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A consciência da alma!

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Autora: Kamila Garcia*

Carl Jung disse: “Ao tocar uma alma humana, seja apenas uma alma humana.” Essas palavras ressoam como um convite à empatia, à paciência e ao respeito. Talvez ele quisesse dizer: “Seja justo. Reconheça que sua razão de viver pode ser diferente da de seu irmão, mas nem por isso superior ou inferior”. Essa é a base da verdadeira convivência humana: justiça e respeito.

Embora todos sejamos semelhantes a Deus em essência, nossas formas de pensar e agir são diversas. Nossos níveis de consciência diferem em valores, conduta e maturidade espiritual. Há quem se mantenha firme em seus princípios éticos mesmo nas adversidades, enquanto outros sucumbem à tentação de se corromper ao menor sinal de dificuldade, acreditando-se superiores.

A plena consciência da alma exige valores inegociáveis na conduta humana. Não basta conhecimento; é preciso ética, integridade e um compromisso inabalável com o bem. Não é uma questão de status ou reconhecimento externo, mas de alinhamento interno com aquilo que é justo e moralmente elevado.

Faz parte do nosso processo evolutivo — cármico ou não — buscar sabedoria e cultivar pensamentos positivos. O altruísmo da alma nos coloca acima de qualquer julgamento moral, pois nos conecta a uma frequência onde pensamento, sentimento e palavra estão em harmonia.

Uma alma virtuosa é como um pássaro que voa contra o vento, usando a resistência para ganhar altura. Assim é a consciência da alma: uma jornada contra as adversidades para alcançar novos patamares. A liberdade de pensar, agir e ser implica escolhas conscientes, em sintonia com essa tríade fundamental: pensamento, sentimento e palavra.

Não podemos exigir lealdade sem sermos leais, nem cobrar obediência sem sermos obedientes. A justiça começa pelo exemplo, assim como o amor começa a amar antes de ser amado. A consciência plena se manifesta na equidade e na reciprocidade, onde todos, independentemente de posição social, etnia, credo ou gênero, merecem ser tratados com dignidade. Alma não tem cor, sexo ou nacionalidade; tem essência e valor.

Infelizmente, é comum falar de ética e direitos sem antes praticá-los internamente. A verdadeira consciência de si exige autoconhecimento e reforma íntima. É necessário abandonar padrões antigos e abraçar o crescimento espiritual, lapidando a alma diariamente.

Que impacto teria se todos que falam de amor vivessem o amor em sua essência? Se pudéssemos julgar menos e amar mais, o mundo seria transformado. Reconheço minha humanidade e limitação ao dizer que não julgo suas atitudes, mas busco continuamente aprimorar as minhas.

O propósito da vida é a felicidade, mas essa felicidade só pode ser encontrada em uma alma pura e em paz. Hoje, escolho enfrentar minhas sombras internas, assim como o Deus Rá enfrentava a escuridão de Apófis para trazer luz ao mundo. Da mesma forma, cada amanhecer é uma vitória sobre nossas próprias trevas. Assim, redescubro o Sol que habita em mim, a força divina que me guia e transforma.

Que possamos todos reconhecer essa luz interna e trilhar o caminho da plena consciência da alma, buscando ser melhores a cada dia.

*Kamila Garcia é bacharel em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Atualmente, ela equilibra sua rotina entre o trabalho e estudos em Psicanálise e Psicologia Positiva, além de se dedicar às terapias holísticas. Como coach, Kamila utiliza seus conhecimentos para compartilhar insights sobre espiritualidade, ajudando seus clientes a alcançar um maior bem-estar e autoconhecimento.

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Artigos

Todo dia pode ser o Dia 1

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Autora: Cristhiane Athayde*

Pare por um momento e pense: quantas vezes você já disse “um dia eu faço”? Aquela promessa feita silenciosamente na correria, adiada por um amanhã que nunca chega. Mas deixa eu te contar uma coisa: o Dia 1 não precisa de hora marcada. Ele pode ser hoje. Ou qualquer dia em que você decide que sua ideia merece existir no mundo – e ser protegida.

Foi assim que grandes histórias começaram. Nike, com o simples sonho de “fazer correr mais fácil”. Apple, nascida na garagem de uma casa, hoje nas casas do mundo inteiro. Coca-Cola, que já foi um xarope esquecido em uma farmácia. Todas elas tiveram um Dia 1. Aquele momento em que um rabisco virou ideia, uma ideia virou plano e o plano resultou em ação – e claro, encontrou a proteção.

O que seria do mundo sem o Dia 1? E se Steve Jobs tivesse ficado no “um dia eu tento”? E se Phil Knight, cofundador da Nike, tivesse adiado o momento de apostar na sua ideia de tênis esportivos? E se Jorge Paulo Lemann, cofundador da Ambev, tivesse deixado a ideia da expansão para “um dia qualquer”? E se você continuar esperando pelo dia perfeito?

A verdade é que o Dia 1 não é sobre um calendário cheio de planos. Ele é aquele passo simples, mas decisivo. Como registrar um ativo intelectual no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) ou na Biblioteca Nacional. A propósito, proteção vai muito além de marcas. Propriedade intelectual não é só sobre nomes, logos, slogans e afins.

Ela pode ser uma música, como o clássico “Garota de Ipanema”, que ganhou o mundo blindada por direitos autorais. Ou uma invenção, como a máquina de escrever em madeira de jacarandá criada em Recife pelo padre Azevedo em 1861, que fomentou discussões sobre patentes nacionais. Sem esquecer os designs. Já pensou se as formas icônicas das sandálias Havaianas fossem copiadas sem nenhum tipo de proteção?

E o Brasil abriga muitas histórias de Dia 1. Nélio José Nicolai, técnico em eletrônica de Minas Gerais, que patenteou o Bina, revolucionou o sistema de identificação de números telefônicos de chamadas recebidas no país. Ou o imigrante italiano Carlo Bauducco, que protegeu uma receita familiar e criou a Bauducco, uma marca hoje reconhecida por seu Panettone em todo o mundo. A propósito, Chocottone é uma marca registrada da Bauducco.

2025 é um ano novo. E, com ele, chegam novas ideias, novos planos e possibilidades. Mas ele só será o seu ano se você decidir começar. Até porque, sejamos francos, um negócio sem registro de seus ativos intelectuais é como um castelo sem muros: você pode construir algo grandioso, mas nada impede que outros entrem e levem o que é seu. E a proteção vai além de garantir um nome bonito no papel. É um ato de visão. De quem sabe que sua criação merece existir e durar, muito além do entusiasmo de um dia.

Lembre-se: registro não é só um documento. É um escudo para o futuro. Uma declaração de que a sua ideia não pertence ao acaso. Se achar o processo complicado, tudo bem. Você pode procurar alguém que entenda disso, uma empresa especializada de confiança. Mas o mais importante é não adiar. Afinal, o tempo não espera. E o futuro pertence a quem começa. E aí, vai seguir no “um dia eu faço” ou vai transformar hoje no seu Dia 1?

*Cristhiane Athayde, empresária e diretora da Intelivo Ativos Intelectuais

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