SUSPEITOS DE RECEBER PROPINA
Investigados da “Operação Perfídia” tem bens bloqueados pela Justiça

A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) cumpriu 27 ordens judiciais contra os cinco alvos, sendo mandados de busca e apreensão, quebra de sigilo de dados telefônicos e eletrônicos, além de sequestro de bens, valores e imóveis, contra cinco investigados. Entre eles, os vereadores Francisco Carlos Amorim, o Chico 2000 (PL) e o Joelson Fernandes do Amaral, o Sargento Joelson (PSB), além do empresário José Márcio da Silva Cunha.
A juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), determinou o sequestro de 9 veículos, 4 imóveis e o bloqueio de R$ 250 mil reais. Eles foram alvos da Operação Perfídia, deflagrada na última terça-feira (29) em Cuiabá. As medidas assecuratórias pleiteadas mostram-se adequadas e proporcionais à gravidade dos crimes investigados
Os vereadores são suspeitos de receber R$ 250 mil em propina da empreiteira um HB20, responsável pela obra do Contorno Leste, orçada em R$ 125 milhões, na Capital. José Márcio é acusado de intermediar o repasse dos valores ilícitos. Do vereador Chico 2000, foi determinado o sequestro de duas residências e de um Chevrolet Tracker, avaliado em R$ 130 mil.
Já em nome do vereador Sargento Joelson, foram sequestrados uma casa, uma VW Saveiro, uma motocicleta Honda/XR de 250 cilindradas, um Nissan March e uma caminhonete Chevrolet S10, esta última avaliada em R$ 140 mil. Do empresário José Márcio teve sequestrados uma casa, um Ford Ka, um VW Parati, um Chevrolet Ônix e um Hyundai HB20.
Edna Ederli Coutinho, Juíza do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), em sua decisão, justificou que o sequestro dos bens e o bloqueio dos valores visam evitar que os investigados dilapidem o patrimônio supostamente obtido com a prática dos crimes, frustrando a reparação dos danos causados e perpetuando o enriquecimento ilícito.
“As medidas assecuratórias pleiteadas mostram-se adequadas e proporcionais à gravidade dos crimes investigados e à necessidade de se garantir a efetividade da persecução penal”.
“O sequestro de bens e o bloqueio de valores, nesse contexto, são instrumentos essenciais para assegurar a indisponibilidade dos ativos que possam ser produto ou proveito dos crimes, garantindo a reparação dos danos causados e a responsabilização dos envolvidos”.
Operação Perfídia
As investigações da Operação Perfídia tiveram início a partir de denúncia recebida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) em 2024, noticiando que vereadores teriam solicitado a um funcionário da empresa propina para a aprovação de matéria legislativa que possibilitou o recebimento de pagamentos devidos pelo município à empresa no ano de 2023.
Conforme a Polícia, uma parte dos valores foi depositada em conta indicada por um dos vereadores, e há indícios de que a outra parte tenha sido paga em espécie ao parlamentar, no interior de seu gabinete na Câmara Municipal de Cuiabá, onde as negociações teriam ocorrido.
Os investigados também foram proibidos de manter contato entre si e com testemunhas e servidores da Câmara Municipal de Cuiabá, e de acessar as dependências do órgão legislativo ou as obras do “Contorno Leste”.
Os investigados foram proibidos de manter contato entre si e com testemunhas, assim como de acessar locais específicos e de deixar a cidade sem autorização judicial, devendo entregar seus passaportes. Essas medidas são essenciais para garantir a efetividade da persecução penal e assegurar a responsabilização dos envolvidos.

