267,79, resultando em uma economia líquida de R$ 3.737,65 ao longo de doze meses. O corte representa menos de 0,005% do total gasto com cargos de confiança.

Política
“Hoje não temos nem BRT e nem VLT”

“É fundamental que entreguemos o novo modal rapidamente para a população. Precisamos de um sistema que atenda os trabalhadores de forma eficiente e acessível”.
A afirmação foi do Senador unista Jayme Campos, enfatizando uma urgência em concluir as obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), ressaltando a necessidade de oferecer um transporte público de qualidade para a população.
O projeto em sua fase inicial previa a instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que deveria ter sido concluído antes da Copa do Mundo de 2014, da qual Cuiabá foi uma das sedes. No entanto, mudanças na gestão de Mauro Mendes (UB) levaram à decisão de substituir o VLT pelo BRT, após estudos apontarem a inviabilidade do primeiro.
Jayme Campos reclamou da demora e da gastança do Estado de Mato Grosso que já desembolsou mais de R$ 6 bilhões em um emaranhado de problemas envolvendo as obras do polêmico Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) na região metropolitana de Cuiabá.
“Eu sou daquela tese que tem que terminar o BRT, tem que concluir a obra, melhorar o transporte público de Cuiabá e Várzea Grande, dar um transporte de boa qualidade, a preço acessíveis que caiba no bolso dos trabalhadores que usam o transporte dessas duas cidades. A obra se arrasta há mais de 13 anos e a sociedade já pagou muito caro, já trouxe sérios transtornos ao comércio e a população, e prejuízos enormes ao erário público. Se você pegar o preço inicial, essa obra já custou mais de R$ 6 bilhões e não chegou a lugar nenhum“.
Sem BRT e sem VLT
Conforme o Senador unista, as obras do BRT tem causado grandes transtornos, especialmente para comerciantes das regiões afetadas pelas intervenções. E afirmou que a população de Cuiabá e Várzea Grande aguarda uma resposta rápida do Governo do Estado sobre a paralisação das obras do BRT.
“Hoje não temos nem BRT e nem VLT. O que o povo quer é um transporte de qualidade. Espero que o Governo do Estado busque soluções rapidamente, porque muitos empresários já foram prejudicados. Fazem intervenções, atrapalham a cidade, quebram empresários e, infelizmente, até agora não chegamos a lugar nenhum“.
Ele também alertou para a necessidade de planejamento adequado para evitar que o mesmo problema se repita em outros pontos da cidade.
“Precisamos evitar que o que está acontecendo aqui se repita em outros locais, trazendo mais transtornos e prejuízos a um grande número de empresários que sofrem com a falta de acesso aos seus estabelecimentos“.
Consórcio notificado 50 vezes
O governador Mauro Mendes (UB), informou que o Consórcio não honrou compromissos com fornecedores, mesmo com o Governo realizando os pagamentos de forma pontual.
“A Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) notificou o consórcio mais de 50 vezes sobre os descumprimentos. Tentamos todas as alternativas para evitar o rompimento, mas ficou claro que continuar com o contrato apenas prolongaria o problema“.
O projeto do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) iniciado em agosto de 2022, entre as cidade de Cuiabá e Várzea Grande está orçado em aproximadamente R$ 460 milhões e deveria ter sido entregue em outubro do ano passado. Porém, apesar do pagamento de R$ 150 milhões às empresas executoras, segundo dados do Fiplan (sistema financeiro do governo estadual), menos de 20% dos trabalhos foram executados.
O atraso nas obras tem dificultado a vida da população. Usuários do trânsito e comerciantes das regiões afetadas sofrem as consequências dos congestionamentos e interdições realizadas na Avenida Rubens de Mendonça, conhecida como Avenida do CPA.
AL/MT convoca secretário
Na próxima segunda-feira (17), Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (AL/MT) recebe o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Oliveira, para falar sobre o cronograma de execução dos serviços e obras para implantação do polêmico Ônibus de Trânsito Rápido (BRT). A reunião está marcada para às 9h e deverá atualizar os deputados e a população sobre o futuro das obras que foram interrompidas após a suspensão do contrato entre o Governo do Estado e o Consórcio BRT responsável pelos trabalhos de conclusão das obras que estão paralisadas.
A convocação do secretário de Infraestrutura, Marcelo Oliveira, foi apresentada pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT) para apresentação do cronograma de execução de serviços e obras após a repactuação com o consórcio contratado. Esta a terceira tentativa do deputado de receber informações sobre a situação do BRT na capital. Anteriormente, duas Audiências Públicas foram adiadas.
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