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ARTIGO

Cenários pós Covid-19 em Mato Grosso

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Autor: Eduardo Chiletto –

A pandemia da Covid-19 nos mostrou, de uma forma assustadora e eloquente, que estamos intimamente interligados e que somos tão fortes quanto o elo mais fraco de nossa cadeia humana.

A P1 mais letal e altamente contaminante que ataca os jovens e os já infectados circula livremente. Em todo o país, faltam leitos e UTIs para qualquer enfermidade. São necessários esforços urgentes, conforme declarado na Assembleia Geral da ONU em setembro de 2020.

Nesse grave contexto, acredito que devemos tomar medidas transformadoras. Parar com as brigas e mesquinharias políticas entre os políticos e suas politicagens e nos unir em prol da sociedade, porque temos uma oportunidade histórica de reconstruir nossas vidas para o bem-estar e a melhoraria da humanidade.

Padrões desta politicagem irresponsável estão se tornado insustentáveis para a população, assim como o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), importantíssimos para nossa sobrevivência na terra. Esses padrões atuais levaram a três crises ambientais: mudanças climáticas, perda de biodiversidade e poluição.

Em meio a esses padrões insustentáveis está o aumento do nível de poluição. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 23% de todas as mortes no mundo, o que equivale a cerca de 12,6 milhões de pessoas, em 2012, devem-se a fatores de risco ambientais, como a má qualidade do ar, com impacto desproporcional nas crianças, mulheres e nos mais vulneráveis.

A Covid-19 evidenciou ainda mais essa necessidade. Estudos sugerem que os impactos da poluição do ar, combinados com os impactos da pandemia, pode levar ao agravamento dos efeitos sobre a saúde. Com custos que equivalem a 2% do produto interno bruto e até 7% dos gastos anuais em termos de custos de saúde. Enfrentamos ainda o desafio de aumentar o desperdício devido ao uso massivo de equipamentos de proteção individual e plásticos descartáveis.

Inspirados por soluções baseadas na natureza e em prol da recuperação pós Covid, o Estado de Mato Grosso, por meio da Assessoria Internacional do Governo e em parceria com a UNIDO (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial) está trabalhando e desenvolvendo um projeto de Bioeconomia para a Amazônia Legal que inclui inclusive modelos de economia circular.

Os benefícios da economia circular são inúmeros. O IRP – International Resource Panel estima que a adoção da circularidade poderia reduzir as emissões de GEE – Gases do Efeito Estufa em alguns setores em até 99% e a necessidade de confecção de novos materiais em 98%. O que equivale a não emissão de 3,6 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera por ano até 2050.

A OIT – Organização Internacional do Trabalho – estima que a economia circular e a bioeconomia podem gerar 4,8 milhões de empregos verdes somente na região da América Latina e Caribe até 2030, importantíssimo para esta época de pandemia em que milhões de pessoas perderam seus empregos. Globalmente, o WEF – Fórum Econômico Mundial estimou o potencial de economia de materiais como uma magnitude que chega a um trilhão de dólares por ano.

Além disso, Mato Grosso, através da PAGE – Parthnership for Action on Green Econony, parceria do Governo com Agências da ONU, com recursos a fundo perdido da AlemanhaKFW, está realizando um trabalho inédito no Brasil para análise dos impactos socioeconômicos da pandemia Covid-19 na Agricultura Familiar, responsável por grande parte da alimentação em nossas casas.

Esse trabalho busca entender como a pandemia está afetando a dinâmica da produção, o acesso ao mercado, o acesso a serviços essenciais e a renda dos pequenos agricultores, fornecendo recomendações claras sobre como apoiar iniciativas do governo estadual e da sociedade civil para minimizar os impactos pós-pandemia por meio de políticas macroeconômicas “verdes” e incentivos.

Também irá avaliar, entre outros, os cenários pós-pandemia por meio de políticas públicas e incentivos para reanimar atividades econômicas no setor da Agricultura familiar, com o objetivo de promover a sustentabilidade, recuperação verde e economia circular, avaliando possíveis cenários pós-pandemia, direcionando recursos públicos e privados para ações governamentais estratégicas que reconheçam e valorizem o papel da natureza na redução de riscos sistêmicos e na mitigação de futuros surtos de doenças zoonóticas, abordando suas causas básicas.

Essas ações em andamento em Mato Grosso permitirão minimizar e mesmo reverter o cenário caótico estabelecido pela pandemia. E nossa interligação e responsabilidade com a sociedade nos farão alcançar a melhoria do bem-estar humano e igualdade social, reduzindo significativamente os riscos ambientais e os desequilíbrios ecológicos como preconiza a agenda 2023 para o Desenvolvimento Sustentável.

Eduardo Chiletto, arquiteto e urbanista, presidente da AAU-MT, [email protected]

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O Impacto devastador do assédio moral no ambiente de trabalho

Publicados

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Autora: Giselle Saggin*

O ambiente de trabalho deve ser um espaço onde os funcionários se sintam seguros, respeitados e capazes de realizar suas tarefas com eficácia. No entanto, infelizmente, muitas vezes isso não é o caso devido ao assédio moral.

O assédio moral no trabalho pode assumir muitas formas, desde comentários depreciativos e humilhações até exclusão social e sobrecarga de trabalho injusta. Independentemente da forma que assume, o impacto do assédio moral pode ser devastador para as vítimas e para o ambiente de trabalho como um todo.

Primeiramente, o assédio moral pode ter sérias consequências para a saúde mental e emocional das vítimas. O constante estresse, ansiedade e medo resultantes do assédio podem levar a problemas de saúde mental, como depressão e transtorno de estresse pós-traumático. Além disso, as vítimas muitas vezes se sentem isoladas e desamparadas, o que pode afetar negativamente seu desempenho no trabalho e sua qualidade de vida fora do trabalho.

Além disso, o assédio moral também pode ter um impacto significativo na produtividade e no moral da equipe. Quando os funcionários estão constantemente preocupados com o assédio, sua capacidade de se concentrar no trabalho diminui e o ambiente de trabalho se torna tóxico e desagradável. Isso pode levar a uma diminuição da moral da equipe, aumento do absenteísmo e rotatividade de funcionários, e uma queda na qualidade do trabalho realizado.

É fundamental que as empresas reconheçam e abordem o problema do assédio moral de forma proativa. Isso inclui implementar políticas claras de tolerância zero para o assédio, oferecer treinamento regular para todos os funcionários sobre o assédio no local de trabalho e garantir que haja procedimentos adequados para relatar e investigar alegações de assédio.

Em última análise, combater o assédio moral no trabalho não é apenas uma questão de cumprir as regulamentações legais; é uma questão de criar um ambiente de trabalho positivo e saudável onde todos os funcionários possam prosperar.

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando assédio moral no trabalho, é importante procurar apoio e denunciar a situação às autoridades apropriadas. Não há lugar para o assédio no local de trabalho, e é fundamental que todos trabalhem juntos para erradicá-lo completamente.

Espero que este artigo seja útil para você!

*Giselle Saggin é especialista em direito do trabalhador e vice-presidente da Comissão Jovem Advocacia de Mato Grosso, da Associação Brasileira de Advocacia (ABA).

@gisellesaggin

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