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Crédito em dólar pode ser o diferencial para alcançar novos patamares no Agronegócio

Autor: Pablo Padilha* –
Desde o final de 2024 o dólar vem ganhando bastante espaço nos noticiários econômicos brasileiros. A cotação da moeda norte-americana tem impacto significativo na economia do país e quando sofre altas, como verificamos em dezembro, o temor é de haja aumento de preços, inflação, alta nos juros.
Mas o dólar não precisa ser visto somente como um vilão. O agronegócio brasileiro, por exemplo, que está cada vez mais globalizado, pode usar de maneira inovadora a moeda estrangeira em suas estratégias financeiras. Em um cenário onde as taxas de juros impactam diretamente a rentabilidade do negócio, é possível optar pela busca por crédito em dólar.
Também podem ser vistas, fartamente, notícias sobre as taxas de juros no Brasil, que fechou o ano passado com mais uma alta na Selic, um dos principais indicadores econômicos para a obtenção de crédito no mercado interno. Neste caso, a opção pode ser buscar dinheiro em países onde elas são mais atrativas, como nos Estados Unidos.
Vejamos a diferença. Enquanto a taxa Selic está em 13,25% ao ano, conforme definição do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) em reunião realizada em fevereiro de 2025, os juros médios norte-americanos fecharam janeiro entre 4,25% e 4,5%.
Essa diferença pode ser aproveitada estrategicamente dependendo da origem das receitas e do planejamento financeiro. Mas é preciso estar atento às vantagens e os riscos, buscando informação com empresas que tenham expertise no mercado para a tomada de decisões que sejam mais assertivas.
Elas dirão, claramente, quando faz sentido optar por crédito em dólar, em que situações esta pode ser uma decisão vantajosa. Tiremos como exemplos os produtores com perfil exportador. Se eles possuem contratos em moeda estrangeira conseguem alinhar seus ganhos com as despesas, reduzindo os impactos das oscilações cambiais.
Como os juros em dólar geralmente são mais baixos do que os praticados no Brasil, isso pode gerar economia em financiamentos de longo prazo. E nas negociações globais, as empresas que precisam importar insumos ou equipamentos, financiar em dólar também pode eliminar riscos cambiais adicionais.
O crédito em dólar, no entanto, apresenta também seus riscos e desafios. É importante saber que as oscilações cambiais podem aumentar o valor da dívida, o que requer uma gestão financeira mais rigorosa. Uma consultoria especializada poderá identificar o melhor tipo de crédito para cada perfil de cliente, realizar a estruturação de crédito com condições ajustadas às necessidades do produtor e analisar impactos financeiros para facilitar a decisão.
*Pablo Padilha – Diretor da COFAN

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Bancada de MT permanece intocável

Autores: Estácio Chaves e Carlos Hayashida* –
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para anular a eleição de sete deputados federais eleitos em 2022, após revisar as regras de distribuição das “sobras eleitorais”. Essa decisão gerou debates sobre possíveis mudanças na composição das bancadas federais de diversos estados, incluindo Mato Grosso.
No entanto, análises detalhadas, como as realizadas pela Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP), indicam que não haverá alterações nas cadeiras de Mato Grosso na Câmara dos Deputados.
De acordo com a decisão do STF, os seguintes deputados federais perderão seus mandatos: Augusto Pupio (MDB-AP); Gilvan Máximo (Republicanos-DF); Lázaro Botelho (PP-TO); Lebrão (União Brasil-RO); Professora Goreth (PDT-AP); Sílvia Waiãpi (PL-AP); e Sonize Barbosa (PL-AP). Esses parlamentares serão substituídos por candidatos que, segundo o novo entendimento, têm direito às vagas.
O quociente eleitoral é um cálculo fundamental no sistema proporcional brasileiro, utilizado para determinar o número de votos necessários para que um partido ou coligação conquiste uma cadeira no legislativo. Ele é obtido dividindo-se o total de votos válidos pelo número de vagas disponíveis. Nas eleições de 2022, o quociente eleitoral para deputado federal em Mato Grosso foi de 216.285 votos.
Com base nos votos obtidos, em Mato Grosso os seguintes partidos atingiram o quociente eleitoral e garantiram cadeiras diretamente. O Partido Liberal (PL) obteve 377.457 votos (21,81% dos votos válidos), garantindo 1 cadeira diretamente. Já o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) alcançou 272.659 votos (15,76%), assegurando 1 cadeira diretamente. Em seguida, o União Brasil (UNIÃO) recebeu 249.328 votos (14,41%), garantindo também uma cadeira diretamente.
A distribuição das cadeiras de vagas remanescentes é feita entre os partidos que atingiram pelo menos 80% do quociente eleitoral e os candidatos que alcançaram no mínimo 20% desse quociente. Somente após essas suas fases que ocorre a distribuição das chamadas “sobras das sobras”.
Isso fez com que o PL recebesse mais três cadeiras pelas sobras, no total das quatro vagas. O MDB conseguiu mais uma vaga pelas sobras, ficando com dois representantes na Câmara Federal. Por fim, a União também obteve uma cadeira pelas sobras, totalizando dois deputados federais.
Uma análise das eleições de 2022 para deputado federal em Mato Grosso revela que todos os deputados eleitos foram por meio do quociente eleitoral e pela primeira fase de distribuição das sobras. Não houve casos de deputados eleitos pela chamada “sobras das sobras”, que seria uma terceira fase de distribuição, exatamente a que o STF entendeu ser inconstitucional e gerou a alteração da bancada de outros estados.
Assim, embora a decisão do STF tenha provocado mudanças na composição da Câmara dos Deputados em nível nacional, as análises indicam que a representação de Mato Grosso permanecerá inalterada. Os deputados federais eleitos em 2022 pelo estado continuarão a exercer seus mandatos, assegurando a estabilidade da representação mato-grossense na legislação federal.
*Estácio Chaves e *Carlos Hayashida – Presidente e vice-presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/MT
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