Destaques
Polêmica eleição do TRE/MT acontece nesta quarta-feira (14)

Em meio a uma grande polêmica, no último doa 29, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Mato Grosso (TRE/MT) elegeu o desembargador Marcos Henrique Machado para ocupar a presidência do órgão no Biênio 2025/2027. A sessão foi presidida pelo decano da Corte, juiz Edson Dias Reis. O processo de eleição foi precedido por discussões sobre a possibilidade de recondução da desembargadora Serly Marcondes Alves à vice-presidência, tendo em vista reclamação por ela protocolada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Mato Grosso (TRE/MT) realizasse novas eleições para os cargos de presidente e vice-presidente do TRE Mato-grossense, observando as regras constitucionais, legais e uma resolução do próprio TSE.
Os ministros anularam a eleição do Plenário do TRE que, em 29 de abril, elegeu o desembargador Marcos Henrique Machado para ocupar a Presidência do TRE de Mato Grosso no Biênio 2025/2027.
Ao votar no processo administrativo, a relatora, ministra Isabel Gallotti, ressaltou que a desembargadora Serly Marcondes Alves, que havia sido reconduzida pelo Plenário do TRE ao cargo de vice-presidente e corregedora regional, somente está apta a concorrer à eleição para a Presidência do Regional.
A desembargadora Serly Marcondes é a autora da petição perante o TSE para que haja uma nova eleição para a Presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Mato Grosso (TRE/MT). Ela recusou ser reconduzida, em abril, ao cargo de vice-presidente do Regional, alegando que tanto a recondução quanto a reeleição para o posto eram ilegais.
Em seu posicionamento o desembargador Marcos Henrique Machado que concorre à eleição disse que:
“Meu entendimento é que a decisão do TSE deve ser cumprida, não obstante tenha interposto embargos para esclarecimentos de premissas contraditórias entre a fundamentação e a decisão, mas, chego à conclusão que eleição exige, ou pressupõe, concorrência. E, com a devida vênia de submeter essa questão à controle do CNJ e do próprio Supremo, a decisão foi tomada no sentido de que há um candidato a presidente e um candidato a vice-presidente. Então, da minha parte, não há qualquer oposição para que seja proclamado o resultado, determinado, a meu ver, no entendimento, do TSE, a despeito, como já disse, da minha tentativa uma elucidação entre as premissas que, repito, me pareceram contraditórias, e conduzir esse Tribunal a realizar a eleição como determina. Mas, se essa for a decisão, obviamente, estarei aqui presente na data e hora marcadas, com a dificuldade já dita também porque amanhã tenho sessão o dia todo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso”.
Nova eleição
Com essa polêmica, a Justiça Eleitoral de Mato Grosso informou que estaria realizando a eleição para a nova presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT) que ocorreria em sessão plenária no dia de hoje, terça-feira 13. Marcada virtualmente, a sessão foi alterada para ocorrer presencialmente no Pleno do Tribunal, às 9h. Determinada pelo presidente em exercício, Márcio Kono, a mudança está regulamentada pela Portaria nº 184/2025 e atende a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nova data para eleição
O Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Mato Grosso (TRE/MT), por falta de quórum, adiou para esta quarta-feira (14), às 9h, a data para eleição da presidência referente ao Biênio 2025/2027, no Pleno do Tribunal, de forma presencial, para escolher os novos vice-presidente e presidente.
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atendeu recurso impetrado pela própria Serly Marcondes, que não aceitou tomar posse como vice-presidente já que atuou no cargo no último Biênio, quando o TRE/MT foi conduzido pela desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, que logo após encerrar o mandato completou 75 anos e se aposentou da magistratura. Na ocasião, por 5 a 1, o desembargador Marcos Machado havia sido escolhido para conduzir a Corte Eleitoral Mato-grossense.
Têm direito a voto os desembargadores Marcos Machado e Serly Marcondes, além dos juízes-membros Alves Luis Otávio Pereira Marques, Juliana Maria da Paixão Araújo, Welder Queiroz dos Santos e Edson Dias Reis.
Caberá a nova Diretoria planejar e executar as eleições gerais do ano que vem, quando serão escolhidos os representantes para os cargos de deputado estadual, deputado federal, senador, governador, vice-governador e presidente da República e vice-presidente.
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