JANEIRO ROXO
Campanha promove a informação como estratégia contra a Hanseníase

“A hanseníase tem cura e o preconceito também: a informação”, destaca a médica da Família e Comunidade, Andreia Tomborelli. A afirmação foi realizada durante roda de conversa realizada na Unidade Básica de Saúde do Grande Terceiro, como estratégia da campanha “Janeiro Roxo“, de conscientização à doença milenar, crônica e curável, mas ainda cercada de mitos, estigmas e preconceitos: a Hanseníase.
No encontro, ela explicou detalhadamente sobre a enfermidade e os participantes puderam conversar com pacientes que estão em tratamento. A iniciativa visa reforçar a importância do diagnóstico precoce para evitar a ocorrência de sequelas graves, que podem gerar incapacidades físicas.
De acordo com a médica, na Pandemia de Covid-19 muitas pessoas deixaram de procurar uma unidade de saúde, agravando o quadro. Ela pontua que ações como a realizada na data de hoje, mediante a promoção da interlocução, reforço à informação, são mecanismos de grande valia.
“É uma doença complexa, lenta que leva meses ou anos e muitas vezes no início pode ser assintomático o que torna ainda mais perigoso. Temos que ressaltar que o tipo de lesão que a pessoa desenvolve depende do sistema de defesa de cada um. Alguns, no início, podem apresentar manchas mais esbranquiçadas ou avermelhadas como se fosse uma alergia, sensibilidade e outras podem ter apenas sintomas na parte da musculatura, como uma orelha mais espessada, o olho seco que não se fecha quando dorme, sobrancelha caída, além dos formigamentos, câimbras e dores nos pés e mão”, explica.
Ela reforça que assim que o paciente verificar algum destes sintomas deve procurar a UBS mais próxima a sua residência para que seja submetida a um exame clínico minucioso. Em caso positivo, deve iniciar a medicação.
“O tratamento é gratuito e toda a unidade de saúde tem a medicação. A partir da primeira dose ele não transmite, geralmente 6 meses a 1 ano”, ressalta.
Durante a roda de conversa, alguns participantes concederam depoimentos e falaram sobre a importância de deixar buscar o tratamento para curar a Hanseníase.
Este foi o caso de Giovani dos Santos, que faz o tratamento há um ano. Ele orientou que se alguém apresentar dores nos nervos dos braços, nas penas ou alguma mancha deve procurar um especialista em pele para que o tratamento seja iniciado o mais breve possível.
“Passei por médicos clínicos e nenhum conseguia descobrir a doença, só quando fui em um especialista de pele que ele me disse que eu estava com hanseníase e estava avançada a doença. Inicialmente, fiquei assustado mas já saí da clínica com toda a medicação. Depois de um ano só tenho a agradecer todo apoio, conversa e carinho que recebo de toda equipe de saúde”, observa.
JANEIRO ROXO
O objetivo da campanha “Janeiro Roxo” é ampliar o conhecimento da população sobre a doença, por meio de ações de conscientização, e reforçar a importância do diagnóstico precoce para evitar a ocorrência de sequelas graves, que geram incapacidades físicas.
SINAIS E SINTOMAS
• Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil.
• Sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros
• Perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração
• Inchaço e dor nas mãos, pés e articulações
• Dor e espessamento nos nervos periféricos
• Redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés
• Caroços no corpo
• Pele seca
• Olhos ressecados
• Feridas, sangramento e ressecamento no nariz
• Febre e mal-estar geral
ONDE SE TRATAR
Se apresentar um ou mais desses sinais e sintomas, procure ajuda médica. O posto de saúde mais próximo de sua casa ou uma equipe de saúde da família podem lhe ajudar. Neles, é possível fazer exames e receber orientações de como se tratar.
PARENTES E AMIGOS
Em caso de diagnóstico confirmado para hanseníase, oriente as pessoas com as quais mantém contato próximo e regular (familiares, amigos, colegas de trabalho) a também irem ao médico para serem examinadas.
SIGA O TRATAMENTO
Quem tem diagnóstico para hanseníase deve começar a tomar os medicamentos prescritos de imediato. Ao fazer isso, o paciente deixa de ser transmissor da doença. E atenção: é importante não abandonar o tratamento ou deixar de tomar os remédios.

Geral
Médica orienta cumprir esquema vacinal para evitar casos de meningite

“Meningites e pneumonias podem ser causadas por vírus, fungos e bactérias. No caso desse último agente infeccioso, existem vacinas que oferecem proteção contra alguns dos sorotipos mais comuns de meningococos e pneumococos, responsáveis por manifestações graves dessas doenças”.
Considerada pelo Ministério da Saúde como doença endêmica no Brasil, a meningite ocorre com maior intensidade na forma bacteriana no inverno e na forma viral no verão. No entanto, o que preocupa é que apesar de ter cobertura, os dados do Plano Nacional de Imunização (PNI) evidenciam que 73% do público-alvo da vacina meningocócica forma mais grave da doença e distribuída gratuitamente pelo SUS não tomou todas as doses dos imunizantes.
A responsável pelo setor de terapia intensiva do sistema Hapvida, Franciane Gonçalves, explicou que a meningite é uma doença tratável.
E que, por isso, parte do problema está exatamente no não cumprimento do esquema vacinal completo, principalmente nas crianças.
“É importante que tomem o reforço, pois com o tratamento incompleto fica mais suscetível da pessoa ser acometida de uma infecção”.
A médica reforça ainda que esta é uma doença que pode ser evitada.
“Porém, para isso precisamos manter o calendário de proteção atualizado”, reafirmou.
Para evitar confusões, ela pontua que na hora de consultar o cartão de vacinação é recomendável pedir ajuda a atendentes.
“Eu sempre explico que às vezes a pessoa lê e não compreende as doses que faltam. O ideal é que o paciente peça auxílio para identificar o que ainda precisa ser feito”, recomendou.
A profissional ainda destacou que na meningite ocorre uma inflamação da meninge, que é uma espécie de película que recobre o cérebro. Ela pode ser causada por vírus, bactérias, parasitas ou fungos.
Os sintomas são variados quando o tipo é viral e são parecidos com um resfriado comum; febre, falta de apetite e fadiga. Já quando é bacteriana os sintomas são mais fortes.
“É importante lembrar que a meningite meningocócica é a mais grave, podendo inclusive levar à morte. Então essa é a mais preocupante e é preciso ficar atento aos principais sintomas que são febre alta e persistente, dificuldade de colocar o queixo no pescoço, rigidez de nuca da criança e umas manchas vermelhas que aparecem pelo corpo”, completou.
Ela orienta que, neste caso, é necessário levar o paciente de imediato para o atendimento médico.
“A doença é tratável, mas não pode ficar em casa, com esses sintomas”, resumiu.
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