Artigo
Principais consequências da diabetes para a saúde

Autora: Mariana Ramos* –
A diabetes é uma doença metabólica crônica caracterizada pela elevação dos níveis de glicose no sangue (hiperglicemia), resultante da deficiência na produção ou na ação da insulina. Se não for devidamente controlada, pode levar a uma série de complicações que afetam diversos órgãos e sistemas do corpo humano.
Entre as principais consequências da diabetes para a saúde estão as complicações cardiovasculares. A diabetes aumenta significativamente o risco de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Isso ocorre devido ao endurecimento das artérias (aterosclerose) causado pelo excesso de glicose no sangue.
Danos nos nervos (neuropatia diabética) também podem ocorrer devido à glicemia elevada, levando a sintomas como dormência, formigamento e dor, principalmente nos pés e nas pernas. Em casos graves, pode resultar em ulcerações e amputações.
Os rins podem ser afetados pela diabetes, o que pode resultar em insuficiência renal denominada. A doença renal crônica é uma das principais causas de diálise e transplante renal no mundo.
O excesso de glicose é outro dano à saúde e pode danificar os vasos sanguíneos da retina, levando a problemas de visão e, em casos graves, à cegueira.
Devido à combinação de neuropatia e má circulação, pequenos ferimentos nos pés podem evoluir para infecções graves, que podem necessitar de amputação.
Tratamento
Controle alimentar – Uma alimentação equilibrada, rica em fibras, com baixo índice glicêmico e pobre em açúcares refinados e gorduras saturadas é essencial para manter a glicemia sob controle.
Atividade física – Exercícios regulares ajudam a melhorar a ação da insulina e a reduzir os níveis de glicose no sangue, além de auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares.
Medicamentos
Pacientes com diabetes tipo 1 necessitam de aplicações diárias de insulina. Para diabetes tipo 2, podem ser prescritos medicamentos orais, como metformina, sulfonilureias e inibidores de SGLT2, além de insulina em alguns casos.
Importante ressaltar que o controle regular dos níveis de glicose no sangue é fundamental para ajustar a terapia e evitar complicações e o acompanhamento por uma equipa médica especializada, incluindo endocrinologistas e nutricionistas, é essencial para um tratamento eficaz.
A diabetes é uma doença séria, mas pode ser controlada com medidas adequadas. O compromisso do paciente em seguir as recomendações médicas é essencial para garantir qualidade de vida e evitar complicações graves.
*Dra. Mariana Ramos é médica endocrinologista na Fetal Care.

Artigos
O Código Brasileiro de Inclusão: avanço em tempos de retrocessos

Autor: André Naves* –
Em um cenário político marcado por retrocessos nas pautas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), a iniciativa do deputado federal Duarte Jr. (Maranhão) de querer propor o Código Brasileiro de Inclusão surge como um contraponto essencial, reafirmando o compromisso do Estado com a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática.
Enquanto setores retrógrados insistem em desconsiderar a importância de políticas inclusivas, essa proposta demonstra que a eliminação de barreiras sociais e ambientais não é apenas uma questão de mera civilidade, mas, acima de tudo, também um potencializador de desenvolvimento econômico e de inovação. A sociedade que garante a participação plena de todos os cidadãos, independentemente de suas diferenças, estimula a criatividade e a pluralidade de ideias, elementos fundamentais para o progresso econômico e social.
Quando pessoas com deficiência, neurodivergentes e de outros grupos marginalizados têm suas opiniões consideradas e suas potencialidades reconhecidas, o mercado de trabalho se fortalece, a livre iniciativa se expande e a economia se beneficia de talentos que antes eram subutilizados.
Assim, o eventual novo Código Brasileiro de Inclusão, ao sistematizar e unificar os diversos dispositivos constitucionais e legais já existentes – como a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), a Lei Berenice Piana (que trata sobre os direitos das pessoas do transtorno do espectro do autismo) e a Convenção de Nova Iorque sobre Direitos das Pessoas com Deficiência, entre tantas outras… –, cumpre um papel fundamental: tirar a lei do papel e transformá-la em políticas públicas efetivas, que tratem de produzir efeitos concretos na realidade.
Além disso, a consolidação dessas normas em um único diploma legal facilita o acesso ao conhecimento e a aplicação dos direitos, tanto pela população quanto pelos operadores do sistema jurídico. Advogados, Defensores Públicos, membros do Ministério Público e do Judiciário ganham um instrumento mais claro e coerente, agilizando a defesa dos direitos das pessoas com deficiência e promovendo maior segurança jurídica.
Portanto, a elaboração do Código Brasileiro de Inclusão representa um avanço civilizatório, reafirmando os princípios constitucionais de igualdade e dignidade humana. Em um momento em que pautas inclusivas enfrentam resistência, essa iniciativa se destaca como um farol de esperança, mostrando que é possível – e necessário – construir uma sociedade sem exclusão, mais livre, justa e democrática. A luta por inclusão não é apenas um dever do Estado, mas um caminho inevitável para um futuro mais próspero e humano.
*André Naves é Defensor Público Federal. Especialista em Direitos Humanos e Sociais, Inclusão Social – FDUSP. Mestre em Economia Política – PUC/SP. Cientista Político – Hillsdale College. Doutor em Economia – Princeton University. Comendador Cultural. Escritor e Professor.
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