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IMPACTO AMBIENTAL

As PCHs na bacia hidrográfica do Rio Cuiabá vai impactar diretamente as populações locais

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A Audiência Pública para debater sobre a instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHS) na região hidrográfica do Paraguai demonstrou que a implementação de empreendimentos hidrelétricos na região da bacia vai impactar diretamente as populações locais, principalmente por ocasionar a diminuição dos peixes no rio que é o meio de sobrevivência das populações ribeirinhas.

O requerente e autor do pedido da Audiência Pública, o vereador do Partido Cidadania, Diego Arruda Vaz Guimarães, afirmou que outras audiências serão realizadas para debater o assunto, além de ser elaborada uma nota de repúdio em conjunto com a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (AL/MT)e os Legislativos Municipais das cidades que são banhadas pela bacia para ser encaminhada ao Governo do Estado.

É preciso ouvir todos os afetados. Não somos contra o desenvolvimento, não somos contra o progresso, não somos contra a geração de energia elétrica, mas nosso estado já é um estado que produz muita energia elétrica, nós temos outras fontes como, por exemplo, a energia solar que pode ser muito bem utilizada e aí obviamente cabe ao poder público colocar na balança aquilo que é mais proveitoso, aquilo que é mais limpo, aquilo que traz realmente uma energia limpa para todo o ecossistema envolvido no Rio Cuiabá, disse o vereador.

Débora Fernandes, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pantanal trouxe um estudo realizado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) na qual demonstrou o colapso que pode ser causado com a instalação das PCHs.

Se essa questão for mesmo efetivada, vamos acabar não só com a pesca, mas com toda conservação da bacia do Alto Paraguai. Estamos na área com maior captura de peixes, o que garante a geração de emprego e renda, alimentação e os direitos das populações ribeirinhas e comunidades tradicionais“, disse ela.

De acordo com o estudo apresentado, na maioria dos casos, novas barragens só podem ser construídas em áreas onde já existem outras barragens.

O Rio Cuiabá é um Rio federal e a Sema tem algumas limitações que precisam ser discutidas. O que não se pode ignorar é que para manter a produção pesqueira do pantanal inteiro é importante manter os rios livres de barragens“.

A presidente da Associação do Segmento da Pesca do Estado de Mato Grosso (ASP-MT), Nilma Silva, apontou que o segmento da pesca repudia qualquer tipo de destruição do meio ambiente.

Estamos falando de 61 mil famílias que vivem da pesca. É uma economia relevante. Mato Grosso é exportador e não precisamos mais de energia“.

A Bacia Hidrográfica do Rio Cuiabá percorre uma área de 22.851 km², localizada integralmente no Estado de Mato Grosso, na porção centro sul. Nasce na depressão interplanáltica de Paranatinga, em Rosário Oeste, a, cerca de, 500 m de altitude. Seu curso é considerado até a cidade de Cuiabá, com 158 m de altitude.

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Os municípios abrangidos pela bacia são: Jangada, Acorizal, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento, Rosário Oeste, Nobres, Alto Paraguai, Diamantino, Planalto da Serra, Nova Brasilândia e Campo Verde.

 

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Política

Sem noção e sem proposta: besteirol sem limites em busca de votos

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Discretamente começam a surgir adesivos em carros lançando pré-candidatos a vereador. É claro que ninguém se assume por enquanto, até porque a legislação não permite, mas já se vê por aí “Fulana pela Educação” ou “Beltrano da Justiça Social”, “Sicrano eu apoio”. Quem olha distraidamente se entusiasma: as questões que afligem a população estão aí, contempladas, há quem se ocupe com elas.

Muita gente não sabe, mas as novas regras eleitorais estão afunilando essa coisa de candidaturas. Antigamente cada partido lançava chapa completa, era uma festa, chovia candidato nos programas eleitorais. Agora, não. Segundo as novas regras, cada partido pode lançar só 100% mais um candidato do total de vagas disponíveis nas Câmaras Municipais.

Aqui na capital de todos os mato-grossenses, por exemplo, cada partido pode lançar de 1 a 40 candidatos a vereador. Antes, a regra cravava 150%, ou 33 postulantes. Uma farra em que nomes inexpressivos, folclóricos ou histriônicos, divertiam o eleitor na tela da tevê. Tudo indica que parte da diversão vai acabar. Afinal, o número de candidaturas vai encolher.

Folclóricos e o uso de nomes de famosos

Alguns são folclóricos e outros buscam confundir com nomes semelhantes a artistas, jogadores ou políticos. De tudo, tem um pouco de profissões e outras atividades. São candidatos padre, reverendo, apóstolo, bispo, pastor, motoboy, bombeiro, lava rápido, cabo, coronel, sargento, tenente, capitão, policial, corretor, repórter, podóloga e muitos outros.

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Mas quem ganha disparado são os classificados como Prof., Profª e Professor(a) em suas aparições. Em seguida, os advogados registrados com as siglas de Dr. e Dra. também aparecem. De um modo ou de outro, esses candidatos tentam marcar os nomes e números na memória dos eleitores. Usam até a linguagem subliminar para ser lembrado na hora do voto. Sem noção e sem proposta: besteirol sem limites em busca de votos.

Tem vereador candidato a reeleição e aqueles que estão pretendendo sentar em uma das 27 cadeiras da Câmara Municipal de Cuiabá, que já empunharam suas bandeiras em busca de votos, como é o caso do buracos na Capital de todos os mato-grossenses que são muitos, outros usam de sua bandeira ligado a Saúde Municipal, já para alguns, sua bandeira é a cassação do Prefeito de Cuiabá, o emedebista Emanuel Pinheiro, alguns já cassados e voltaram a sentar na cadeira da Casa de Leis, por força da Justiça, querem se aparecer diante de seus eleitores pedindo cassação do presidente da Casa de Leis.

Bom…, agora fica a escolha direta do eleitor cuiabano. Será que esses vereadores assim como os demais não sabem para que vieram na Câmara de Cuiabá merecem seu voto? E a proposta de seu vereador, você conhece? já leu? já viu?

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Isso, no entanto, não vem inibindo quem já distribui seus adesivos entre amigos, ou cabos eleitorais tentando firmar-se desde já na memória do eleitor. O fato é que a fantasia da vereança, com todos os seus privilégios ainda faz a cabeça de muita gente.

A maioria sai das eleições endividada e frustrada, enganada por eleitores ardilosos. Há quem prometa voto para qualquer postulante que aparecer.

Daqui da minha casa ninguém sai triste. Prometo voto pra todo mundo”, confidenciou-me, certa vez, um eleitor.

Nesta semana, as redes sociais estavam cheias de vídeos e fotos de candidatos interessados na cadeira da Câmara de Cuiabá fazendo visitas, comendo pastel, abraços, beijos e aperto de mão depois de 4 anos sumidos.

Muito aspirante a político acredita nessas conversas. Político matreiro, porém, costuma desconfiar dessas manifestações de amizade mais exaltadas. Quase sempre o sorriso e o aperto de mão, firme, são ciladas. Convém ter atenção, não se entusiasmar nem mesmo com o sucesso dos adesivos nos vidros dos carros.

Aqui em Cuiabá, em 2020, alguns inconformados foram procurar a Polícia Federal, reclamar que seus votos “sumiram”. O gesto, patético, incorporou-se ao anedotário político local. Era ano de pandemia, a Covid-19 matando a torto e a direito.

Em 2024 o País ensaia uma normalidade e, talvez, gestos do gênero, caso se repitam, divirtam mais que no passado recente, denso e pesado.

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