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Maria Augusta Ribeiro: – A reeducação de hábitos de digitais

A reeducação de hábitos de digitais
Por: Maria Augusta Ribeiro –
Saiba porque o brasileiro precisa rever o tempo que utiliza o smartphones para ser saudável.
Em tempos onde se vive com os olhos pregados nas telas, a revisão de hábitos digitais parece ser a solução para se evitar uma epidemia de gente sofrendo de doenças causadas por elas.
Segundo a techmundo, canal especializado em tecnologia, a média do brasileiro navegando na internet é de 9 horas diárias. Isso mesmo! Passamos nove horas com os olhos pregados na internet. E dessas nove horas, duas são nas redes sociais.
Estamos educando uma geração de crianças e jovens que não sabem mais o que é um relacionamento sem WhatsApp ou brincar com algo que não seja digital.
O impacto disso tudo é sentido nos consultórios médicos de todo o país. As pessoas estão ficando obesas, com insônia e desenvolvendo distúrbios cognitivos irreversíveis.
Diante de toda essas reflexões, listamos 5 hábitos simples que podem ajudar na reeducação de hábitos digitais e melhorar a sua atenção.
Cara a cara:
Evite usar o smartphone enquanto estiver conversando com alguém. Se a conversa for chata ou entediante, saiba desviar o assunto com sua inteligência, não pregando os olhos no dispositivo.
Leitura:
Boas leituras começam com livros na mão. A experiência sensorial, olfativa e tátil de um livro físico melhora a experiência de consumo do conteúdo. Em caso de querer estudar o tema ou fazer uma pesquisa, o ideal é anotar. Sim! Papel e caneta valem mais do que um print na tela.
Alimentação:
Principalmente para os pequenos, saber se alimentar é essencial para o desenvolvimento. É sabendo como usar garfo e faca e mesmo experimentar as texturas dos alimentos que aumentamos a capacidade de nutrição. Uma criança que não sabe o que está comendo raramente será um adulto saudável.
Exercícios:
Tá pago, se o exercício for sem a ajuda de fones de ouvidos, helth bands, relógios inteligentes ou dispositivos que ficam aviando quantos passos já deu. Exercício físico não é somente um movimento do corpo, mas é do cérebro também. E se ele estiver distraído com outra coisa, dificilmente focará na fortificação do músculo.
Inovação e diversão:
Crianças que brincam na infância, são jovens mais preparados para os desafios, e consequentemente adultos com musculatura cognitiva para aguentar esforços a mais.
Não faz sentido dar uma tela para uma criança de 2 anos ficar vendo outra criança abrir brinquedos e depois ver jovens inovadores brincando em tobogãs em seus escritórios: é ridículo!!!!
Exemplo:
O hábito mais importante para a reeducação digital, na prática, é o exemplo. Não adianta proibir smartphones para seus filhos se você não o faz.
Saiba que os adultos saudáveis de hoje foram crianças que se frustraram, se machucaram e que contemplaram rotinas e não apenas ficaram maratonando a vida dos outros para aprender.
Maria Augusta Ribeiro. É especialista em Netnografia e Comportamento de consumo digital no Belicosa.com.br

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Mais crianças com miopia: uma triste realidade do século XXI

Autor: Pedro Duraes*
Não é de hoje que a comunidade médica vem se preocupando cada vez mais com a visão das crianças. Bem antes de 2020 já era comum que víssemos os pequenos continuamente focados na tela de celulares e tablets em momentos em que deveriam estar gastando a energia em brincadeiras ao ar livre. Porém, com a necessidade de manter as crianças em casa por dois anos – muitas delas com condições de comorbidade e, assim, mais suscetíveis à Covid-19 – essa questão aumentou consideravelmente, principalmente com as aulas online.
Nós, seres humanos, somos resultado da evolução. E a evolução consiste em mudarmos, ao longo de muito tempo, alguns aspectos físicos, biológicos e fisiológicos, de forma a adaptá-los a novas necessidades. Com a rápida ascensão da internet e das tecnologias digitais neste início de século, ainda não tivemos tempo para evoluir os olhos a ponto de garantir a saúde ocular das gerações atuais frente à exposição de telas e luzes brancas com que temos que lidar continuamente. O que acontece, então? Acontece que as pessoas estão desenvolvendo mais problemas visuais, cada vez mais cedo, e nossas crianças também.
Um estudo feito com crianças chinesas e publicado pelo periódico JAMA Ophthalmology no início deste ano revelou os primeiros dados analíticos em larga escala sobre o fato de a pandemia ter aumentado – e ainda estar aumentando – os casos de miopia entre a população infantil. Segundo os números publicados, entre os anos de 2015 e 2019 a incidência de miopia em crianças de seis anos era de 5,7%. Em 2020, esse número saltou para 21,5, sendo que o aumento também foi percebido nos menores de sete e oito anos. Em todos os casos, o estudo indica que esse resultado se relaciona diretamente com o fato de as crianças se forçarem a olhar algo muito de perto – situação que se observa quando elas usam smatphones, tablets e fazem aulas online.
Até agora falei de crianças em idade escolar. Mas, e quando se trata de crianças ainda menores de dois anos? Bom, aqui é importante dizer que, nesse período da vida, as crianças têm um tecido ocular maleável e que se deforma com facilidade, favorecendo o surgimento da miopia.
A miopia tem fatores genéticos e ambientais – filhos de pai ou mãe míopes têm mais chances de desenvolver o distúrbio visual – e é caracterizada por um globo ocular mais “longo”, o que provoca a formação da imagem antes que a luz chegue até a retina, causando dificuldades em ver de longe. Porém, se considerarmos a realidade das crianças do século XXI, a causa desse aumento está mais ligada ao uso de telas do que à hereditariedade. É verdade que, antigamente, não havia um cuidado preventivo como há hoje, com os responsáveis levando seus filhos para começarem cedo nas consultas com oftalmologistas – se há mais cuidados e exames, também há mais diagnósticos e mais crianças usando óculos. Por outro lado, o estilo de vida que levamos atualmente favorece, sim, o surgimento de problemas oculares e não deixa de ser alarmante indicar lentes de grau alto a crianças tão pequenas por razões que são, sim, possíveis de serem evitadas ou contornadas.
Tudo bem que elas são a geração Z, que já nasceram imersas em tecnologia e no mundo digital, mas os cuidados com os excessos transcendem as gerações e, assim como o próprio ser humano, também precisam evoluir conforme as necessidades do momento. E a necessidade, neste momento, é: evite que seus filhos passem tempo demais em telas. As crianças são o nosso futuro e precisamos que elas enxerguem longe.
*Pedro Duraes é oftalmologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa
Fonte:
https://jamanetwork.com/journals/jamaophthalmology/fullarticle/2774808
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