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Dia da Tontura: entenda os sintomas, causas e formas de tratamento

Autora: Heloíse de Queiroz* –
No dia 22 de abril, celebramos o Dia da Tontura, uma data dedicada à conscientização sobre um sintoma que afeta milhões de pessoas e pode comprometer significativamente a qualidade de vida. A tontura é uma das queixas mais frequentes nos consultórios e, muitas vezes, é subestimada ou mal compreendida.
Mas afinal, o que é tontura? Trata-se de uma sensação de desequilíbrio ou instabilidade, que pode se manifestar de várias formas: vertigem (sensação de que tudo ao redor está girando), sensação de flutuação, desorientação ou perda de equilíbrio. É importante destacar que nem toda tontura é igual, e identificar o tipo correto é fundamental para um tratamento eficaz.
Os sintomas associados à tontura podem incluir náuseas, vômitos, zumbido no ouvido, sensibilidade à luz ou ao movimento, dificuldade de concentração e, em alguns casos, ansiedade. As causas são diversas e podem estar relacionadas a distúrbios do sistema vestibular (como a VPPB – Vertigem Posicional Paroxística Benigna), labirintite, doença de Ménière, enxaqueca vestibular, problemas cervicais, alterações na pressão arterial, distúrbios metabólicos, uso de medicamentos, entre outros.
O diagnóstico correto da origem da tontura exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo otorrinolaringologistas, neurologistas e fisioterapeutas. A avaliação inclui análise clínica, exames específicos e um histórico detalhado do paciente.
Quando a causa é vestibular, um dos tratamentos mais eficazes é a reabilitação vestibular. Esse processo é conduzido por fisioterapeutas especializados e envolve uma série de exercícios personalizados que ajudam o corpo a recuperar o equilíbrio e reduzir os sintomas. Além disso, o tratamento pode incluir ajustes na dieta, controle do estresse, uso de medicamentos e acompanhamento de condições associadas.
O alerta é claro: não ignore esse sintoma. Tontura persistente ou frequente merece atenção especializada. Com o tratamento adequado, é possível recuperar o bem-estar, evitar quedas e viver com mais segurança e qualidade de vida.
*Heloíse de Queiroz é fisioterapeuta no Instituto Lombardi, especialista em atendimento de otoneurologia e gerontologia.

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O Dia das Mães: A luta por igualdade no trabalho!

Autora: Jacqueline Cândido de Souza* –
Em meio a homenagens e celebrações, o Dia das Mães nos convida a um olhar mais profundo sobre a realidade da mulher no mercado de trabalho. Afinal, a maternidade, essa experiência transformadora, frequentemente se torna um divisor de águas carregado de desigualdades persistentes que ecoam por toda a trajetória feminina.
Não falamos apenas de licença-maternidade ou acesso a creches — direitos importantes que, embora representem avanços, ainda são paliativos em um sistema que estruturalmente desfavorece a ascensão feminina. Falamos da sutil (e nem tão sutil) desvalorização salarial que acompanha as mulheres ao longo de suas carreiras, da baixa representatividade em cargos de liderança onde suas vozes e perspectivas são cruciais, e do peso desproporcional das responsabilidades familiares, que culturalmente ainda recai sobre os ombros femininos, limitando seu desenvolvimento profissional.
Essas desigualdades não são narrativas abstratas. Os números escancaram essa realidade: segundo o IBGE, mães com filhos de até três anos recebem, em média, apenas 57,8% do rendimento dos homens na mesma situação. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou um dado alarmante: quase 50% das mulheres são demitidas até dois anos após retornarem da licença-maternidade. E mesmo quando permanecem empregadas, muitas enfrentam estagnação em suas carreiras ou são deslocadas para funções de menor responsabilidade. Além disso, de acordo com o Instituto Ethos, apenas 13,6% dos cargos executivos nas 500 maiores empresas do Brasil são ocupados por mulheres — e esse número é ainda menor quando se trata de mulheres com filhos pequenos.
A busca por igualdade na jornada de trabalho não é uma pauta exclusiva das mães; é uma luta coletiva de todas as mulheres que almejam um espaço justo e equitativo no mercado. Contudo, o Dia das Mães escancara a urgência dessa pauta, revelando como a maternidade pode acentuar desigualdades já existentes. Quantas mulheres talentosas veem suas carreiras estagnadas, seus potenciais subutilizados, simplesmente por serem mulheres – e, tantas vezes, por ousarem ser mães?
O Direito, embora avance com legislações que visam proteger a maternidade e coibir a discriminação, ainda patina diante de práticas enraizadas, vieses inconscientes e culturas organizacionais que nem sempre acolhem as particularidades da jornada feminina. É preciso mais do que leis no papel: urge uma mudança cultural profunda nas empresas e em toda a sociedade, desconstruindo estereótipos e promovendo uma mentalidade de equidade genuína.
Que esta data não seja marcada apenas por flores, presentes ou almoços especiais. Que ela seja um catalisador de reflexão e, principalmente, de ação. Que a celebração da vida e do amor materno nos inspire a construir um mercado de trabalho mais justo, igualitário e verdadeiramente inclusivo para todas as mulheres, em todas as fases de suas vidas e carreiras.
A igualdade não é um favor: é um direito humano fundamental. E sua plena conquista talvez seja o presente mais valioso que podemos oferecer às mulheres — e, por consequência, a toda a sociedade.
*Jacqueline Cândido de Souza é advogada e servidora pública dedicada, engajada na defesa dos direitos das mulheres e na promoção da igualdade de gênero.
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