COM NOTA MUITO BAIXA
Cuiabá ocupa o 3º lugar das cidades mais endividada do país

Em um levantamento realizado pelo portal Brasil 61, referente ao ano de 2021, mostrou a Capital de todos os mato-grossenses, Cuiabá, conquistou o terceiro lugar no ranking das cidades bilionárias do Brasil. Dividido por regiões, Cuiabá apareceu a terceira mais rica do Centro-Oeste, com uma receita bruta de R$ 3.059.625.469,51. No levantamento, a capital mato-grossense ficou atrás apenas de Dourados e Campo Grande, ambas em Mato Grosso do Sul.
A pesquisa, divulgada na época, classificou 92 municípios que juntos representam mais de um terço da população brasileira e somam um orçamento global de R$ 344,3 bilhões. O Agronegócio é o principal foco econômico da região Centro-Oeste, com destaque para as agroindústrias. No entanto, outros setores, como Comércio e Serviços, também são expressivos, abrangendo shoppings, lojas, feiras livres, bares e restaurantes.
Esses municípios representam 4% do PIB brasileiro, um avanço em relação a 2018, quando apenas 65 cidades arrecadavam mais de R$ 1 bilhão de reais. Isso demonstra uma clara evolução na economia brasileira.
Hoje, a realizada da Capital de todos os mato-grossenses é outra, mostrando um numero muito diferente do que foi apresentado no ano de 2024. E Cuiabá aparece como a terceira capital com maior endividamento do país, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro (RJ) e Manaus (AM).
A informação consta no Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais do Tesouro Nacional divulgado neste mês, que analisou o período da gestão do ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
Isso significa que a Dívida Consolidada da capital mato-grossense consome mais que a Receita Corrente Líquida (RCL), com um índice de 43,2. Este indicador mostra qual o percentual da RCL de um exercício que seria consumido caso toda a Dívida Consolidada fosse paga.
O documento ainda aponta que Cuiabá não possui disponibilidade de caixa para quitar as despesas que devem ser liquidadas mensalmente. Ou seja, a capital mato-grossense não tem recursos financeiros em caixa, suficiente para pagar todo o custeio da máquina pública.
Diz trecho do documento:
“Cuiabá, Florianópolis, Natal e Macapá apresentaram disponibilidade negativa de caixa, sendo, portanto, incapazes de arcar com despesas caso sofram um choque negativo de receitas”.
Nesse indicador é considerada a disponibilidade total dos recursos, vinculados e não vinculados.
Mau pagador
Após passar anos com a nota de Capacidade de Pagamento (Capag) suspensa pelo Tesouro Nacional devido à falta de transparência e distorções em seus registros contábeis e fiscais, Cuiabá aparece com a Nota “C” neste quesito.
“Cuiabá deixou de ter o cálculo suspenso e passou a ser Capag C. As informações apuradas se tratam, na verdade, de uma prévia (simulação) calculada com base em valores declarados pelos municípios e que, em caso de pedido de garantia da União a operação de crédito, necessitará de análise mais detalhada por parte da STN, o que pode alterar o resultado”, completa o documento.
Capag trata-se de um relatório que analisa a capacidade de pagamento de Estados e Municípios, classificando-os entre as notas A, B e C, servindo como um medidor para dizer quais municípios têm capacidade de adquirir empréstimos com garantias da União.
O Tesouro Nacional publica anualmente o Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais desde o ano de 2016, visando aumentar a transparência e de fomentar discussões acerca das finanças dos Estados e Municípios.
Em 2018, a Capital tinha a Nota “B”, porém, em 2019 foi rebaixada para a “C”, a menor nota. Desde 2020, no entanto, permanecia “suspensa” nos relatórios, não alcançando a pontuação mínima necessária.

ECONOMIA
Vendas do comércio varejista recuaram 3,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior

