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Planejar e priorizar

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Autor: Francisney Liberato*

Uma realização satisfatória depende de organização e planejamento.

Não há como se chegar a lugar algum se não houver planejamento adequado para suas finanças. Planejar e priorizar são o segredo do sucesso na educação financeira.

Para quem não sabe para onde vai, qualquer lugar serve, mas não necessariamente seja aquilo que você sempre sonhou e desejou. Assim, a falta ou carência de planejamento não nos leva a lugar algum. Aí você vê a “grama do vizinho” bonita e a sua “grama” feia. Por quê?! Provavelmente o seu vizinho deve estar fazendo algo a mais que você.

Ter sonhos, objetivos e propósitos é pertinente para nossa vida. Com base nesse planejamento é primoroso que construamos estratégias e metas para a sua concretização.

A educação financeira necessita de um planejamento. Quem sabe, você que está lendo isso agora se pergunte: mas eu não gosto de planejar, como faço? Eu digo que, como tudo na vida que é novo e que não temos costume de fazer, no início será muito difícil e nos tentará a desistir, porém, resiliência e persistência nos farão criar hábitos para nossa vida.

O planejamento deve ser aplicado em todas as áreas da nossa vida. Se em tudo que formos fazer pensarmos um pouco mais e planejarmos, é certo que teremos bons resultados possíveis para aquele momento.

Entretanto, não basta apenas planejar, é necessário priorizar aquilo que esteja atrelado aos nossos sonhos, propósitos e objetivos de vida.

Essa priorização ou eleição de prioridades é, sem dúvida alguma, muito importante, já que ninguém consegue fazer todas as coisas ao mesmo tempo. Isso é impossível! É imprescindível escolher aquilo que desejamos a longo, médio e curto prazo, e realizemos de forma como sempre eu posto nas minhas redes sociais: #UmPassoDeCadaVez.

Repetindo a lógica: sonhar + planejar + priorizar + realizar. Se utilizarmos esses verbos para a nossa educação financeira, vamos ter maiores resultados na vida.

Todos esses verbos necessitam estar bem organizados e estruturados. Com todas essas estratégias, atingiremos patamares bem melhores e maiores do que aquilo que já pensamos.

Muitas pessoas saem igual uma barata tonta, sem organização, sem planejamento etc. e depois ficam reclamando de tudo e de todos que a vida é muito complicada. Mas se esse indivíduo não seguir essa lógica, é certo que o fracasso ocorrerá na sua vida, e não por causa das circunstâncias, pessoas ao até de Deus, mas sim por suas más escolhas ou omissões.

Vou dar um exemplo prático de como devemos planejar e priorizar a nossa vida, mesmo nas pequenas coisas do cotidiano: aquisição de um televisor. Faça perguntas e reflexões para si mesmo antes de querer comprar algo: Eu quero? Eu preciso? Eu posso? Eu devo? Eu mereço? Quanto custa? Para quando? Eu consigo pagar?

Após responder todas essas perguntas, e se as suas respostas forem bem fundamentadas e equilibradas, então você fará uma pesquisa de preços, em pelos menos três empresas, com base nessas informações, e também analisar as condições de pagamento. Só então é possível fazer a aquisição planejada, consciente e priorizada de um determinado produto.

Enfim, sonhe, tenha propósitos e objetivos de vida. Aliado a isso, planeje e priorize o que deseja, só então vá para a realização. Se tivermos essas proposições bem estruturadas em nossa mente, será bem-vinda e satisfatória a realização.

*Francisney Liberato é Auditor do Tribunal de Contas. Escritor. Palestrante e Professor há mais de 23 anos. Coach e Mentor. Mestre em Educação. Doutor Honoris Causa. Graduado em Administração, Ciências Contábeis (CRC-MT), Direito (OAB-MT) e Economia. Membro da Academia Mundial de Letras.

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Artigos

O Dia das Mães: A luta por igualdade no trabalho!

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Autora: Jacqueline Cândido de Souza*

Em meio a homenagens e celebrações, o Dia das Mães nos convida a um olhar mais profundo sobre a realidade da mulher no mercado de trabalho. Afinal, a maternidade, essa experiência transformadora, frequentemente se torna um divisor de águas carregado de desigualdades persistentes que ecoam por toda a trajetória feminina.

Não falamos apenas de licença-maternidade ou acesso a creches — direitos importantes que, embora representem avanços, ainda são paliativos em um sistema que estruturalmente desfavorece a ascensão feminina. Falamos da sutil (e nem tão sutil) desvalorização salarial que acompanha as mulheres ao longo de suas carreiras, da baixa representatividade em cargos de liderança onde suas vozes e perspectivas são cruciais, e do peso desproporcional das responsabilidades familiares, que culturalmente ainda recai sobre os ombros femininos, limitando seu desenvolvimento profissional.

Essas desigualdades não são narrativas abstratas. Os números escancaram essa realidade: segundo o IBGE, mães com filhos de até três anos recebem, em média, apenas 57,8% do rendimento dos homens na mesma situação. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou um dado alarmante: quase 50% das mulheres são demitidas até dois anos após retornarem da licença-maternidade. E mesmo quando permanecem empregadas, muitas enfrentam estagnação em suas carreiras ou são deslocadas para funções de menor responsabilidade. Além disso, de acordo com o Instituto Ethos, apenas 13,6% dos cargos executivos nas 500 maiores empresas do Brasil são ocupados por mulheres — e esse número é ainda menor quando se trata de mulheres com filhos pequenos.

A busca por igualdade na jornada de trabalho não é uma pauta exclusiva das mães; é uma luta coletiva de todas as mulheres que almejam um espaço justo e equitativo no mercado. Contudo, o Dia das Mães escancara a urgência dessa pauta, revelando como a maternidade pode acentuar desigualdades já existentes. Quantas mulheres talentosas veem suas carreiras estagnadas, seus potenciais subutilizados, simplesmente por serem mulheres – e, tantas vezes, por ousarem ser mães?

O Direito, embora avance com legislações que visam proteger a maternidade e coibir a discriminação, ainda patina diante de práticas enraizadas, vieses inconscientes e culturas organizacionais que nem sempre acolhem as particularidades da jornada feminina. É preciso mais do que leis no papel: urge uma mudança cultural profunda nas empresas e em toda a sociedade, desconstruindo estereótipos e promovendo uma mentalidade de equidade genuína.

Que esta data não seja marcada apenas por flores, presentes ou almoços especiais. Que ela seja um catalisador de reflexão e, principalmente, de ação. Que a celebração da vida e do amor materno nos inspire a construir um mercado de trabalho mais justo, igualitário e verdadeiramente inclusivo para todas as mulheres, em todas as fases de suas vidas e carreiras.

A igualdade não é um favor: é um direito humano fundamental. E sua plena conquista talvez seja o presente mais valioso que podemos oferecer às mulheres — e, por consequência, a toda a sociedade.

*Jacqueline Cândido de Souza é advogada e servidora pública dedicada, engajada na defesa dos direitos das mulheres e na promoção da igualdade de gênero.

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