Artigo
Modelando pepinos para um futuro melhor
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Autor: Don Policarpo* –
Já se dizia, tempos atrás, que “é cedo que se desentortam os pepinos”, quando o assunto era educar crianças. Uma alusão perfeita se pensarmos somente no pepino que cresce na terra e se desenvolve, mas quando o assunto é educação, “não formal”, aquela que vem de casa, os ditos populares precisam passar por reciclagens e atualizações.
A cultura oral já nos ensinou que o seio familiar é o nosso primeiro contato com ensinamentos, sendo na sala de casa, que a forja, dá a forma de como será o resto de nossas vidas. Como podemos perceber, educação e cultura são parceiros e transversais, conversam o tempo todo e nos mostram que não há polaridades entre educar e aculturar, pois aprendemos de forma igual, fora dos bancos escolares e levaremos por onde formos.
Diferentemente de Jean Piaget, Maria Montessori, Auguste Comte, que pensaram educação, o produtor rural que faz o ciclo do pepino completo para poder chegar à mesa, pensou na cultura do plantio. Porém, estão falando transversalmente, em educação e cultura como subsídios para a sobrevivência humana. Colocando dessa forma, a pergunta que não cala e reaparece junto com as COPs (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) é: ainda dá tempo de salvar a humanidade?
Sabemos que o modelo econômico e energético que escolhemos é o causador de toda essa destruição, mas nos tornamos reféns e dificilmente conseguiremos avançar na discussão, pois, para piorar, são eles que bancam qualquer tipo de reação contrária aos modelos expostos. Em outras palavras, “deixam chorar, mas não deixarão cantar”.
Na COP24, como nas anteriores, não enfatizaram a importância que a educação e a cultura têm no papel de formadores de cidadãos conscientes ambientalmente. Neste contexto, a família educadora é quem vai dar os primeiros passos nesta formação ambiental e preservacionista. É ela que dará exemplos, contando e lendo histórias, tratando bem a fauna e a flora, cuidando dos resíduos, implantando suas culturas, sejam quais forem, de forma sustentável e as repassando de forma clara para serem perenes.
*Don Policarpo é geógrafo, professor e consultor em meio ambiente com pós-graduação em História da África. Escritor, com mais de 20 títulos, publicou “A Árvore dos alados” livro infantojuvenil sobre preservação da natureza.
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Artigos
Todo dia pode ser o Dia 1
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Autora: Cristhiane Athayde* –
Pare por um momento e pense: quantas vezes você já disse “um dia eu faço”? Aquela promessa feita silenciosamente na correria, adiada por um amanhã que nunca chega. Mas deixa eu te contar uma coisa: o Dia 1 não precisa de hora marcada. Ele pode ser hoje. Ou qualquer dia em que você decide que sua ideia merece existir no mundo – e ser protegida.
Foi assim que grandes histórias começaram. Nike, com o simples sonho de “fazer correr mais fácil”. Apple, nascida na garagem de uma casa, hoje nas casas do mundo inteiro. Coca-Cola, que já foi um xarope esquecido em uma farmácia. Todas elas tiveram um Dia 1. Aquele momento em que um rabisco virou ideia, uma ideia virou plano e o plano resultou em ação – e claro, encontrou a proteção.
O que seria do mundo sem o Dia 1? E se Steve Jobs tivesse ficado no “um dia eu tento”? E se Phil Knight, cofundador da Nike, tivesse adiado o momento de apostar na sua ideia de tênis esportivos? E se Jorge Paulo Lemann, cofundador da Ambev, tivesse deixado a ideia da expansão para “um dia qualquer”? E se você continuar esperando pelo dia perfeito?
A verdade é que o Dia 1 não é sobre um calendário cheio de planos. Ele é aquele passo simples, mas decisivo. Como registrar um ativo intelectual no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) ou na Biblioteca Nacional. A propósito, proteção vai muito além de marcas. Propriedade intelectual não é só sobre nomes, logos, slogans e afins.
Ela pode ser uma música, como o clássico “Garota de Ipanema”, que ganhou o mundo blindada por direitos autorais. Ou uma invenção, como a máquina de escrever em madeira de jacarandá criada em Recife pelo padre Azevedo em 1861, que fomentou discussões sobre patentes nacionais. Sem esquecer os designs. Já pensou se as formas icônicas das sandálias Havaianas fossem copiadas sem nenhum tipo de proteção?
E o Brasil abriga muitas histórias de Dia 1. Nélio José Nicolai, técnico em eletrônica de Minas Gerais, que patenteou o Bina, revolucionou o sistema de identificação de números telefônicos de chamadas recebidas no país. Ou o imigrante italiano Carlo Bauducco, que protegeu uma receita familiar e criou a Bauducco, uma marca hoje reconhecida por seu Panettone em todo o mundo. A propósito, Chocottone é uma marca registrada da Bauducco.
2025 é um ano novo. E, com ele, chegam novas ideias, novos planos e possibilidades. Mas ele só será o seu ano se você decidir começar. Até porque, sejamos francos, um negócio sem registro de seus ativos intelectuais é como um castelo sem muros: você pode construir algo grandioso, mas nada impede que outros entrem e levem o que é seu. E a proteção vai além de garantir um nome bonito no papel. É um ato de visão. De quem sabe que sua criação merece existir e durar, muito além do entusiasmo de um dia.
Lembre-se: registro não é só um documento. É um escudo para o futuro. Uma declaração de que a sua ideia não pertence ao acaso. Se achar o processo complicado, tudo bem. Você pode procurar alguém que entenda disso, uma empresa especializada de confiança. Mas o mais importante é não adiar. Afinal, o tempo não espera. E o futuro pertence a quem começa. E aí, vai seguir no “um dia eu faço” ou vai transformar hoje no seu Dia 1?
*Cristhiane Athayde, empresária e diretora da Intelivo Ativos Intelectuais
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