No 1º bimestre de 2025, as vendas do comércio varejista recuaram 3,7% em Mato Grosso, de acordo com dados do IBGE, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa segmentação do comércio desconsidera as vendas de atividades comerciais mais específicas, como de veículos, motocicletas, atacadista de alimentação e bebidas e materiais de construção. Já no varejo ampliado, que considera o conjunto de todas as atividades comerciais, o recuo foi de 0,6%.
Apesar do desempenho negativo observado desde 2024, começam a surgir sinais positivos para a atividade local.
Em fevereiro de 2025, na comparação com o mês imediatamente anterior, as vendas do comércio varejista cresceram 0,7%. O volume de prestação de serviços de Mato Grosso também avançou nessa base de comparação, obtendo um resultado bastante expressivo.
Na comparação bimestral, as vendas desse segmento ainda recuam, mas a um ritmo mais moderado.
Os dados do CAGED mostram que o saldo de criação de vagas formais de fevereiro de 2025 supera o saldo verificado em fevereiro de 2024, com o comércio aparecendo em segundo lugar, atrás do setor de serviços.
Por fim, as projeções para a safra de 2025 são positivas. Depois da quebra de safra de 2024, projeta-se um aumento de 10,3% na produção de grãos do estado.
“A desaceleração econômica de 2024 foi reflexo das dificuldades do agro. Os desafios agora são outros. Entre eles, destacam-se a persistência inflacionária e as incertezas para o setor externo, que também podem afetar as economias locais. No próximo mês, será possível fazer um balanço do 1º trimestre do ano. Esses dados devem trazer mais luz sobre as perspectivas para 2025“, explicou o presidente da Federação das CDLs de Mato Grosso, David Pintor.
Vendas do comércio varejista sobem na comparação entre fevereiro e janeiro de 2025, mas ainda recuam na comparação com 2024
As vendas do comércio varejista de Mato Grosso registraram alta de 0,7% na comparação entre fevereiro de 2025 e o mesmo mês do ano anterior, de acordo com dados do IBGE. Essa foi a segunda alta consecutiva na comparação mensal em janeiro, na comparação com dezembro, o avanço foi de expressivos 5,8%.
No varejo ampliado, que reúne todas as atividades comerciais, as vendas recuaram 0,4% entre fevereiro e janeiro de 2025. É na comparação entre o 1º bimestre de 2025 e o mesmo período de 2024 que se nota a desaceleração do setor no estado: as vendas do comércio varejista recuaram 3,7% nessa base de comparação, enquanto as vendas do varejo ampliado recuaram 0,6%. Para os próximos meses, o desempenho das vendas no estado será condicionado pelo momento mais favorável ao agronegócio, que favorece a atividade local, mas também pelas taxas de juros mais elevadas.
Em Mato Grosso, cresce o saldo de vagas formais criadas em fevereiro de 2025
De acordo com informações do CAGED, em fevereiro de 2025, 9.710 vagas formais foram criadas em Mato Grosso. O resultado foi 30,9% maior do que o verificado no mesmo mês do ano anterior, quando 7.416 vagas formais foram criadas no estado. O saldo de vagas representa a diferença entre o total de admissões e o total de demissões verificadas no período. O crescimento na comparação entre fevereiro de 2025 e fevereiro de 2024 mostra que o mercado de trabalho segue dinâmico neste início de ano.
A abertura dos dados por setor revela que o setor de serviços liderou a criação de vagas formais no Ceará, com 5.499 postos de trabalho criados. Em seguida, aparece o comércio, com saldo de 1.715 vagas criadas. Por fim, analisando o estoque de empregos, isto é, o total de contratos formais independentemente da data de criação, nota-se que comércio responde por 26% do total dos contratos de trabalho do estado.
Em Mato Grosso, volume de prestação de ser serviços registra forte crescimento em fevereiro
Complementando o quadro da atividade econômica de Mato Grosso, os dados do IBGE mostram um crescimento expressivo do volume de prestação de serviços em fevereiro. O avanço foi de 24,9% na comparação com o mês imediatamente anterior. No entanto, mesmo com esse avanço mensal, o setor ainda acumula queda de 6,4% na comparação entre o 1º bimestre de 2025 e o mesmo período do ano anterior. O gráfico da série histórica mostra tendência de recuo na atividade do setor de serviços desde meados de 2023. Por sua vez, a indústria registrou alta de 1,3% da produção no 1º bimestre de 2025, ante o mesmo período do ano anterior.
Por fim, no setor agropecuário, as projeções mostram o início da recuperação da atividade, com crescimento de 10,3% na safra de grãos, de acordo com projeções do IBGE. Essa alta sucede a quebra de safra de 2024 em razão das adversidades que climáticas que afetaram parte do país.
Inflação medida no Centro-Oeste chega a 5,3%; IGP-M nacional acumula alta de 8,6%
O índice oficial de inflação (IPCA) apurado pelo IBGE na região Centro-Oeste apresentou variação de 5,3% nos 12 meses encerrados em março de 2025. Esse percentual mostra o crescimento médio dos preços locais. No país como um todo, a inflação oficial foi de 5,5%, acima da verificada na região. Considerando o IPCA nacional, a abertura dos dados por grupos de bens e serviços mostra que os itens de “Alimentação e bebidas” lideram a alta local dos preços, com crescimento de 7,7% no acumulado dos últimos 12 meses.
Em seguida, aparecem os itens de “Educação” (6,3%). Esses números mostram que, na medição local e nacional, o ritmo de crescimento dos preços ainda é um desafio. Outro índice de preços importante é o IGP-M, calculado Fundação Getulio Vargas, esse índice é frequentemente utilizado para a correção de contratos de aluguéis e registrou alta de 8,58% em março de 2025 na medição nacional.
Crédito às famílias cresce 10,4% na comparação entre janeiro de 2025 e o mesmo mês do ano anterior
Dados do Banco Central do Brasil (BCB) permitem acompanhar a evolução do crédito no país e nas Unidades da Federação. Esses dados mostram o saldo de crédito, que representa os valores em aberto vencidos ou a vencer dos empréstimos e financiamentos feitos através do Sistema Financeiro Nacional (SFN). De acordo com o BCB, em Mato Grosso, o crédito a Pessoas Físicas (PF) cresceu 10,4% na comparação entre janeiro de 2025 e o mesmo mês do ano anterior. Já o crédito a empresas recuou 3,3%. Observa-se um avanço do crédito no estado acima da média nacional para o segmento de PF.
Já a inadimplência bancária, que mostra o percentual do saldo de crédito com atraso superior a 90 dias, foi estimada em 3,5% no segmento de Pessoas Físicas e em 2,9% no segmento de empresas. Por fim, a distribuição do crédito total por segmento mostra que 67,9% do saldo no DF está destinado às famílias e 32,1% está destinado às empresas.
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